Mercado do milho acompanha desenvolvimento da nova safra nos EUA e da safrinha no Brasil; clima é favorável
Publicado em 11/05/2015 09:48
Milho: Clima é fator determinante para os preços nesse momento. Em Chicago, foco na nova safra norte-americana e, no cenário doméstico, atenção ao desenvolvimento da safrinha brasileira. Boas condições, em ambos os casos, pressionam as cotações e perspectivas não indicam muitas mudanças.
A estabilidade nos preços do milho em Chicago é reflexo da expectativa do mercado com relação à safra 2015/16 dos Estados Unidos. Nesta terça-feira (12) é esperado a divulgação do relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre exportações e estoques norte-americano.
Segundo Ana Luiza Lodi, analista de mercado da FCStone, mesmo com o atraso inicio do plantio, o cultivo já alcançou 55% e as condições climáticas para o desenvolvimento da cultura estão favoráveis.
"Temos previsão de chuvas nos próximos 10 dias, mas que são consideradas favoráveis para o desenvolvimento da safra. Para recompor umidade do solo, a germinação e o desenvolvimento da safra", declara Lodi.
No mercado interno, a expectativa sobre o desenvolvimento da segunda safra tem sido o principal influenciador na composição dos preços. Assim como aconteceu nos Estados Unidos, a safrinha no Brasil também sofreu com atraso no plantio e "havia bastante preocupação com resultado da produção. Ainda não está tudo definido, mas o clima tem ajudado bastante, por isso as expectativas estão positivas para a safrinha", afirma a analista.
Para ela, o cenário positivo se confirmando durante o ciclo da produção, podemos ter uma safra 2015/16 recorde, o que deve pressionar os preços na BM&F. "Depois teremos que acompanhar como a demanda vai se comportar, principalmente no caso das exportações - que no Brasil estão concentradas no segundo semestre", analisa Lodi.
A expectativa é que seja exportado 20 milhões de toneladas de milho, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), "ficando abaixo do recorde da safra 2012/13, por isso há potencial de exportar um pouco mais, teremos que ver como vai se comportar a questão do dólar no segundo semestre", considera Ana Luiza.
Neste ano, os produtores aproveitaram os bons momentos de preço e realizaram um volume maior de vendas antecipadas, haja vista que durante o desenvolvimento da safrinha a projeção é que os preços sofrem pressão pela produtividade recorde. No Porto de Paranaguá a referência outubro é negociada a R$ 28,00/saca.
Soja
Do mesmo modo que o mercado do milho, as cotações da soja também aguardam a divulgação do boletim USDA na tarde de terça-feira (12).
Além disso, "o mercado tem acompanhado também as exportações norte-americanas, as vendas da safra 2014/15 estão aquecidas - no total acumulado às vendas superaram o estimado para o ciclo todo, então a expectativa é que tenha um reajuste neste sentido", afirma Lodi.
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Por:
Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas
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