Governo do PR pede ao Federal que suspenda vacinação contra aftosa e coloca criadores de todo o Brasil em alerta
Após o anúncio de que o governo do Paraná solicitou ao governo Federal a suspensão da vacinação do rebanho bovino contra febre aftosa, a Associação Brasileira de Angus (ABA) se manifestou contra a medida, declarando que a falta de imunização torna a região uma porta de entrada para o vírus no Brasil, o que pode comprometer a sanidade do rebanho e a própria atividade agropecuária.
José Roberto Pires Weber, presidente da ABA, declara que a vacinação não impede a evolução da exportação de carne brasileira, por isso não vê motivos para que a suspensão seja concedida. Além disso, considera que "antes de um estado solicitar a suspensão da vacinação, que se reúna com as federações interessadas e os países do MERCOSUL para que seja traçado um plano único que viabiliza a retirada da vacina", declara.
Segundo ele, o Paraná possui divisa com outros países sem obstáculos naturais, o que facilitaria o contágio dos animais, por isso a suspensão da vacina deve ser avaliada com cautela.
"Se estamos na iminência de conseguir novos mercados, eu não vejo qual é a vantagem de corrermos o risco de aparecer um foco de aftosa em algum ponto do Paraná, que venha prejudicar a exportação de carne que está em processo de afirmação", afirmou Weber.
Além da exportação, outros prejuízos podem ser causados caso esse cenário se confirme, como: ingressar de animais vivos no estado, venda de touros de outros estados para o rebanho paranaense, o Paraná não poderia comprar genética de outras federações, entre outros danos que a suspensão, bem como a volta da aftosa pode gerar.
Além do risco sanitário, a suspensão da imunização não deve trazer ganho econômico expressivo aos criadores, que já o custo de aplicação da vacina é pequeno para o produtor, explica o presidente.
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