Milho: Focado no plantio nos EUA, mercado tem nova queda na manhã desta 2ª feira em Chicago
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com ligeiras quedas na manhã desta segunda-feira (4). As principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,25 e 1,75 pontos, por volta das 7h28 (horário de Brasília). O contrato maio/15 era cotado a US$ 3,58 por bushel, após ter encerrado a sessão da última sexta-feira (1) a US$ 3,59 por bushel.
De acordo com informações de agências internacionais, os preços da commodity ainda são pressionados pela perspectiva de avanço na semeadura do grão nos Estados Unidos. Na semana anterior, o tempo ficou favorável no Meio-Oeste do país, com isso, a estimativa é que até o último domingo (3), cerca de 50% da área já teria sido cultivada, conforme projeções dos analistas de mercado.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta nesta segunda-feira novo boletim de acompanhamento de safras, com os números atualizados do cultivo do grão e condições das lavouras. Além disso, para o final dessa semana, as previsões climáticas indicam chuvas para as regiões produtoras de milho, o que deverá favorecer a germinação das lavouras.
Paralelamente, os investidores ainda observam o agravamento das informações sobre a gripe aviária no país, que poderá afetar a demanda pelo cereal. Ainda hoje, o departamento norte-americano divulga relatório de embarques semanais, importante indicador da demanda.
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira (1):
Milho: Na Bolsa de Chicago, mercado dá continuidade a perdas e fecha em baixa nesta 6ª feira
Por Sandy Quintans
Nesta sexta-feira (01), os principais contratos fecharam em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT), por uma realização de lucros. Na última sessão, os vencimentos já apresentavam queda. Com isso, o contrato Maio/15 fechou em US$ 3,59 por bushel, com baixa de 2,75 pontos. O Julho/15 encerrou a US$ 3,63 por bushel, com perdas de 3,25 pontos. Os demais vencimentos também encerraram em baixa.
Durante a sessão, os futuros da commodity chegaram a apresentar perdas ainda maiores, em que o contrato Maio/15 chegou a US$ 3,57 por bushel e o Julho/15 a US$ 3,60 por bushel.
Com o avanço do plantio de milho nos Meio-Oeste americano e de informações de clima mais favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, as cotações seguem pressionadas. Segundo informações do analista de mercado Jefferies, Stefan Tomkiw, as informações sobre os casos de Gripe Aviária nos Estados Unidos também têm pressionado os preços, devido a possibilidade de redução de demanda.
Já no Brasil, com o feriado do Dia do Trabalho, as principais praças de comercialização, assim como a BM&F Bovespa não funcionaram. Confira informações do mercado interno desta quinta-feira (30), por Fernanda Custódio:
Mercado interno
O preço da saca do milho, para entrega em outubro/15, praticado no Porto de Paranaguá registrou uma valorização positiva de 3,70%, nesta quinta-feira. As cotações subiram de R$ 27,00 para R$ 28,00. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, o dia foi de estabilidade.
Apesar do recuo nos preços no mercado internacional, a forte valorização do câmbio acabou dando suporte aos preços. A moeda norte-americana encerrou o dia acima dos R$ 3,00, a R$ 3,01, com ganho de 1,86%. O dólar subiu em decorrência decorrente da alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano e em reação ao resultado fiscal mais fraco do governo brasileiro durante o mês de março, conforme dados do site G1.
Os analistas ainda destacam que, nesse momento, as negociações no mercado interno estão mais lentas. Cenário reflexo do bom andamento da safrinha brasileira, o que acaba dando tranquilidade aos compradores. Na maior parte das regiões produtoras, as chuvas têm aparecido e beneficiado o desenvolvimento da cultura.
Consequentemente, a perspectiva é de uma segunda safra cheia, após as especulações em relação à área e tecnologia empregada, em função do atraso na cultura da soja. De acordo com a estimativa da Consultoria Céleres, os produtores poderão colher mais de 50 milhões de toneladas de milho na safrinha.
"Nesse momento, temos os compradores retraídos, o dólar mais baixo e Chicago parado. Os produtores devem ficar de fora do mercado e aguardar melhores oportunidades de comercialização", orienta Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
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