"Eu sou a Gilma. Eu permiti ocês protestá"..., por Felipe Moura Brasil, de VEJA
Eu sou a Gilma. Eu permiti ocês protestá
Oi, internautas. Eu sou a Gilma.
Eu podia estar matânu, eu podia estar sequestrânu, eu podia estar reprimínu, eu podia estar fazênu tudo isso que os cumpânheru de nóis faz em Cuba, na Venezuela e no Irã, e que nóis lutâmu em 68 pra fazê no Brasil…
Maaaaaaasss…
Eu estou autorizânu ocês protestá, viu? Por enquanto, eu estou permitínu.
Sô muito boa, não sô?, sô.
Na verdade, quero dizê que valeu a pena assaltá banco, assaltá mansão, sequestrá embaixadô e acelerá carro-forte pra explodir soldado: buuuuum!
Agora ocês pode protestá graças à luta daqueles que lutáru contra mim, contra meus ideais socialist… Qué dizê: graças a nóis.
Digo isso com muita humildade. Por quê?
Porque, se num fosse nóis, ninguém saberia como poderia sê ruim entregar o país pra gente como eu, ocê entendeu?
Porque aquele tempo passou, mas deixou marcas profundas na nossa democracia.
Hoje, ocê veja, eu estou com 67 anos. A corrupção é uma senhora idosa…
E a senhora precisa descansá.
Tchau, internautas.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
Ministro petista sugere que PT pare de mentir
Thomas Traumann é o ministro das Comunicações que pediu a cabeça da apresentadora do SBT e crítica do governo petista Rachel Sheherazade no ano eleitoral de 2014.
Depois do ato contra Dilma e o PT no último domingo, 15 de março, ele disse ao UOL que a PM inflou o número de manifestantes na avenida Paulista. Diminuir o número de críticos do governo é a função de Traumann. Ele tem um vasto repertório de métodos para cumpri-la.
Em documento reservado ao Palácio do Planalto, mas revelado pelo Estadão nesta terça-feira, Traumann assume o lugar de João Santana e apresenta alguns métodos especiais para este momento em que o PT está levando uma “goleada” nas ruas, nas redes sociais e no Congresso:
“Não adianta falar que a inflação está sob controle quando o eleitor vê o preço da gasolina subir 20% de novembro para cá ou sua conta de luz saltar em 33%. O dado oficial IPCA conta menos do que ele sente no bolso. Assim como um senador tucano (Antonio Anastasia, MG) na lista da Lava Jato não altera o fato de que o grosso do escândalo ocorreu na gestão do PT.”
Em outras palavras: na hora do desespero e somente nela, Traumann recomenda que Dilma e o PT parem de contar essas mentiras para o povo, porque elas não colam mais.
Como queríamos demonstrar:
A sinceridade petista é uma coincidência esporádica entre o que todo mundo já sabe e o que o marqueteiro recomenda parar de negar.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
Na FOLHA: Em documento interno, Planalto diz que comunicação é 'errada e errática'
Texto do ministro Thomas Traumann diz que os "eleitores de Dilma e Lula estão acomodados brigando com o celular na mão, enquanto a oposição bate panela"
Em um momento em que enfrenta uma crise política e protestos de ruas, documento reservado do governo Dilma Rousseff admite que sua comunicação foi "errada e errática", mas avalia que "a crise é maior do que isso".
O documento, de autoria da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, diz que os "eleitores de Dilma e Lula estão acomodados brigando com o celular na mão, enquanto a oposição bate panela, distribui mensagens pelo Whatsapp e veste camisa verde-amarela".
Em seguida, afirma que "dá para recuperar as redes, mas é preciso, antes, recuperar as ruas". Segundo a Folha apurou, o texto é de responsabilidade do ministro Thomas Traumann e chegou à imprensa num momento em que setores do PT fazem uma nova ofensiva para controlar diretamente a comunicação oficial do Palácio do Planalto, principalmente a distribuição de verbas públicas para bancar a publicidade oficial.
Nos últimos dias, setores do PT têm criticado a comunicação do governo e defendido mudanças no setor. Uma proposta do partido é transferir para o Ministério das Comunicações, comandado pelo partido, o controle da publicidade do governo.
O documento, que faz parte do trabalho de análise de conjuntura feito semanalmente pela Secom para a presidente da República, é dividido em três tópicos: onde estamos, como chegamos até aqui e como virar o jogo?
Depois das críticas à comunicação do governo e à atuação do PT em defesa do governo, o documento anota em seu terceiro capítulo que "não será fácil virar o jogo", mas aponta que "a entrevista presidencial deste dia 16 foi um excelente início", avaliando que Dilma Rousseff falou "com firmeza sobre sue compromisso com a democracia", explicou de "forma fácil a necessidade do ajuste fiscal" e assumiu "falhas como a da condução do Fies".
Segundo o texto, a "presidente deu um rumo novo na comunicação do governo", mas "não pode parar".
A crise expõe a inutilidade dos partidos,por Josias de Souza (UOL)
A crise que levou centenas de milhares de brasileiros às ruas no domingo pode matar uma curiosidade que atormenta a nação desde a primeira missa: quando começa o caos? Não adianta mais tapar o sol com a peneira. Na democracia brasileira, projeto político que sai pelo ladrão, os partidos perderam a função. Costumavam representar grupos ou corporações. Hoje, representam apenas a si próprios. Compõem uma superestrutura 100% financiada pelo déficit público. Muitos tornaram-se organizações criminosas.
“A corrupção não nasceu hoje”, disse Dilma Rousseff em sua primeira manifestação pública depois do ‘asfaltaço’ de 15 de março. “Ela não só é uma senhora bastante idosa nesse país como não poupa ninguém. Pode estar em tudo quanto é área, inclusive no setor privado. O dinheiro tem esse poder corruptor… Não vamos achar que tenha qualquer segmento acima de qualquer suspeita. Isso não existe.” Dilma tem razão. Sempre houve grande confusão entre o público e o privado no Brasil. A diferença é que agora há uma radicalização.
O PT ilustra o fenômeno de forma paradigmática. Noutros tempos, a legenda de Dilma e Lula fazia pose de freira em porta de bordel. Hoje, administra uma pornocoligação. O que a presidente declarou, com outras palavras, foi que seus apoiadores roubam. Mas a oposição, que não está acima de qualquer suspeita, não é imune à sedução da 'velha senhora'. Dilma disse essas coisas em resposta a uma pergunta sobre comentário que o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, fizera horas antes.
“É bom deixar claro que a corrupção não está no Poder Legislativo”, afirmara Cunha. “A corrupção está no Executivo. Se eventualmente alguém no Poder Legislativo se aproveitou da situação para dar suporte político em troca de benefícios indevidos é porque esses benefícios existiram pela falta de governança do Poder Executivo, que permitiu que a corrupção avançasse.” Nessa surpreendente formulação, os cofres desprotegidos da República são meras oportunidades que os congressistas aproveitam.
Considerando-se que o STF abriu inquéritos contra 34 parlamentares por suspeita de recebimento de propinas na Petrobras —entre eles o próprio Eduardo Cunha— a plateia fica autorizada a perguntar para os seus botões: “O caos já começou?” O quadro é de uma simplicidade estarrecedora. O que o presidente da Câmara afirmou, à sua maneira, foi o seguinte: os parlamentares podem ter assaltado o Tesouro. Mas a culpa é do governo, que deu mole. Ou, por outra: não é que o crime não compensa. É que, quando compensa, muda de nome. Chama-se descuido do assaltado.
Suprema maldade: a perversão partidária disseminou-se de tal maneira que roubaram do brasileiro até a delicadeza da dissimulação, do cinismo. A atmosfera de beco-sem-saída sonega ao contribuinte o direito à mentira. É como se, corrupção a pino, os partidos quisessem apressar a chegada ao caos. Logo, logo, quando o último filiado do derradeiro partido roubar a luz na saída, será possível construir um Brasil inteiramente novo. Caos não vai faltar.
Dilma disse que sua geração deu a vida para que o povo pudesse manifestar suas opiniões livremente nas ruas. Verdade. Mas não precisava fornecer a matéria-prima que enche as ruas! Irado, o asfalto faz as vezes de oposição. E fica boiando na atmosfera uma pergunta: quem vai dar vazão às demandas?
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
O mal que Dilma faz às pessoas que compreendem o que ela diz e faz, é um mal físico, uma ânsia acompanhada de extrema aflição.
No filme sobre o sniper americano, em uma cena ele diz que "o mal existe, nós o vimos aqui". Nós também estamos vendo o mal aqui. Não consigo me concentrar em um texto muito denso, naquelas frases que dizem muito em poucas palavras, por mais de dez ou vinte minutos e logo minha atenção é desviada para outra coisa. Tenho me esforçado para superar isso. Em compensação quando começo a ler um texto, mesmo sem pensar no que estou lendo, e começo a não gostar, em 90% dos casos encontro com facilidade contradições evidentes no que está escrito. Mas poucas coisas me afetam fisicamente, como aconteceu com a fala de Dilma, aliás nem foi a fala, mas o que está por trás da fala. Imediatamente recorri a um dos santos da Igreja Católica, Tomás de Aquino. Não demorou muito para que ele esclarecesse a questão. Procuro em vã glória e acho "a soberba é a raiz de todos os pecados", ou, todos os males provêm da soberba ou vã glória. Utilizando uma mentira grosseira, que facilmente pode ser desmentida e apelando ao emocional das pessoas, Dilma dá o tom a todos os seguidores da seita, "vocês nos devem gratidão". Como lúcifer, que sem saber direito por que Deus o amava tanto, cheio de soberba declara diante de um espelho, "eu sou".