Soja: Com dólar forte, vendas avançam no Brasil e pressionam mercado na CBOT nesta 6ª
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operavam com forte baixa na tarde desta sexta-feira (13). Os principais vencimentos perdiam, por volta de 12h40 (horário de Brasília), mais de 14 pontos, buscando o patamar dos US$ 9,70 por bushel. O contrato maio/15, referência para a safra brasileira, era negociado, dessa forma, a US$ 9,76.
Entre um dos principais fatores de pressão sobre a cotação está a alta do dólar frente às moedas emergentes e, de forma aind mais significativa frente ao real. Nesta sexta, a divisa norte-americana era cotada a R$ 3,261, com alta de mais de 3%, depois de bater nos R$ 3,28 ao longo dos negócios e registrar o maior valor desde 2003.
E essa forte alta do dólar tem motivado um avanço da comercialização da safra brasileira, com os preços nos portos brasileiros chegando aos melhores momentos da temporada. Em Rio Grande, a máxima do dia foi de R$ 74,20/saca com entrega para maio/15. E esse maior volume de vendas no Brasil, principalmente nos estados centrais do país, e bons volumes de soja chegando aos portos para exportação também contrinbui para a pressão nos preços, segundo explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
De acordo com números levantados pelo consultor, a safra brasileira deve chegar a 91,730 milhões de toneladas nesta temporada e, desse total, até a última terça-feira (10), já havia 52% comercializado. "E de terça até esse final de semana pelo menos mais 3% foi vendido e chegamos a 55%. Os produtores venderam muito bem nesses últimos dias", diz.
Há cerca de três semanas, o total da comercialização batia em 40%, ou seja, ainda de acordo com Brandalizze, foi negociado, em menos de um mês, 15% da safra - algo entre 14 a 15 milhões de toneladas - depois, principalmente, dessa disparada do dólar. "Tivemos bons negócios acontecendo em todas as regiões do Brasil", concluiu o consultor.
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