Café: Cotações do arábica ampliam perdas em NY nesta 6ª feira com dólar renovando máximas de quase 12 anos
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda moderada nesta sexta-feira (13), mas ampliam as perdas que eram registradas no início da sessão.
Por volta das 13h14, o vencimento maio/15 anotava 129,60 cents/lb, o julho/15 tinha 132,85 cents/lb, ambos com desvalorização de 260 pontos e o contrato setembro/15 registrava 136,15 cents/lb com 225 pontos de baixa.
Segundo informações de agências internacionais, fundos de investimento e especuladores pressionam os contratos. O dólar também se valoriza forte ante o real chegando a registrar máxima de R$ 3,28 na sessão, renovando o patamar de abril de 2003.
Por volta das 13h, a moeda norte-americana subia 3,14% e estava cotada a R$ 3,261 na venda. O dólar mais forte ante a moeda brasileira dá mais competitividade para as exportações de café.
A situação climática no Brasil também contribui para as baixas. Mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam que áreas de instabilidade permanecem beneficando as lavouras do Sudeste com pancadas de chuva em São Paulo e as faixas sul e oeste de Minas Gerais. Nas outras regiões produtoras as chuvas são irregulares.
A percepção dos operadores é de que essas precipitações são suficientes para impulsionar a produção de café no Brasil este ano. Entretanto, a divugação da Fundação Procafé em conjunto com o Conselho Nacional do Café (CNC) ontem, mostra o contrário.
Segundo as entidades, a safra brasileira de café 2015/16 deve ter produção entre 40,3 milhões e 43,25 milhões de sacas de 60 kg.
A estimativa confirmou o que os produtores já vinham relatando. O ano de 2015 pode ser mais um de quebra na colheita de café, no ano passado foram colhidas 45,34 milhões de sacas.
Apesar da informação ser esclarecedora para os produtores, os operadores na Bolsa norte-americana baseiam-se mais nas estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que em sua previsão mais recente não “capturou” os efeitos do veranico que atingiu o cinturão cafeeiro no início deste ano e estimou em janeiro uma safra brasileira entre 44,11 milhões e 46,61 milhões de sacas de 60 kg nesta temporada.
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