FAO: preço dos alimentos decresce, mas frango mantém estabilidade
Puxados pelas carnes, cereais e, principalmente, açúcar, os preços dos alimentos, pelo Índice Geral da FAO, recuaram novamente em fevereiro. Encontram-se agora em 179,4 pontos, o que significa redução de cerca de 1% sobre o mês anterior e de 14% sobre fevereiro de 2014. Corresponderam, também, ao menor valor registrado desde julho de 2010, ou seja, em mais de quatro anos e meio.
Senão no mesmo passo, as carnes seguem em idêntico ritmo. Em fevereiro tiveram declínio de preço pelo sexto mês consecutivo, atingindo (resultado preliminar) 187,4 pontos, valor que representa quedas de 1,4% e de 3,1% sobre, respectivamente, janeiro passado (resultado revisado) e fevereiro do ano passado.
Considerado o recorde absoluto alcançado em agosto de 2014, as carnes registram, no curto espaço de seis meses, desvalorização de 11,5%, índice até agora superado apenas na crise econômica de 2008/09 (então, em cinco meses, as carnes sofreram desvalorização de 30%).
De acordo com a FAO, a redução ora observada está sendo enfrentada apenas pelas carnes bovina e ovina, pois a carne de frango permanece com o preço estável, enquanto a carne suína, após oito meses de preços declinantes, apresentou ligeira recuperação.
Ainda conforme a FAO, essa alta vem na esteira do anúncio, feito pela União Europeia, de abertura de subsídios financeiros para a estocagem de carne suína. Foi o suficiente para aumentar os preços de exportação do produto.
Já as baixas registradas são consequência não só da valorização da moeda americana, mas também da ampla oferta de carne bovina, fator que derrubou os preços da Austrália e contaminou também as cotações brasileiras.
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