Bureau de Inteligência Competitiva do Café divulga nova edição do Relatório Internacional de Tendências
O Bureau de Inteligência Competitiva do Café divulgou mais uma edição do Relatório Internacional de Tendências do Café (vol 3. n°12). O Bureau é um programa que busca oferecer informações e análises relevantes para o setor cafeeiro nacional que auxiliem os agentes da cadeia agroindustrial do café no planejamento e na tomada decisões.
O documento – disponível no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, e no Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras - apresenta, em nível mundial, os principais destaques do agronegócio café e as tendências do setor, com foco na produção, indústrias, cafeterias, entre outros. Trata-se de uma iniciativa do Centro de Inteligência em Mercados (CIM), ligado ao Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras - Ufla, instituição co-fundadora do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Análises e tendências – Nesta edição, o relatório analisa a produção do café na América Central, América do Sul, Ásia e África, além da atuação de grandes indústrias, cafeterias e demais empresas do varejo do setor. O Relatório demonstra ainda que a situação de muitas regiões produtoras de café ainda é precária e decorre, em parte, da própria realidade dos países produtores, com reflexo nas condições de vida dos cafeicultores. E que também é comum culpar a volatilidade dos preços ou o poder de mercado dos grandes players desse mercado por essa situação. Mas é preciso reconhecer que a realidade política e econômica desses países são fatores impactantes nas condições de vida dos cafeicultores. Contudo, o Relatório enfatiza, nos ‘insights', que a viabilidade econômica da atividade cafeeira depende diretamente de boas práticas agrícolas e de gestão.
No que diz respeito às indústrias, o relatório explica que os consumidores compram cada vez mais cápsulas de café e deixam de lado os pacotes de torrado e moído. As cápsulas são práticas, oferecem variedade, qualidade e sofisticação, mas também poluem. Cientistas, políticos e a sociedade, de modo geral, estão cada vez mais preocupados com a preservação do meio ambiente, o que gera cobranças quanto ao crescimento das vendas das cápsulas de café. A busca por alternativas de destinos das cápsulas usadas, que não sejam o lixo comum, é uma tendência e, cada vez mais, empresas terão que buscar suas próprias soluções para o problema. Com o rápido crescimento das vendas desse segmento no Brasil, as empresas nacionais também precisarão lidar com esse desafio.
O relatório ressalta ainda que a demanda por café é crescente no mundo. E aponta que, para empresas brasileiras, pode ser interessante a expansão para outros países, diversificando sua atuação e se tornando mais resiliente a possíveis crises. Contudo, vale lembrar que, para entrar em um novo mercado, a indústria precisa também conhecer bem a cultura, a legislação e as especificidades de seu alvo de expansão.
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