Milho: Mercado dá continuidade ao movimento negativo e opera com leve perda na manhã desta 5ª feira
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quinta-feira (5) com leves quedas. Por volta das 9h28 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam perdas 1,00 e 1,25 pontos.
O mercado ainda tenta manter o patamar dos US$ 3,80 por bushel e trabalha de maneira técnica, conforme explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. Além disso, a variável petróleo se torna importante no mercado, já que a cada avanço, dá suporte aos preços, pois contribui para o setor do etanol.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta novo boletim de vendas para exportação. Na semana anterior, o número ficou em 715,9 mil toneladas do grão, volume abaixo do observado anteriormente.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Alta do dólar dá suporte e mercado fecha em alta pelo 2º dia consecutivo na BM&F
Frente à forte valorização observada no câmbio nesta quarta-feira (4), as principais posições do milho negociadas na BM&F Bovespa terminaram a sessão em alta pelo segundo dia consecutivo. Hoje, a moeda norte-americana fechou o pregão a R$ 2,9807 na venda, com ganho de 1,80%, maior nível de fechamento desde 19 de agosto de 2004, quando o dólar alcançou R$ 2,987.
Na máxima do dia, o dólar chegou ao patamar de 3,0010, maior dos últimos dez anos. De acordo com dados da agência Reuters, o câmbio foi impulsionado pela decisão do presidente do Senado em rejeitar a Medida Provisória que trata de desonerações tributárias, o que dificulta ainda mais o ajuste nas contras públicas do Brasil.
Além disso, os analistas destacam que as cotações do cereal buscam uma maior aproximação com os preços praticados nos portos brasileiros, ao redor de R$ 30,00 a saca. Com isso, as principais posições do cereal encerraram o dia com valorizações entre 0,40% e 0,71%. O vencimento maio/15 era cotado a R$ 29,45 a saca.
Mercado interno
Segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, a quarta-feira foi de estabilidade aos preços do milho no mercado interno brasileiro. Nos portos, apesar da alta do dólar, as cotações ficaram estáveis em R$ 30,00 a saca, para entrega em outubro, no Porto de Paranaguá e a R$ 30,30 a saca no Porto de Santos.
O consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que o país disputa a segunda colocação nas exportações com a Ucrânia. "Temos que considerar que a Ucrânia está em crise e tem uma dificuldade me manter o crescimento da safra. Não há garantias de produção melhor do que tivemos no ano passado e para atender a demanda global, que permanece firme. Principalmente do setor de rações", explica.
Em sua última projeção, a Informa Economics estimou a produção brasileira, entre primeira e segunda safra, em 72 milhões de toneladas. Já a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), projetou a safra de milho em 78.397,3 milhões de toneladas, em seu último boletim reportado no início de fevereiro.
Bolsa de Chicago
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão desta quarta-feira (4) em campo negativo. As principais posições do cereal exibiram perdas entre 0,50 e 2,00 pontos. O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,89 por bushel.
Ainda na visão do consultor, o mercado opera de maneira muito técnica e tenta se segurar no patamar de US$ 3,80 por bushel no spot. "E tem conseguido se manter nesses níveis, que aliás, podemos considerar como rentável aos produtores de etanol. Temos uma grande demanda, mais de 30 milhões de milho serão destinados à produção de etanol. O fator petróleo no milho também se torna importante e a cada dia de avanço, dá um pouco de suporte, pois ajuda o etanol", afirma Brandalizze.
Paralelamente, o site Farm Futures destacou que os preços também acompanharam as perdas observadas nos futuros da soja e do trigo. "Também temos dados conflitantes da Administração de Informação de Energia (AIE) indicando uma queda inesperada nos estoques de etanol nos EUA, mas também um declínio na produção. Por outro lado, há os ganhos do dólar, que contribuem para pressionar os mercados", informou o veículo de comunicação.
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