Greve dos Caminhoneiros: FPA quer "diesel a preço justo no tanque dos caminhoneiros"
No final da tarde desta terça, por volta das 18h (horário de Brasília), as estradas no Brasil já não estavam mais bloqueadas, porém, cerca de quatro estados ainda apresentavam pontos de manifestações e o fluxo de produto ainda buscava a normalização de seu ritmo.
Muitos caminhoneiros foram, entre segunda e terça-feira dessa semana, para Brasília e deram início a uma nova rodada de negociações com o governo. Abaixo, veja uma nota dos primeiros resultados de uma reunião dos motoristas com a Frente Parlamentar da Agropecuária.
Presidente da FPA participa de audiência pública com motoristas
O deputado federal Marcos Montes (PSD-FPA), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), manifestou apoio ao movimento paredista dos caminhoneiros durante a audiência pública promovida pela Frente Parlamentar de Transporte e Logística (Translog) na Câmara Federal.
A principal reivindicação do movimento, defendida pela Frente, é a redução do percentual do último aumento de Pis/Cofins sobre o óleo diesel e que vem estrangulando e onerando o setor de transportes e cargas nos últimos anos.
Montes afirmou que não é intenção da FPA confrontar o governo federal, mas reafirmar o compromisso com a categoria e buscar uma solução para os problemas vividos por esses profissionais. "Não queremos jogar gasolina no fogo, mas colocar diesel a preço justo no tanque dos caminhoneiros", declarou.
Portanto, "a FPA vem a público reafirmar seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social do país, defendendo a imediata redução das alíquotas de Pis/Cofins sobre o diesel. Esperamos que o governo federal tenha a sensibilidade para atender essa demanda tão importante e justa para o setor" ressaltou Montes.
Durante a reunião alguns parlamentares sugeriram não votar o ajuste fiscal enquanto o governo federal não acertar as contas com os motoristas. Aconselharam, inclusive, os líderes do movimento que a categoria não se deixe intimidar com as ameaças dos agentes públicos que agem contra a greve.
Contexto - O movimento paredista dos caminhoneiros já segue pelo 14º dia. A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem (02), sem vetos, a Lei 13.303 que "disciplina a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional". O texto foi publicado hoje (03) no Diário Oficial da União (DOU). Porém, esse gesto presidencial não foi suficiente para por fim ao movimento da greve.
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