Soja acompanha o dólar e fecha semana com preços em alta no Brasil
Os preços da soja fecharam a semana e a sessão desta sexta-feira (20) em baixa na Bolsa de Chicago. Entre as posições mais negociadas, as perdas foram de pouco menos de 1%, com o vencimento março/15 fechando em US$ 9,99 e o maio/15 em US$ 10,02 por bushel. Apesar disso, as cotações subiram e se consolidaram acima dos US$ 10,00 novamente, com exceção do primeiro vencimento e, de acordo com analistas, o mercado deve manter esse quadro ainda por um tempo.
Os números passaram por uma realização de lucros nesta sexta depois das boas altas registradas no pregão anterior e, segundo explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest, pressionados também por uma leve baixa dos prêmios no Brasil, movimento que deixou mais atrativa a soja brasileira em relação à norte-americana.
Apesar disso, ao longo de toda a semana, o mercado recebeu informações positivas para a formação dos preços, como os primeiros indicativos da safra 2015/16 dos EUA que devem trazer uma menor área de plantio no país, além de uma safra abaixo do registrado na atual temporada. Porém, os estoques finais, de acordo com os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no Annual Outlook Forum, devem ser maiores.
Para a soja, a projeção é de uma colheita de 103,4 milhões de toneladas, contra 108 milhões da safra atual. Ainda de acordo com representantes do departamento, a baixa na produção de soja será mais limitada do que em outras culturas diante dos menores custos de produção da oleaginosa, o que estimula a migração dos produtores do país para a commodity. Ainda assim, o USDA trouxe, no primeiro dia do fórum, uma área de plantio menor do que da safra 2014/15 e menor ainda do que as projeções do mercado.
O USDA projeta ainda um aumento no esmagamento de soja nos EUA para 50 milhões de toneladas, frente às 48,85 milhões estimadas para o ciclo 2014/15. As exportações foram colocadas em 49,5 milhões de toneladas e apresentam um ligeiro aumento em relação à ultima projeção do departamento para a safra atual de 48,72 milhões de toneladas.
Além disso, ainda nesta sexta-feira, o departamento agrícola norte-americano trouxe seu boletim semanal de vendas semanais para exportação com dados acima das expectativas do mercado.
Na semana que terminou em 12 de fevereiro, os EUA venderam 505,7 mil toneladas de soja da safra 2014/15. O número ficou acima das expectativas, de 460 mil toneladas, porém, abaixo do registrado na semana anterior, quando foram vendidas 745,4 mil toneladas. O USDA anunciou ainda a venda de 115,9 mil toneladas da safra 2015/16 na semana.
Assim, o acumulado de vendas já realizadas no ano já soma 46.881,1 milhões de toneladas, enquanto o total projetado pelo USDA para toda a temporada é de 48,72 milhões de toneladas. Ou seja, já há 96% do volume comprometido do estimado e a temporada comercial só será encerrada em 31 de agosto. Em 2013/14, nesse mesmo período, o total acumulado era de 46.688,1 milhões de toneladas.
Os preços da soja fecharam a semana e a sessão desta sexta-feira (20) em baixa na Bolsa de Chicago. Entre as posições mais negociadas, as perdas foram de pouco menos de 1%, com o vencimento março/15 fechando em US$ 9,99 e o maio/15 em US$ 10,02 por bushel. Apesar disso, as cotações subiram e se consolidaram acima dos US$ 10,00 novamente, com exceção do primeiro vencimento e, de acordo com analistas, o mercado deve manter esse quadro ainda por um tempo.
Os números passaram por uma realização de lucros nesta sexta depois das boas altas registradas no pregão anterior e, segundo explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest, pressionados também por uma leve baixa dos prêmios no Brasil, movimento que deixou mais atrativa a soja brasileira em relação à norte-americana.
Apesar disso, ao longo de toda a semana, o mercado recebeu informações positivas para a formação dos preços, como os primeiros indicativos da safra 2015/16 dos EUA que devem trazer uma menor área de plantio no país, além de uma safra abaixo do registrado na atual temporada. Porém, os estoques finais, de acordo com os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no Annual Outlook Forum, devem ser maiores.
Para a soja, a projeção é de uma colheita de 103,4 milhões de toneladas, contra 108 milhões da safra atual. Ainda de acordo com representantes do departamento, a baixa na produção de soja será mais limitada do que em outras culturas diante dos menores custos de produção da oleaginosa, o que estimula a migração dos produtores do país para a commodity. Ainda assim, o USDA trouxe, no primeiro dia do fórum, uma área de plantio menor do que da safra 2014/15 e menor ainda do que as projeções do mercado.
O USDA projeta ainda um aumento no esmagamento de soja nos EUA para 50 milhões de toneladas, frente às 48,85 milhões estimadas para o ciclo 2014/15. As exportações foram colocadas em 49,5 milhões de toneladas e apresentam um ligeiro aumento em relação à ultima projeção do departamento para a safra atual de 48,72 milhões de toneladas.
Além disso, ainda nesta sexta-feira, o departamento agrícola norte-americano trouxe seu boletim semanal de vendas semanais para exportação com dados acima das expectativas do mercado.
Na semana que terminou em 12 de fevereiro, os EUA venderam 505,7 mil toneladas de soja da safra 2014/15. O número ficou acima das expectativas, de 460 mil toneladas, porém, abaixo do registrado na semana anterior, quando foram vendidas 745,4 mil toneladas. O USDA anunciou ainda a venda de 115,9 mil toneladas da safra 2015/16 na semana.
Assim, o acumulado de vendas já realizadas no ano já soma 46.881,1 milhões de toneladas, enquanto o total projetado pelo USDA para toda a temporada é de 48,72 milhões de toneladas. Ou seja, já há 96% do volume comprometido do estimado e a temporada comercial só será encerrada em 31 de agosto. Em 2013/14, nesse mesmo período, o total acumulado era de 46.688,1 milhões de toneladas.
Ainda segundo Vanin, o mercado observa uma demanda ainda concentrada nos Estados Unidos quando já deveria estar mais voltada para o produto da América do Sul frente aos problemas de escoamento que vêm sendo observados no Brasil, como o atraso do embarque em alguns portos, principal fator que pesa sobre os prêmios para a soja no país.
Mercado Interno
Apesar desse ligeiro recuo dos prêmios, os preços da soja no Brasil registraram mais uma semana positiva, principalmente em função da alta do dólar. Frente à moeda norte-americana, o real já acumula uma baixa de 8% e tem, entre as principais divisas internacionais, um dos piores desempenhos do ano, como explica o analista de mercado da Agrinvest.
Nesta sexta-feira, o dólar fechou a R$ 2,8788, com alta de 0,46% de alta. As preocupações com o futuro da Grécia na Zona do Euro e da instabilidade do cenário no Brasil ainda dão o tom positivo para a moeda americana não só frente ao real mas à uma cesta das principais moedas internacionais.
"O mercado vai demorar para comprar a ideia de que está tudo bem na Europa. Depois de tanta novela, os investidores ficaram céticos", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira à agência Reuters.
Assim, o valor da soja disponível no porto de Rio Grande subiu mais de 3% e saltou de R$ 64,00 para R$ 66,50/saca, enquanto a soja para maio/15 teve alta de 1,95% para encerrar a semana em R$ 67,80. No porto de Paranaguá, o ganho foi de 0,76% para R$ 66,00 por saca. No interior do Brasil, ganhos de 0,18 a 4,08%, em Tangará da Serra, Mato Grosso, onde o preço ficou em R$ 51,00.
5 comentários
Soja fecha no vermelho em Chicago nesta 2ª feira, com pressão ainda vinda dos fundamentos e dólar
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Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
Aproveitem os picos de Chicago e dólar e vão vendendo...continuo afirmando que os preços vão continuar de lado e para baixo...se ficarem com os estoques nas mãos mais em um determinado momento os compradores estocados vão apertar o nó da gravata...
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Vilson, li seu comentário e fiquei pensando sobre o que falou o consultor e comparando com o que acontece no Brasil. Aqui o maquinário é mais caro, o diesel é mais caro, o transporte é mais caro, os caminhões são mais caros, as ferrovias são mais caras, e mesmo assim com a soja à, digamos 70 no porto e dólar 2.9, dá 11 dólares por saca. Só que o produtor que tiver uma produtividade maior que 50 sc/ha tem lucro. Como é que lá, com as últimas produtividades relatadas - bem acima de 50 -, com 10 eles tem prejuizo?
Sobre o estoque, com produção de 108, consumo de 50 e exportação de 50, sobra 8. Em minha opinião não fecha com a realidade a avaliação de que o produtor americano está segurando soja, pelo contrário penso que vai vender ainda mais umas 5 mi de ton, reduzindo estoque. O que tem evitado uma queda maior dos preços são os fundos – que perderão muito se a soja não voltar a 10,50 -, e a indefinição quanto ao percentual de quebra de safra no Brasil, que se fosse cheia já teria levado os preços para menos de 9. Em relação ao preço do dólar, compartilho sua visão, a desvalorização do real da forma que vem acontecendo não é boa para o setor produtivo, e nem é esse o objetivo da chamada “política econômica”, que ao final das contas é somente a manutenção desse sistema de governo, que está falido, pelo empobrecimento geral da população brasileira. E esse lamentavelmente é um assunto que quase ninguém aborda, o fato de que a desvalorização do dinheiro, associada com inflação alta, obriga o trabalhador a consumir menos. A situação é tão complicada que se o câmbio estivesse 2, boa parte dos produtores brasileiros já estaria falida, pensando dessa maneira podemos imaginar então que a desvalorização é um mal menor, porém pensar que o governo está promovendo isso, pensando no produtor, nem ingenuidade é, é burrice mesmo. Mesmo os socialistas sabem que o governo precisa do setor produtivo para se manter, por isso está só pensando em salvar a si próprio. Em outras palavras, o governo quer manter o setor produtivo para salvar a própria pele.Vilson Ambrozi Chapadinha - MA
Nós não podemos nos iludir com o dólar alto,hoje só a mão de obra não é atrelada ao dólar. E mão de obra na agricultura de grãos é o que menos conta.
Vilson Ambrozi Chapadinha - MA
Quanto aos custos de produção, temos que entender que uma grande parte dos produtores brasileiros ou são arrendatários ou investidores, e tanto um como o outro coloca o alto custo da terra nos cálculos,que somado ao agora ressarcimento dos prejuízos da Petrobrás e Eletrobrás, custo exclusivo nosso,torna nossa produção mais onerosa do que dos nossos competidores..Concordo com o que diz o Telmo,se os consumidores querem soja, vão ter que pagar para os produtores do Mt plantar,mas até lá muitos vão sangrar.Basta saber quem fica. Normalmente é quem tem cacife.
Vilson Ambrozi Chapadinha - MA
Li um comentário de um consultor que assiste farms nos usa, ele diz que com 4,0 dolares buchell para o milho, e 10 US para a soja ,metade dos fazendeiros empatam e outra metade ficam no vermelho. Daí a preocupação do USDA muda , antes segurar os preços para combater a inflação e agora estimula-los, para que o governo não precise desembolsar bilhões de US em subvenções. De certa forma esta é a função dos relatórios, basta à nós entende-los.