Café: Mercado físico bastante ativo, valorização do dólar compensou os dias de queda em NY
Semana com chuvas irregulares sobre os cafezais do sudeste brasileiro, dólar com forte valorização frente ao real e cotações do café no mercado futuro oscilando bastante. Com a aproximação do dia 19, quando se inicia o período de entrega física em Nova Iorque, as rolagens de posição para maio foram intensificadas, contribuindo com as fortes e rápidas oscilações.
O mercado físico brasileiro apresentou-se ativo, com a valorização do dólar compensando com folga os dias de baixa da ICE Futures US em Nova Iorque. Todos os lotes oferecidos ao mercado pelos produtores foram disputados, mas muitos negócios não foram fechados. Os vendedores mostram tranquilidade e não aceitam ofertas que não reflitam as cotações em Nova Iorque e a valorização do dólar frente ao real. Lotes de café arábica de boa qualidade a finos continuam raros e disputados. Não aparecem vendedores de lotes CDs abaixo de 550 reais por saca. Lotes CDs mais finos foram negociados até a 580 reais por saca.
O mercado físico de conilon trabalhou em alta esta semana. Segundo o CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, ontem, quinta-feira, seu índice para o conilon atingiu R$ 309,25 - seu maior valor desde 2001. Uma valorização de 3,4% na semana. Essa valorização dá sustentação aos arábicas fracos, que começam a ser procurados com mais intensidade.
Os embarques de café no primeiro mês deste ano foram realizados em grande parte pelo porto de Santos, por onde foram escoados 81,1% do produto exportado (2.408.403 sacas), pelos portos do Rio de Janeiro foram embarcados 10,7% do total (316.610 sacas), e pelo porto de Vitória saíram 6,3% do total (188.209 sacas).
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de Janeiro foram embarcadas 2.969.557 sacas de 60 kg de café aproximadamente 7% (189.202 sacas) a mais que no mesmo mês de 2014 e 7% (237.424 sacas) a menos que no último mês de dezembro. Foram 2.420,738 sacas de café arábica e 344.574 sacas de café conillon, totalizando 2.765.312 sacas de café verde, que somadas a 203.835 sacas de solúvel e 410 sacas de torrado, totalizaram 2.969.557 sacas de café embarcadas.
Até o dia 13, os embarques de fevereiro estavam em 828.942 sacas de café arábica, 74.500 sacas de café conillon, mais 54.577 sacas de café solúvel, totalizando 958.019 sacas embarcadas, contra 917.547 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o dia 13, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 1.483.688 sacas, contra 1.501.741 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 6, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 13, caiu nos contratos para entrega em março próximo, 365 pontos ou US$ 4,82 (R$ 13,68) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 6 a R$ 611,81 por saca e hoje, dia 13, a R$ 612,02 por saca.
Hoje, nos contratos para entrega em março a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 135 pontos.
0 comentário
Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)