Soja mantém altas em Chicago nesta 6ª feira e tenta se consolidar acima dos US$ 10
Os preços da soja registram uma sessão de valorização na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (13). O mercado vem trabalhando, desde a manhã de hoje, com ganhos entre 7 a 8 pontos e os contratos mais distantes buscam recuperar e se consolidar na casa dos US$ 10 por bushel. Assim, por volta das 13h (horário de Brasília), os vencimentos julho e agosto trabalhavam em US$ 9,99 por bushel.
A demanda, nesses dois últimos dias, tem sido um importante fator de estímulo às cotações, segundo explicam analistas e consultores de mercado. Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou uma nova venda de soja para a China - 120 mil toneladas da safra 2015/16 - e ontem, as vendas semanais para exportação ficaram acima das expectativas do mercado. Do total previsto para ser exportado pelos EUA no ano comercial 2014/15, 95% já estão comprometidos.
Outro fator que contribui para o avanço das cotações na Bolsa de Chicago é o dólar um pouco mais fraco frente à cesta das principais moedas internacionais. Com a moeda norte-americana mais "barata", o produto dos EUA acaba se tornando mais competitivo, quadro que estimula os ganhos no mercado internacional. Além disso, com o mercado financeiro menos nervoso nesta sexta, ainda de acordo com os analistas, atrai os investidores para ativos mais seguros, como as commodities agrícolas.
Daqui em diante, os principais fatores a serem observados pelo mercado da soja serão a conclusão da safra da América do Sul, principalmente o impacto do clima sobre os resultados que ainda precisam ser concretizados, e os primeiros indicativos para a safa 2015/16 dos Estados Unidos, segundo explica Flávio França Junior, consultor de mercado da França Junior Consultoria.
Na próxima semana, será realizado o Anual Outlook Fórum nos EUA, trazendo números do USDA com as primeiras projeções de oferta e demanda dos EUA e, apesar de ser dados muito iniciais, são indicadores importantes para o mercado. Entre as informações mais esperadas está a previsão para a áre de plantio, a qual poderia vir maior para a soja e menor para o milho.
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