Soja fecha o dia em alta na Bolsa de Chicago com foco na demanda forte
Os preços da soja fecharam a sessão desta quinta-feira (12) em campo positivo na Bolsa de Chicago. As posições mais negociadas terminaram o dia com ganhos de 5,75 a 6,25 pontos entre as posições mais negociadas, e o contrato maio/15, referência para a safra brasileira, ficou em US$ 9,86 por bushel.
O mercado operou durante todo o dia próximo da estabilidade, porém, foi ampliando seus ganhos no meio da tarde encontrando suporte, entre outros fatores, na demanda ainda forte e expressiva pela soja norte-americana, segundo explicou o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo.
Na semana que terminou em 5 de janeiro, os EUA venderam 746,2 mil toneladas de soja, sendo 745,4 mil da safra 2014/15 e mais 80 mil da temproada 2015/16. Em relação à semana anterior, as vendas subiram 52% e ficaram acima das expectativas do mercado, com média de 350 mil toneladas. Os números são do boletim semanal de vendas para exportação reportado nesta quinta pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
No acumulado do ano comercial, as vendas norte-americanas já somam 46.182,4 milhões de toneladas, contra a última projeção do USDA para todo o ciclo comercial, que termina somente em 31 de agosto, de 48,72 milhões de toneladas.
"Já temos um bom volume de soja já comprometido e um bom volume já embarcado (nos EUA)", diz o analista.
Além dos números do USDA, o mercado recebeu ainda os novos números da Conab, os quais trouxeram uma estimativa de 94,58 milhões de toneladas de soja no Brasil na temporada 2014/15. O número vem em linha com a última projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) - de 94,5 milhões de toneladas - porém, bem acima do total estimado por consultorias privadas e contradizendo a realidade dos campos relatada por produtores rurais.
"Pelo o que eu ouço de produtores e técnicos que o número mais adequado está mais próximo de algo entre 90 e 91 milhões de toneladas, mas, evidentemente, isso virá ao mercado no decorrer. Essa é uma questão de certa precaução na divulgação de um número que possa impactar no mercado então tem que reverter isso aumentando a produção. Mas é claro, esperávamos um número mais condizente com os relatos que vem do campo, com perdas consolidadas, sem reversão", explica o analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais.
Para Marcos Araújo, a tendência agora é de que os preços da soja mantenham uma firmeza um pouco mais significativa que deve resultar em algumas altas ou ao menos limitar as baixas e esse é um movimento que mostra as cotações obedecendo um quadro sazonal de um mercado mais positivo. As novas informações a serem observadas são as primeiras estimativas para a safra 2015/16 dos Estados Unidos e a conclusão da safra da América do Sul.
"Eu acredito que o mercado segue limitado para grandes baixas em Chicago devido ainda a essa forte demanda nos Estados Unidos e os produtores americanos vendendo em um ritmo mais lento", diz o analista. E o quadro, completa Araújo, pode estimular novas altas caso essa realidade seja mantida no cenário da demanda.
Mercado Interno
No mercado interno, os preços da soja nos portos recuaram ao mesmo tempo que a moeda norte-americana caiu frente ao real. Em Rio Grande, o preço da soja para maio/15 fechou em R$ 65,50, com baixa de 2,24%, enquanto em Paranaguá, a cotação perdeu 1,08% e ficou em R$ 64,00 por saca. No interior do país, porém, as praças onde o preço não terminou estável, apresentou altas.
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