Soja tem preços ainda avançando no Brasil com força do dólar; na CBOT, estabilidade
Ainda sem novidades que possam estimular movimentos mais acentuados dos preços, o mercado internacional da soja registra mais uma sessão de negócios próximos da estabilidade na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (11). Os futuros da oleaginosa vêm testando os dois lados da tabela desde o início do dia e, por volta de 12h50 (horário de Brasília), as cotações registravam ligeiros ganhos nos primeiros vencimentos, enquanto o julho operava na estabilidade e o agosto recuava 0,75 ponto, valendo US$ 9,78 por bushel.
Segundo explicam analistas, o mercado segue operando de forma técnica diante de seus fundamentos já conhecidos e sem sentir o impacto dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que foram reportados nesta terça (10). As informações atualizadas vieram em linha com as expectativas do mercado, com uma baixa nos estoques finais norte-americanos de soja e uma redução de 1 milhão de toneladas na safra brasileira, além de ligeiras mudanças nos números de exportações e esmagamento nos EUA.
Outro fator que limita os ganhos da soja na Bolsa de Chicago, bem como das demais commodities negociadas nas bolsas americanas, é a valorização do dólar frente ao real e à uma cesta das principais moedas internacionais. Nesta quarta, a divisa americana repete a alta da sessão anterior e chega a R$ 2,87.
"O real atingiu a menor cotação (nesta terça-feira) em mais de 10 anos, acima de 2.83 estimulando fixação por parte dos produtores brasileiros, e por consequência, mais pressão sobre os basis nos portos brasileiros, tornando a soja americana relativamente mais cara", explicam analistas da Agrinvest, em uma nota divulgada no blog da empresa. "Os basis da soja FOB Golfo para embarque abril e maio recuaram 1 cent por bushels a 69 acima do maio contra 40 cents acima em Paranaguá (paper)".
Por outro lado, essa escalada do dólar ainda promove um avanço das cotações da soja no mercado interno brasileiro. Os indicativos de preços do produto com entrega em maio/15 no porto de Rio Grande, por volta de 12h, era de R$ 65,90 por saca, contra o fechamento de R$ 65,20 de ontem. Em Paranaguá, os indicativos seguem na casa dos R$ 64,50.
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