BC chinês diz que sustentará crescimento mas evitará injetar muito dinheiro
PEQUIM (Reuters) - O banco central da China deixou claro nesta terça-feira que está pronto para combater qualquer desaceleração na segunda maior economia do mundo, ao mesmo tempo em que alertou sobre fortes obstáculos ao crescimento e uma demanda global provavelmente anêmica.
Mas o banco central reconheceu ao mesmo tempo as preocupações sobre os crescentes níveis de dívida na China, ao dizer que evitará qualquer estímulo excessivo de crédito que poderia alimentar riscos financeiros.
O Banco do Povo da China reiterou no relatório de política monetária do quarto trimestre que manterá a política monetária prudente para assegurar que não esteja muito apertada nem muito frouxa.
"A economia ainda enfrenta pressões relativamente grandes em meio ao processo de reestruturação econômica", disse o banco central.
"Olhando à frente, é difícil ver qualquer grande melhora na demanda externa. Algumas indústrias com excesso de capacidade ainda estão aumentando as capacidades a uma grande velocidade, o que poderia aumentar as pressões para baixo sobre preços, especialmente preços industriais".
Diante de um mercado imobiliário fraco, crescimento errático de exportações e uma desaceleração nos investimentos liderada pelo governo, a economia chinesa sofreu sua pior desaceleração em 24 anos no ano passado, quando o crescimento anual caiu para 7,4 por cento.
Para incentivar a demanda, o banco central afrouxou a política monetária diretamente duas vezes em três meses cortando as taxas de juros e reduzindo o volume de depósitos que os bancos precisam manter como reservas.
"Faremos ajustes adequados e em tempo apropriado quando acontecerem mudanças relativamente grandes em condições básicas ... para impedir que a economia caia, mas também (iremos) prestar atenção para evitar 'injetar' muito dinheiro", disse o banco central.
O banco central reafirmou também sua promessa de manter o iuan basicamente estável.
(Por Judy Hua, Koh Gui Qing e Kevin Yao)
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