Chefe do BB será novo presidente da Petrobras, dizem fontes; ação despenca
SÃO PAULO - O atual presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, será o novo presidente da Petrobras, segundo informações de diversos veículos de imprensa. Além da coluna de Cristiana Lôbo no G1, três fontes do governo também disseram à Reuters que ele será o substituto de Graça Foster, assim como a Folha. Seguno o jornal, Bendine assumirá nesta sexta-feira e terá liberdade para montar a equipe econômica.
Com isso, as ações da companhia caem mais de 4%, uma vez que este nome não é visto como positivo pelo mercado para a petrolífera dada a proximidade com o governo. Aliás, a escolha teria partido de uma preferência pessoal da presidente da República, Dilma Rousseff. Às 10h28 (horário de Brasília), as ações PETR3 caem 5,69%, a R$ 9,11, enquanto os ativos PETR4 caem 6,43%, a R$ 9,18.
Leia a notícia na íntegra no site InfoMoney
Aldemir Bendine é apontado como novo presidente da Petrobras
Aldemir Bendini, que ocupava a presidência do Banco do Brasil, surge como o novo presidente da Petrobras, no lugar que era de Graça Foster até a última quarta-feira (4). O anúncio oficial ainda não foi realizado.
Aldemir já foi apontado como um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. É funcionário de carreira do Banco do Brasil - onde começou como estagiário -, passou pela Diretoria de Cartões; Varejo e Novos Negócios, antes de ser vice-presidente e depois, presidente do Banco do Brasil, em 2009.
A Petrobras anuncia nesta sexta-feira (6) o nome do seu novo presidente, após Graça Foster ter renunciado na quarta-feira, juntamente com cinco diretores.
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Dilma escolhe Bendine, do BB, para presidir Petrobras, dizem fontes
Por Jeferson Ribeiro e Luciana Otoni
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff escolheu um homem de sua confiança, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, para assumir o comando da Petrobras , disseram três fontes do governo nesta sexta-feira, desapontando investidores que torciam por um nome do mercado para recuperar a imagem da petroleira arranhada por um escândalo de corrupção.
Bendine, funcionário de carreira do BB , está à frente do maior banco da América Latina desde 2009. Sob sua chefia, a instituição federal liderou uma ofensiva do governo petista no crédito para atenuar os efeitos da crise financeira global na economia brasileira.
A escolha de Bendine indica as dificuldades que Dilma teve para costurar a sucessão na Petrobras de forma súbita, em 48 horas, com a renúncia repentina da presidente Maria das Graças Foster e de outros cinco diretores da companhia, em um movimento que surpreendeu o Palácio do Planalto.
Além disso, por ser bastante alinhado às políticas do atual governo, a colocação de Bendine na liderança da Petrobras frustra expectativas de investidores e analistas de que o novo líder da petroleira viesse do mercado.
O Conselho de Administração da Petrobras está reunido nesta sexta para eleger um nome indicado pela Presidência da República para ocupar a cadeira de presidente-executivo da petroleira, que está no centro de um escândalo bilionário de corrupção.
Além de Bendine, o Conselho apontará o atual vice-presidente financeiro do BB, Ivan Monteiro, para a diretoria de Finanças da Petrobras, segundo disse à Reuters uma fonte próxima ao banco, que falou sob condição de anonimato.
Após a notícia de que Bendine assumirá a Petrobras, as ações da empresa tinham forte queda. Às 12h, as preferenciais e as ordinárias recuavam 6,2 e 5,7 por cento, respectivamente. O Ibovespa <.BVSP> tinha desvalorização de 1,5 por cento.
“O Bendine é uma pessoa muito identificada com a primeira gestão do governo Dilma. O BB foi absolutamente comandado pelo governo na primeira gestão e a Petrobras precisaria de alguém mais independente, que peitasse o governo em determinadas situações e não fizesse loteamento de cargos", disse à Reuters o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira, no Rio de Janeiro.
Para Bandeira, nomes que vinham circulando na mídia para a Petrobras, como o de Murilo Ferreira, presidente da Vale , e o de José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem , seriam opções melhores. "Pesa por não ser alguém do setor, mas pesa mais por ser identificado com a primeira gestão de Dilma”, afirmou.
O novo comando da empresa terá entre seus desafios iniciais a regularização da publicação das demonstrações financeiras da estatal. Isso em meio à apuração de um escândalo de corrupção que exigirá que a companhia realize baixas contábeis bilionárias de ativos sobrevalorizados.
RENÚNCIA COLETIVA
A renúncia de seis altos executivos da Petrobras na quarta-feira surpreendeu autoridades em Brasília, que previam uma mudança na diretoria da estatal apenas no fim do mês.
Na terça-feira, Dilma aceitou o pedido de demissão de Graça Foster, mas tinha acertado a permanência da executiva no cargo por mais algumas semanas. Mas outros cinco diretores da Petrobras não aceitaram ficar por mais tempo, precipitando a saída também de Graça Foster.
Já bastante desgastados, os diretores da Petrobras que estão deixando os postos não quiseram mais ser diretamente associados ao escândalo de corrupção, o maior da história do país, com denúncias de sobrepreço de contratos para beneficiar ex-funcionários, executivos de empreiteiras e políticos.
Procurada, a Petrobras informou que não comentaria a informação de que Bendine será o novo presidente da estatal e disse que qualquer comunicação oficial será feita por meio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
(Reportagem adicional de Priscila Jordão e Aluísio Alves, em São Paulo)
Na VEJA: Geral Samor pergunta: O que é isso, companheira?
Tem gente que não aprende nada.
Dilma Rousseff quer vender Aldemir Bendine como um nome “de mercado”, mas ele está muito mais para um homem “do sistema”, com profundos laços de amizade com o PT.
Em seu isolamento — que agora fica claro cresce a cada dia — a presidente escolheu um nome que ninguém especulava, talvez por Bendine não ser nem de longe o perfil que a Petrobras precisa.
A Petrobras agora tem um novo presidente mas continua à deriva, incapaz de fazer uma ruptura com o passado.
Bendine viu seu capital político encolher no ano passado depois que a Folha de São Paulo publicou que ele fora autuado pela Receita Federal por não comprovar a procedência de aproximadamente 280 mil reais em seu Imposto de Renda. O jornal também ouviu um ex-motorista do banco que disse ter transportado sacolas de dinheiro a mando de Bendine.
Bendine negou a acusação, que classificou de ‘absurda’.
Petrobras PN cai 6%. No mercado, a sensação é de ‘game over’.
Por Geraldo Samor
1 comentário
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Esta em andamento um terrivel processo de desvalorização das ações da Petrobás, com o lógico intuito de tentar privatiza-la, só não vê quem não quer...O lógico seria nomeação de um nome identificado com o ramo, que alias só de mencionar, as ações subiram, mas não, nomearam um que já provocou suas ações desabarem...Será a mando de quem que estas medidas exdrúxulas são tomadas? Dizem, alias já lí nos noticiários, que os EEUU continuam mantendo sua espionagem na nossa governanta...Qual seria o real motivo da continuidade desta vigiläncia? Só posso concluir que existe esta cobrança de nossa Empresa, pela entrega do poder, que há 15 anos vem solapando tudo de positivo que existia em nosso pais...