USDA mantém estoques finais de soja dos EUA e reduz os de milho
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou, no início da tarde desta segunda-feira (12) seu novo boletim mensal de oferta e demanda de janeiro e surpreendeu o mercado ao trazer inalterado o número dos estoques finais de soja do país. Além disso, o departamento trouxe ainda um aumento na produção e produtividade da safra 2014/15, o que também veio contradizendo as expectativas do mercad sobre esse boletim. O reporte mostrou ainda um expressivo aumento na projeção da safra brasileira e, por volta das 15h50 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa perdiam quase 30 pontos na Bolsa de Chicago.
No caso do milho, a situação foi contrária. Não só o número para a produção norte-americana caiu, como os estoques finais também foram reduzidos, o que ficou em linha com o que era esperado pelos traders. Sobre a colheita brasileira, o USDA manteve sua estimativa.
Veja, a seguir, as informações detalhadas.
Soja EUA - O USDA trouxe a safra norte-americana estimada em 108,02 milhões de toneladas, contra 107,73 milhões do boletim de dezembro. A produtividade subiu de 53,87 para 54,2 sacas por hectare. Ambos os dados ficaram acima das expectativas, as quais eram de 107,9 milhões de toneladas e 53,46 sacas por hectare, respectivamente.
Dessa forma, os estoques finais dos EUA foram mantidos em 11,16 milhões de toneladas, enquanto os traders apostavam em uma redução para 10,9 milhões de toneladas. A projeção para a área colhida de soja para esse boletim era de 33,63 milhões de hectares e esse foi, exatamente, o número divulgado pelo departamento americano.
Um ligeiro aumento foi registrado nas exportações norte-americanas da oleaginosa que passaram de 47,9 milhões para 48,17 milhões de toneladas. No número do esmagamento, por outro lado, o USDA não mexeu e manteve as 48,44 milhões de toneladas.
Soja Mundo - A estimativa do USDA para a produção mundial de soja também subiu e passou de 312,81 milhões para 314,4 milhões de toneladas. Os estoques finais globais também foram revisaos para cima e ficaram em 90,78 milhões de toneladas, acima das expectativas de 90,2 milhões. Em dezembro, o número foi de 89,87 milhões de toneladas.
No quadro global, o USDA estimou o esmagamento de soja em 252,53 milhões de toneladas, contra 251,87 milhões de toneladas estimadas em dezembro. As importações mundiais subiram de 112,77 milhões para 112,99 milhões de toneladas.
O consumo também foi revisado para cima, passando de 286,07 milhões para 286,25 milhões de toneladas. Já as exportações mundiais de soja cresceram na estimativa do USDA de 116,22 milhões para 116,49 milhões de toneladas.
Ainda no cenário mundial, o destaque foi para a safra brasileira, que teve sua projeção elevada expressivamente de 94 milhões para 95,5 milhões de toneladas. Os estoques finais do Brasil também subiram na projeção do USDA e passaram para 25,83 milhões de toneladas, contra 24,38 milhões do registrado no reporte de dezembro.
A safra da Argentina foi mantida em 55 milhões de toneladas, bem como seus estoques finais, em 34,85 milhões. As importações chinesas também ficaram inalteradas nos 74 milhões de toneladas.
NÚMEROS DA SOJA
Milho EUA - Ao contrário do que houve com a soja, a estimativa da produção norte-americana de milho foi revisada para baixo e ficou em 361,11 milhões de toneladas. O número veio bem abaixo do registrado no relatório de dezembro, quando foram estimadas 365,97 milhões de toneladas. A expectativa do mercado era de 364,9 milhões.
A produtividade também foi reduzida e caiu de 183,52 para 180,97 sacas por hectare. Os traders apostavam em algo próximo de 181,5 sacas. A área colhida foi estimada pelo departamento americano em 33,63 milhões de hectares, um pouco mais alta do que a expectativa do mercado, de 33,51 milhões.
Sobre as exportações norte-americanas, o USDA manteve sua estimativa em 44,45 milhões de toneladas, mas ampliou o esperado na utilização do cereal para a produção de etanol de 130,82 milhões para 131,45 milhões de toneladas.
Milho Mundo - A safra global de milho foi estimada pelo departamento em 988,08 milhões de toneladas, apresentando uma ligeira baixa em relação ao número de dezembro, quando foram projetadas 991,58 milhões de toneladas. Consequentemente, os estoques mundiais também caíram - de 192,20 milhões para 189,15 milhões de toneladas - e ficaram abaixo do esperado pelo mercado, de 192,1 milhões.
O USDA manteve ainda sua projeção para a safra brasileira em 75 milhões de toneladas e os estoques finais em 17,55 milhões de toneladas. No caso da Argentina, os números também foram mantidos na produção - 22 milhões de toneladas - porém, os estoques finais foram reduzidos de 2,93 milhões para 2,43 milhões de toneladas.
NÚMEROS DO MILHO
2 comentários
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Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
Outra coisa dos números das planilhas acima falta os mais importantes...estoques de passagem das últimas duas safras...que comparados com os números acima indicam porque os preços vão continuar ruíns....
Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
Temos colocado ao longo do tempo o seguinte...o soja estava a 15 o buscchel...veio a 10....imaginem com safras normais...com estoques refeitos...com economia em decadência...(salvo fato novo) a tendencia é de preços ruíns ao produtor...não precisa de muito lero lero...com pouco de conhecimento e objetividade esta é a verdade...ainda bem que acabou aquela balela que se lia todo dia...ah a demanda..ah os vagão...ah a logística americana..ah as papagaidas...lembro a quem não conhece que demanda não compra e nem embarque..demanda é consumo..e para haver aumento de consumo em volumes que mexem na demanda há de se aumentar os consumidores..ora quem consome soja..porco..boi..frango e ainda não se descobriu uma forma de aumentar estes animais de um dia para o outro..ou num estalar de dedos...sabemos que isto só aconteceu na biblia...