Soja: Após forte alta, 3ª feira tem manhã de realização de lucros na Bolsa de Chicago
A manhã desta terça-feira (6) é de realização de lucros para o mercado internacional da soja. Depois de os principais vencimentos encerrarem a primeira sessão da semana com ganhos superiores a 40 pontos, na sessão de hoje, por volta das 7h40 (horário de Brasília), as cotações perdiam pouco mais de 5 pontos.
Ontem, diante de uma recuperação técnica e de bas informações vindas da demanda, a soja conseguiu registrar um avanço expressivo e hoje, naturalmente, os investidores aproveitam para se reposicionar. Assim, o contrato março/15 vale US$ 10,34, enquanto o maio/15, referência para a safra brasileira, era cotado a US$ 10,47 por bushel.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira (5):
Soja fecha com quase 40 pts de alta em Chicago e fica em R$ 66,50 em Rio Grande nesta 2ª
A soja fechou a sessão desta segunda-feira (5) com altas de quase 40 pontos nos principais vencimentos negociados na Bolsa de Chicago. O contrato janeiro/15 fechou o dia valendo US$ 10,40 e o maio/15, referência para a safra brasileira, ficou em US$ 10,52 por bushel.
Com as boas altas registrada na CBOT e mais um dia positivo para o dólar frente ao real, 2015 começa positivo também para as cotações da soja no mercado brasileiro. No porto de Rio Grande, a soja da safra 2014/15 fechou o dia a R$ 66,50 por saca, e, no de Paranaguá, o valor chegou a R$ 66,00. Já o produto disponível, no terminal gaúcho, fechou os negócios a R$ 68,50/saca.
No interior do país, os valores da soja fecharam a segunda-feira com valores entre R$ 58,00 e R$ 59,50 nas principais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas junto aos sindicatos rurais e cooperativas.
O mercado foi influenciado, segundo explica o analista de mercado Glauco Monte, da FCStone, por motivos, de um lado técnicos, e de outro, fundamentais. "E a mistura desses dois fatores trouxe de volta os pontos que o mercado perdeu nas últimas três sessões, onde a soja recuou expressivamente, se aproximando dos US$ 10,00 novamente", diz.
E foram essas recentes baixas que, em partes, promoveram a recuperação das cotações, com um reposicionamento de carteiras por parte dos fundos, recomprando algumas posições e trazendo de volta a força dos negócios. Essas últimas três sessões negativas registradas pela oleaginosa, ainda segundo Monte, foram também de baixo volume de negócios e, nesta segunda, onde o mercado voltou a funcionar de fato e efetivamente, o volume de negociação já foi bem maior. "Foi, em partes, uma recuperação técnica depois das quedas", explica o analista.
Dentre os fundamentos, o foco permanece na demanda. Nesta segunda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou uma nova venda de soja em grão para a China, de 223 mil toneladas com entrega ainda na safra 2014/15. E isso ainda reflete, como diz Monte, a força que a demanda mantém, o que acaba compensando o excesso de produção dessa temporada, principalmente nos Estados Unidos.
Além disso, os embarques semanais também reportados pelo USDA nesta segunda ficaram em linha com o esperado pelo mercado, porém, ainda em volumes significativos, o que também atua como fator de suporte e incentivo às cotações da soja no mercado internacional.
Os embarques semanais norte-americanos de soja somaram 1.406,496 milhão de toneladas, contra 1.501,619 milhão da semana anterior. O total ficou dentro do esperado pelo mercado, que trabalhava com expectativas que variavam de 1,28 a 1,5 milhão de toneladas.
No acumulado do ano comercial, os EUA já embarcaram 30.802,605 milhões de toneladas de soja, contra 25.173,495 milhões nesse mesmo intervalo da temporada 2013/14.
Câmbio - Nesta segunda, o dólar fechou o dia com alta de quase 1,5% a R$ 2,7087, depois de alcançar R$ 2,7315 na máxima da sessão. A moeda norte-americana subiu, novamente, influenciada pela queda nos preços do petróleo, que registraram os menores níveis em cinco anos e meio.
No cenário interno, os investidores seguem atentos à nova equipe econômica do país, liderada por Joaquim Levy, ministro da Fazenda, e de olho ainda nas intervenções do Banco Central, sob o comando de Alexandre Tombini, no andamento da taxa cambial.
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