Entendi: o primeiro mandato de Dilma foi só a fase “Escolinha do Professor Raimundo”! Ela promete corrigir os erros se for reele

Publicado em 22/07/2014 09:03 e atualizado em 28/08/2014 11:03
por Reinaldo Azevedo, de veja.com.br

Entendi: o primeiro mandato de Dilma foi só a fase “Escolinha do Professor Raimundo”! Ela promete corrigir os erros se for reeleita!

Chico Anysio na pele do professor Raimundo: Dilma chegou ao Palácio sem saber...

Chico Anysio na pele do professor Raimundo: Dilma chegou ao Palácio sem passar pela Escolinha…

Leio uma reportagem muito impressionante na Folha, de autoria de Valdo Cruz. Ela informa que “Dilma promete a aliados que corrigirá erros se for reeleita”. Ah, bom! Entendi! Então o país deveria franquear um segundo mandato a Dilma para lhe dar a chance de consertar as besteiras feitas no primeiro por… Dilma! É um modo de ver as coisas.

O texto informa ainda que os assessores listam aqui e ali os, digamos, errinhos que foram cometidos. Um deles, coisa pouca, é o de setor elétrico, com a redução das tarifas — e suponho que entre no rol de bobagens a antecipação das concessões. Não é nada, não é nada, a nossa governanta praticamente quebrou um setor. E teve de injetar alguns bilhões de recursos púbicos para tentar minimizar o estrago. Mas ora vejam: ela parecia tão segura, não é mesmo? Procurem neste blog os posts que trazem a expressão populismo elétrico. E eu, obviamente, não sou da área! Nove entre dez especialistas alertavam para a bobagem. Mas sabem como é… A ignorância é sempre mais convicta do que a sabedoria porque não tem medo de errar. E Dilma já demonstrou que não tem nenhum.

Ah, claro! O PT agora diz que foi, sim, um erro represar as tarifas. Se Dilma for reeleita, não acontece mais. Ok. Não estivessem, no entanto, represadas, e tudo o mais constante, em que patamar estaria a inflação? Afinal, o governo não avançou contra o caixa da Petrobras, por exemplo, porque repudie aumentos de combustíveis, mas porque estava dando um jeito de conter o índice inflacionário.

E a coisa vai por aí. Há também quem reclame das desonerações, que teriam agredido a saúde fiscal do governo, sem que os incentivos tenham resultado em crescimento da economia. Em suma, Dilma promete não repetir mais as barbeiragens que fizeram o Brasil conjugar uma inflação que flerta com os 7%, um crescimento abaixo de 1% e juros nos cornos da Lua: 11%.

Acho que estou começando a entender. A Presidência da República, para Dilma, nos primeiros quatro anos, foi uma espécie de “Escolinha do Professor Raimundo”. Ela estava lá para aprender a governar. Um errinho bilionário aqui, outro ali… Mas, doravante, ela jura fazer tudo certo. Sempre há o risco de que alguém acredite nisso, não é mesmo?

Os petistas e a própria presidente já deixaram claro que têm também outra agenda caso conquistem mais quatro anos: a reforma política, que o partido quer que seja feita por meio de uma Constituinte exclusiva, combinada com decisões plebiscitárias. Uma das teses mais caras ao partido é o financiamento público de campanha — o que está para ser concedido, na prática, pelo Supremo, por via cartorial.

Se e quando isso acontecer, grandes partidos, como o PT, terão a grana de que precisam para se financiar fornecida pelo próprio Estado. A legenda nem mesmo precisará fazer suas juras de amor à economia de mercado para conseguir alguns milhõezinhos para a campanha eleitoral. Estará mais livre. E, nesse caso, negociar o quê, com quem e pra quê? O financiamento público permitirá aos partidos atuar como instâncias autocráticas.

Um dos setores que estão na mira da presidente e dos petistas é o empresariado. Ela pretende reconquistá-lo. Bem, quem quiser que caia na conversa, não é mesmo? Estou enganado ou a ação estrepitosa mais recente da nossa soberana foi enviar um decreto que entrega parte da administração pública federal a “conselhos populares”?

Sim, sim… Alguns dirão que o que vai a seguir é um reducionismo, mas tomem como medida as ações dos movimentos de sem-teto ou de sem-terra, por exemplo. Ou bem se governa com a lei, ou bem se governa com os tais “movimentos sociais”. Avaliem vocês com que lado está a chance de um futuro virtuoso para o Brasil, muito especialmente para os pobres. Num caso, tem-se uma sociedade paralisada por minorias radicalizadas e corporações de ofício; do outro, a previsibilidade das regras, democraticamente pactuadas.

Atenção! As disposições subjetivas de Dilma, à boca da urna, não têm a menor importância. A questão é o que ela representa e o que quer o seu partido.

Por Reinaldo Azevedo

 

Lula está fazendo campanha para a eleição de… 2010!!!

Luiz Inácio Lula da Silva é um cidadão conhecido. Afinal, ele é o ex-presidente Lula. Está fazendo o contrário do que prometeu. Não só passou quatro anos assombrando o governo Dilma, com suas declarações, como manteve uma buliçosa equipe de braços operativos no governo, que fizeram, muitas vezes, não a política da presidente, mas a política de… Lula. O caso mais notório e notável é Gilberto Carvalho. Pouco antes de encerrar seu mandato, em 2010, o então chefe do Executivo concedeu uma entrevista em que afirmou que iria se retirar para sua chácara, em Ribeirão Pires, e cozinhar coelho. Mas, como se vê, ele gosta é mesmo é de cozinhar o galo.

Nesta segunda, falou a trabalhadores do setor químico na Praia Grande, cidade da Baixada Santista. Está com um diagnóstico estranho. Ele atribui o baixo crescimento brasileiro, que não deve chegar, neste ano, a 1%, às dificuldades externas. Afirmou: “Temos uma crise mundial que fez o comércio do mundo diminuir e temos o problema de investimento interno, que já foram anunciadas obras; já tem bilhões de reais colocados e que essas obras estão sendo preparadas, canteiros estão sendo preparados. A Petrobras está pegando no breu para atingir 4 milhões por dia, estou muito tranquilo com o crescimento do Brasil”.

A fala é um tanto confusa na sintaxe e nas ideias, como costuma acontecer, mas dá para deduzir o que ele quer dizer. Dificuldades da economia mundial? Praticamente todos os países com alguma relevância na América Latina vão crescer mais do que o Brasil. E com inflação menor e juros menores. O nosso país é o que soma os piores indicadores entre os chamados BRICS, com quem acaba de criar um banco.

Lula estava fazendo campanha eleitoral. Eu não faço. Trato dos fatos. Desafio aqui o “companheiro” a dizer onde estão os bilhões de investimentos. Qual é a origem? Quem está investindo? Onde está esse dinheiro? É evidente que se trata, com todo o respeito, de conversa mole.

Há um dado evidente na fala de Lula: ele perdeu o pé da realidade. Afirmou, por exemplo, ter sido achincalhado quando propôs fortalecer o mercado interno. Bem, ele não foi achincalhado por ninguém. O que se apontava, então, e os críticos estavam certos, é que um modelo ancorado apenas no consumo, com baixo investimento e elevação crescente do custeio da máquina pública, acabaria conjugando, no médio prazo, baixo crescimento, inflação alta e juros elevados. E nós temos, ora vejam, baixo crescimento, inflação alta e juros elevados.

Lula, em suma, está bravo porque seus críticos estavam certos. Lula está fazendo campanha para a eleição de 2010.

Por Reinaldo Azevedo

 

Pela primeira vez, mercado projeta crescimento abaixo de 1% para este ano

Escrevi hoje de manhã um post afirmando que a presidente Dilma também vai encerrar o mandato com o seu 7 a 1: 7% de inflação contra 1% de crescimento! E até brinquei que alguém poderia me acusar de superestimar a inflação, que está em 6,44%. Mas observei então que eu também superestimava o crescimento…

Pois é… Pela oitava semana consecutiva, acreditem, os analistas de mercado, que fazem o chamado boletim Focus, com perspectivas sobre a economia, reviram para baixo a previsão de crescimento e, pela primeira vez, ela ficou abaixo de 1%: agora é de 0,97%. Isso é menos do que um gol inteiro, presidente Dilma Rousseff! No futebol, seria o mesmo que zero, já que não existe 0,97 gol. Essa revisão para o Produto Interno Bruto acompanha a redução nas projeções para a produção industrial. Agora, espera-se uma queda de 1,15% nesse setor. Na semana passada, previa-se uma retração menor: de 0,9%.

Os números ruins de agora já projetam um péssimo PIB também para 2015, com crescimento de apenas 1,5%. Na semana passada, a CNI, a Confederação Nacional da Indústria, informou que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que é um indicador antecedente utilizado para identificar mudança de tendência na produção da indústria, chegou, em maio, ao menor nível em 15 anos: 48,4. Quando cai abaixo de 50, isso quer dizer um empresariado pouco confiante e que, portanto, vai investir pouco — ou não vai investir.

Digamos que o crescimento neste ano fique em 0,9%. Com 2,7% em 2011; 0,9% em 2012 e 2,3% em 2013, os quatro anos de gestão Dilma terão produzido um dos menores crescimentos médios da história: 1,7%. Só para comparar: o crescimento médio da primeira gestão FHC foi de 2,53%, e o da segunda, de 2,2%. O da primeira gestão Lula chegou a 2,88%; o da segunda, a 4,65%. É bem verdade que, nesse caso, o antecessor de Dilma preparava as armadilhas que trouxeram as dificuldades que aí estão. Não vou entrar nisso agora. Mas é bom notar: quando o PSDB perdeu a eleição, em 2002, o Brasil crescia a 2,7% — ou seja, o triplo do crescimento atual.

Todo o arcabouço publicitário que estava armado indica que o Planalto se preparava para usar a Copa do Mundo para criar uma razia, uma aniquilação, da oposição. Em vez disso, assistimos àquele patético 7 a 1 contra a Alemanha. Estou entre aqueles que acham que a população tira as chuteiras na hora de decidir o seu destino. Convém não desprezar o povo assim.

Por Reinaldo Azevedo

 

Dilma também sofre uma goleada de 7 a 1: 7% de inflação X 1% de crescimento!

Ainda repercute nas redes sociais aquela frase realmente oportuna da presidente Dilma Rousseff, segundo quem o seu “governo era padrão Felipão”, lembram-se? Ela pode não ser muito boa nessa coisa de governo — a cada dia, vamos ser sinceros, ela se revela pior. Mas não podemos lhe negar os dons premonitórios. Dilma também vai encerrar o mandato com o seu 7 a 1: 7% de inflação contra 1% de crescimento! “Ah, você arredondou para cima: a inflação; talvez fique um pouquinho menor!”. Pois é. Muito provavelmente, eu arredondei pra cima também o crescimento…

É claro que não sou besta de tomar o que se diz aqui e ali hoje como antecipação das urnas. Mas não é possível que eu esteja vivendo numa bolha. Hoje em dia, ando bastante por aí, falo com muita gente, ouço o que se diz na rua… Há uma óbvia, quase palpável, sensação de saco cheio no ar. Se essa tendência muda ou não com a campanha eleitoral, aí, meus caros, não posso prever. Que o encanto se quebrou, disso não se duvide!

Sob pressão, o PT tem cometido mais erros táticos — e até estratégicos — do que o habitual. Até agora, fico cá a me perguntar que espírito asnal soprou aos ouvidos dos petistas que deveriam atribuir à “elite branca paulista” o descontentamento com a presidente Dilma. Se, até outro dia, essa criminalização dos adversários — e da “classe média”, que Marilena Chaui odeia — parecia funcionar, convenham, hoje, ela roda no vazio. E chega a soar ridícula.

Não sei se os “companheiros” ainda vão se encontrar. Hoje, é fato, eles estão bastante perdidos e se dividem sobre as escolhas. Há quem queira, como Franklin Martins, fiel a uma tradição, a guerra sangrenta, o confronto, a luta feroz entre “Nós” (eles) e “Eles” (nós). Há quem já tenha percebido que essa é uma gesta que ficou no passado. Até o furor fascistoide precisa acenar com alguns amanhãs sorridentes, por mais fantasiosos que sejam. Quais são os do PT? Lula acha que vai, por exemplo, produzir algum efeito eleitoral significativo em São Paulo desferindo grosserias, como fez, contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB)? A economia da resposta, diga-se, só tornou o ataque ainda mais grotesco.

Sim, os petistas, Lula, Dilma e a turma toda contavam com um título da Copa para aniquilar os adversários, varrê-los do mapa eleitoral, quem sabe… Convenham: essa gente nunca fez profissão de fé na capacidade de discernimento da população; sempre a considerou moldável, manipulável, bronca… A vitória não veio. Mas tenho pra mim que, ainda que tivesse vindo, o efeito eleitoral seria desprezível, marginal.

Afinal, a rejeição crescente a Dilma nada tem a ver com os 7 a 1 contra a Alemanha. Tem a ver com os 7% a 1% contra o nosso futuro.

Por Reinaldo Azevedo

 

O PT e o futuro — Parece que a população está cansada do ódio como exercício da política e da política como exercício do ódio! Fala, Marilena Chaui!!!

Ai, ai… Vocês se lembram deste vídeo, não é mesmo?

Então… A petista com fama de filósofa protagonizou esse espetáculo grotesco no dia 14 de maio do ano passado. Em menos de um mês, teriam início as tais jornadas de junho. Em março, o Datafolha havia publicado uma pesquisa segundo a qual 65% achavam o governo ótimo ou bom. Para 27%, era regular. E apenas 7% o consideravam ruim ou péssimo. O petismo vivia, então, o auge do delírio de poder. E já fazia planos para, como dizer?, eliminar de vez a oposição no país. Nas redes sociais, a patrulha fascistoide assumia violência retórica inédita.

Deu-se, então, esse evento no Centro Cultural São Paulo. O que se comemorava lá? Relembro trecho de um texto que publiquei no dia 17 de maio de 2013 (em azul). Volto em seguida:

O sociólogo Emir Sader, emérito torturador da língua portuguesa, é organizador de um livro de artigos intitulado “10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma”. Não li os textos, de vários autores (dados alguns nomes, presumo o que vai lá). O título é coisa de beócios. Para que pudesse haver esse “depois”, forçoso seria que tivesse havido o “antes”. Como jamais houve liberalismo propriamente dito no país — o “neoliberalismo” é apenas uma tolice teórica, que nunca teve existência real —, a, digamos assim, “obra” já nasce de uma empulhação intelectual. Pode até ser que haja no miolo, o que duvido, um artigo ou outro que juntem lé com lé, cré com cré, o que não altera a natureza do trabalho. Quem foi neoliberal? Fernando Henrique? Porque privatizou meia dúzia de estatais? A privatização de aeroportos e estradas promovida por Dilma Rousseff — e ela o fez mal e tardiamente — é o quê? Expressão do socialismo? Do “neonacional-desenvolvimentismo”? Sader se orienta no mundo das ideias com a mesma elegância com que se ocupa da sintaxe, da ortografia e do estilo.

Na terça-feira passada, um evento no Centro Cultural São Paulo marcou o lançamento do livro. Luiz Inácio Lula da Silva (quando Sader está no mesmo texto, eu me nego a chamar Lula de “apedeuta”!) e Marilena Chaui estavam lá para debater a obra. Foi nesse encontro que a professora de filosofia da USP mergulhou, sem medo de ser e de parecer ridícula, na vigarice intelectual, na empulhação e na pilantragem teórica. Se eu não achasse que estamos diante de um caráter típico, seria tentado a tipificar uma patologia.

Retomo
O ex-presidente Lula, como vocês viram, aplaudiu. Este fim de semana trouxe uma série de pesquisas devastadoras para o PT. O governo é considerado ruim ou péssimo por 29% dos brasileiros, tecnicamente empatados com os apenas 32% que o veem como ótimo ou bom. Para 38%, é apenas regular. No segundo turno, Dilma já está em empate técnico com o tucano Aécio Neves. É também a candidata mais rejeitada: 35%.  A gestão de Fernando Haddad é reprovada por 47% dos paulistanos, e o candidato do partido ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, aparece com 4% dos votos. O tucano Geraldo Alckmin se reelegeria com 54% dos votos, e sua gestão é vista como ótima ou boa por 46% dos paulistas — só 14% a reprovam. Para a vaga no Senado, José Serra está na liderança.

Em desespero, Lula distribui broncas.

É isso aí. Que fique, mais uma vez, o registro da fala daquela senhora, aplaudida pelo chefão petista:
“É porque eu odeio a classe média. A classe média é um atraso de vida. A classe média é a estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. É uma coisa fora do comum a classe média (…) A classe média é a uma abominação política porque ela é fascista. Ela é uma abominação ética porque ela é violenta. E ela é uma abominação cognitiva porque ela é ignorante”.

Parece ser crescente o número de pessoas que rejeitam o ódio como exercício da política e a política como exercício do ódio.

Por Reinaldo Azevedo

 

Uruguai mostra que ainda não enlouqueceu de vez e nega asilo a advogada ligada a black blocs; mulher deixa local em carro de deputada do PSOL que confessou desvio de verba de sindicato. Quanta gente pura reunida!!!

De camisa listrada, Eloísa Samy tenta se livrar na cadeia, escondendo-se no Consulado do Uruguai

De camisa listrada, Eloísa Samy tenta se livrar na cadeia, escondendo-se no Consulado do Uruguai

Foi demais até para um reduto do exotismo em que está se transformando o Uruguai: o governo do país negou asilo político à advogada Eloísa Samy e a um casal de black blocs: David Paixão, de 18 anos, e sua namorada, que é menor de idade. Eles haviam se escondido no Consulado do Uruguai, no Rio, e se dizem perseguidos políticos. É mesmo? Reitero o que escrevi aqui: os únicos perseguidos políticos numa democracia são terroristas ou golpistas. Não há outros. E, felizmente, os democratas os perseguem. Ou os canalhas acabariam solapando os fundamentos do regime. O Brasil é uma democracia plena. Pergunto: em qual dos dois casos Eloísa se enquadraria? Golpismo ou terror? O pedido ultrapassava a linha do ridículo até para uma nação governada por José Mujica.

Os ultraesquerdistas da Zona Sul do Rio entraram em delírio — e não sozinhos, já explico. Os advogados Rodrigo Mondego e Rogério Borba, que encaminharam o pedido ao governo uruguaio, admitiam que o benefício dificilmente seria concedido. Mondego chegou a dizer: “É difícil sair o asilo porque o Uruguai teria de reconhecer que foi quebrada a ordem democrática no Brasil. Entendo a dificuldade. Mas o Rio de Janeiro está sofrendo uma crise institucional no que tange às liberdades democráticas”.

Trata-se de uma tolice gigantesca. A Justiça que decretou a prisão dos acusados é estadual, mas a decisão foi tomada com base em leis que têm alcance em todo país. Não existem Códigos Penais estaduais. Os defensores dos acusados deveriam é erguer as mãos para o céu. Eu aqui me pergunto — e faço a mesma pergunta ao MP: por que essas pessoas não estão sendo acusadas com base na Lei de Segurança Nacional, a 7.170? Ela está em plena vigência, foi recepcionada pela Constituição, e os crimes que são atribuídos a essas pessoas estão lá plenamente caracterizados nos Artigos 15 a 19. Indago ainda: que tipo de advogado presta auxílio a uma menina menor de idade, que pede asilo político?

A Seção da OAB do Rio é, em parte, responsável por esse espetáculo grotesco e juridicamente vigarista. Durante meses a fio, comportou-se como babá de black blocs, deixando de censurar de maneira clara e explícita a violência. Ao contrário: mais do que ninguém, a Ordem confundiu, no Rio, o direito à liberdade de manifestação com a violência pura e simples. Ou permitiu que se confundisse. Pra uma entidade com essa importância, dá na mesma.

Piada da noite
A advogada e os dois black blocs deixaram o consulado no carro da deputada estadual Janira Rocha, do PSOL, o partido que, na prática, se apresenta como um fachada legal do movimento. Vocês conhecem esta senhora de dois episódios aos menos. Em 2012, durante greve de Polícias Militares e bombeiros no Rio, ela foi flagrada tentando articular uma greve nacional de PMs. No ano passado, vieram a público gravações em que esta senhora confessa, com todas as letras, que desviou dinheiro de um sindicato para a sua própria campanha eleitoral e para a de seu partido.

Janira, a deputada do PSOL, tentou articular greve nacional de PMs e confessa em gravação desvio de dinheiro de sindicato

Janira, a deputada do PSOL, tentou articular greve nacional de PMs e confessa em gravação desvio de dinheiro de sindicato

Eis aí. Esse é o reino dos puros de que estamos falando. E que se lembre mais uma vez: Eloísa Samy, com prisão preventiva decretada e, enquanto escrevo, uma foragida, não está nessa situação porque advogou para black blocs. Nada disso: o MP apresentou evidências de que ela apoiou os atos violentos e atuou na logística das ações criminosas. O exercício da advocacia é plenamente livre no Brasil. O do crime, felizmente, não!

Por Reinaldo Azevedo

 

Já são 27 os soldados de Israel mortos, um recorde desde 2006, mas delinquência do Hamas une sociedade israelense

Publiquei na manhã desta segunda um texto informando que Israel já havia perdido o maior número de homens numa ação desde a Guerra do Líbano, em 2006. Mais nove soldados morreram nesta segunda. Agora já são 27 os militares mortos, e há 53 feridos. Isso dá conta de que a incursão em Gaza não é uma tarefa fácil. Se o Hamas tinha cada vez menos apoio da população, e era o caso, a verdade é que, militarmente, ele se fortaleceu. E muito! Está hoje mais treinado e tem equipamentos de guerra de ponta. Cresce a pressão por um cessar-fogo. A questão é sob quais condições.

Segundo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a incursão terrestre a Gaza continuará até que cumpra seu objetivo. Apesar das mortes, que ele lamentou, afirmou que a ação é bem-sucedida: 45 túneis do Hamas foram destruídos, 2.700 alvos militares foram atacados, e 160 terroristas do Hamas foram mortos.

A baixa recorde de soldados de Israel em período tão curto deixa claro o tamanho da dificuldade. Não é plausível supor que o país pretenda reocupar a região ou mesmo depor o Hamas. O custo — financeiro, militar e humano — de uma ação como essa seria incalculável. Parece que o objetivo é mesmo causar o máximo de prejuízo à milícia terrorista para lhe diminuir o poder de fogo.

À diferença do que supõem alguns inimigos de Israel mundo afora, a população do país é bastante dividida sobre ações oficiais. Em 2006, por exemplo, eram muitas as vozes que se levantavam contra a Guerra do Líbano. Na incursão a Gaza, em 2008, na Operação Chumbo Fundido, também houve críticas muito duras. Desde vez, no entanto, há uma quase unanimidade. O Hamas, com a sua delinquência crescente, acabou unindo a sociedade israelense.

Nesta segunda, a milícia terrorista chegou a falar em cessar-fogo, mas, para tanto, diz exigir o fim do bloqueio a Gaza. É a tática de sempre para não negociar, não é? Essa já era a sua principal condição para suspender os ataques, no estágio anterior do conflito. O bloqueio era o pretexto para manter a chuva de mísseis contra Israel. Agora que veio a reação, eles põem na mesa a mesma condição? Não faz sentido!

Essa é a lógica perturbada do terror. É a lógica de quem nunca quis a paz. Por quê?

Mesmo com o bloqueio, que permite a Israel ter controle sobre tudo o que entra em Gaza e o que de lá sai, pelas fronteiras oficiais, o Hamas aumenta progressivamente seu poderio bélico. Imaginem se elas estiverem livres. É muito simples e, ao mesmo tempo, muito complicado: se o Hamas não suspender as ações terroristas, não há por que pôr fim ao bloqueio.

Por Reinaldo Azevedo

 

Temei, Supremo! Cresce a possibilidade de Dilma indicar Cardozo para a vaga de Barbosa!

Temei, Supremo!

Está em alta o nome de José Eduardo Cardozo, hoje ministro da Justiça, para a vaga aberta no Supremo com a saída iminente do ministro Joaquim Barbosa — na verdade, essa pode ser a consequência mais nefasta de sua aposentadoria precoce.

Dilma tem uma certa gratidão por ele. Durante a campanha, havia três assessores próximos que ela apelidou, carinhosamente, de seus “Três Porquinhos”. Um dos “Porquinhos” era justamente Cardozo. Os outros dois eram Antonio Palocci e José Eduardo Dutra. O ex-ministro está hoje na iniciativa privada e segue como um dos homens mais próximos de Lula. Dutra é diretor Corporativo da Petrobras. Cardozo está no Ministério da Justiça, mas Dilma não esconde dos mais íntimos que o considera incompetente. Então alimenta a ideia de lhe arrumar um emprego no Supremo. Imaginem… Ele teria 15 anos para ficar no tribunal!

Durante um tempo, Cardozo confundiu algumas cabecinhas. Chegou a anunciar que se afastaria da política, desiludido com a falta de idealismo e coisa e tal. Mas logo recobrou a vontade. No Ministério da Justiça, comporta-se como militante petista. Como militante petista, pretende posar de ministro da Justiça. A sua omissão na área de segurança pública tem sido escandalosa.

Já escrevi aqui e lembro outra vez. No próximo mandato presidencial, serão nomeados cinco ministros: no ano que vem, o substituto de Celso de Mello (caso ele não se aposente antes); em 2016, o de Marco Aurélio, e, em 2018, os de Ricardo Lewandowski, Teori Zavascki e Rosa Weber. Com toda a serenidade, observo que uma eventual vitória da oposição pode ser vital também para o Poder Judiciário manter a sua independência em relação ao Poder Executivo. A corte suprema de um país não pode ser a seção de um partido ou uma extensão de um grupo ideológico, a exemplo do que acontece hoje em protoditaduras como a Venezuela, a Bolívia, o Equador ou a Nicarágua.

Por Reinaldo Azevedo

 

Blog

22/07/2014 às 5:58

LEIAM ABAIXO

— Entendi: o primeiro mandato de Dilma foi só a fase “Escolinha do Professor Raimundo”! Ela promete corrigir os erros se for reeleita!;
— 
Uruguai mostra que ainda não enlouqueceu de vez e nega asilo a advogada ligada a black blocs; mulher deixa local em carro de deputada do PSOL que confessou desvio de verba de sindicato. Quanta gente pura reunida!!!;
— 
Conselho de Segurança cobra investigação independente sobre queda de avião;
— 
Já são 27 os soldados de Israel mortos, um recorde desde 2006, mas delinquência do Hamas une sociedade israelense;
— 
A democracia só persegue golpistas e terroristas. Quem busca asilo no Uruguai se considera uma coisa ou outra?;
— 
Foragida, advogada de black blocs pede asilo ao Uruguai;
— 
Temei, Supremo! Cresce a possibilidade de Dilma indicar Cardozo para a vaga de Barbosa!;
— 
Pela primeira vez, mercado projeta crescimento abaixo de 1% para este ano;
— 
Haddad bate recorde de impopularidade e… tira férias! Faz sentido!;

— Dilma também sofre uma goleada de 7 a 1: 7% de inflação X 1% de crescimento!;
— 
Israel tem maior perda de soldados num dia desde a Guerra do Líbano, em 2006. E a máquina de propaganda do Hamas;
— 
Black blocs e seus amiguinhos – Juiz e desembargador do TJ-RJ estão de parabéns por não se deixar intimidar por patrulha baguncista de deputados, setores da imprensa e advogados do caos. Cana na turma!;
— 
E Dunga, o coleguinha de camarote VIP que faz Dilma rir até as lágrimas, é mesmo o novo técnico da Seleção;
— 
Área em que se construiu aeroporto já tinha sido desapropriada;
— 
O PT e o futuro — Parece que a população está cansada do ódio como exercício da política e da política como exercício do ódio! Fala, Marilena Chaui!!!;
— 
Cadeia para a canalha black bloc e suas fadinhas e duendes de fachada!;
— 
Rejeição a Dilma em São Paulo é de 47%; no Estado, Aécio a vence no 2º turno por 50% a 31%; PT decide se colar a movimentos sociais para tentar reverter desvantagem. Grande ideia! Vá fundo!;
— 
O MTST é mais um caso de polícia do que de política;
— 
Justiça aceita denúncia e decreta prisão preventiva de 23 black blocs;
— 
Haddad, com 47% de reprovação, tornou-se uma caricatura de prefeito

Por Reinaldo Azevedo

 

22/07/2014 às 5:44

Entendi: o primeiro mandato de Dilma foi só a fase “Escolinha do Professor Raimundo”! Ela promete corrigir os erros se for reeleita!

Chico Anysio na pele do professor Raimundo: Dilma chegou ao Palácio sem saber...

Chico Anysio na pele do professor Raimundo: Dilma chegou ao Palácio sem passar pela Escolinha…

Leio uma reportagem muito impressionante na Folha, de autoria de Valdo Cruz. Ela informa que “Dilma promete a aliados que corrigirá erros se for reeleita”. Ah, bom! Entendi! Então o país deveria franquear um segundo mandato a Dilma para lhe dar a chance de consertar as besteiras feitas no primeiro por… Dilma! É um modo de ver as coisas.

O texto informa ainda que os assessores listam aqui e ali os, digamos, errinhos que foram cometidos. Um deles, coisa pouca, é o de setor elétrico, com a redução das tarifas — e suponho que entre no rol de bobagens a antecipação das concessões. Não é nada, não é nada, a nossa governanta praticamente quebrou um setor. E teve de injetar alguns bilhões de recursos púbicos para tentar minimizar o estrago. Mas ora vejam: ela parecia tão segura, não é mesmo? Procurem neste blog os posts que trazem a expressão populismo elétrico. E eu, obviamente, não sou da área! Nove entre dez especialistas alertavam para a bobagem. Mas sabem como é… A ignorância é sempre mais convicta do que a sabedoria porque não tem medo de errar. E Dilma já demonstrou que não tem nenhum.

Ah, claro! O PT agora diz que foi, sim, um erro represar as tarifas. Se Dilma for reeleita, não acontece mais. Ok. Não estivessem, no entanto, represadas, e tudo o mais constante, em que patamar estaria a inflação? Afinal, o governo não avançou contra o caixa da Petrobras, por exemplo, porque repudie aumentos de combustíveis, mas porque estava dando um jeito de conter o índice inflacionário.

E a coisa vai por aí. Há também quem reclame das desonerações, que teriam agredido a saúde fiscal do governo, sem que os incentivos tenham resultado em crescimento da economia. Em suma, Dilma promete não repetir mais as barbeiragens que fizeram o Brasil conjugar uma inflação que flerta com os 7%, um crescimento abaixo de 1% e juros nos cornos da Lua: 11%.

Acho que estou começando a entender. A Presidência da República, para Dilma, nos primeiros quatro anos, foi uma espécie de “Escolinha do Professor Raimundo”. Ela estava lá para aprender a governar. Um errinho bilionário aqui, outro ali… Mas, doravante, ela jura fazer tudo certo. Sempre há o risco de que alguém acredite nisso, não é mesmo?

Os petistas e a própria presidente já deixaram claro que têm também outra agenda caso conquistem mais quatro anos: a reforma política, que o partido quer que seja feita por meio de uma Constituinte exclusiva, combinada com decisões plebiscitárias. Uma das teses mais caras ao partido é o financiamento público de campanha — o que está para ser concedido, na prática, pelo Supremo, por via cartorial.

Se e quando isso acontecer, grandes partidos, como o PT, terão a grana de que precisam para se financiar fornecida pelo próprio Estado. A legenda nem mesmo precisará fazer suas juras de amor à economia de mercado para conseguir alguns milhõezinhos para a campanha eleitoral. Estará mais livre. E, nesse caso, negociar o quê, com quem e pra quê? O financiamento público permitirá aos partidos atuar como instâncias autocráticas.

Um dos setores que estão na mira da presidente e dos petistas é o empresariado. Ela pretende reconquistá-lo. Bem, quem quiser que caia na conversa, não é mesmo? Estou enganado ou a ação estrepitosa mais recente da nossa soberana foi enviar um decreto que entrega parte da administração pública federal a “conselhos populares”?

Sim, sim… Alguns dirão que o que vai a seguir é um reducionismo, mas tomem como medida as ações dos movimentos de sem-teto ou de sem-terra, por exemplo. Ou bem se governa com a lei, ou bem se governa com os tais “movimentos sociais”. Avaliem vocês com que lado está a chance de um futuro virtuoso para o Brasil, muito especialmente para os pobres. Num caso, tem-se uma sociedade paralisada por minorias radicalizadas e corporações de ofício; do outro, a previsibilidade das regras, democraticamente pactuadas.

Atenção! As disposições subjetivas de Dilma, à boca da urna, não têm a menor importância. A questão é o que ela representa e o que quer o seu partido.

Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014Governo Dilma

 

22/07/2014 às 3:35

Uruguai mostra que ainda não enlouqueceu de vez e nega asilo a advogada ligada a black blocs; mulher deixa local em carro de deputada do PSOL que confessou desvio de verba de sindicato. Quanta gente pura reunida!!!

De camisa listrada, Eloísa Samy tenta se livrar na cadeia, escondendo-se no Consulado do Uruguai

De camisa listrada, Eloísa Samy tenta se livrar na cadeia, escondendo-se no Consulado do Uruguai

Foi demais até para um reduto do exotismo em que está se transformando o Uruguai: o governo do país negou asilo político à advogada Eloísa Samy e a um casal de black blocs: David Paixão, de 18 anos, e sua namorada, que é menor de idade. Eles haviam se escondido no Consulado do Uruguai, no Rio, e se dizem perseguidos políticos. É mesmo? Reitero o que escrevi aqui: os únicos perseguidos políticos numa democracia são terroristas ou golpistas. Não há outros. E, felizmente, os democratas os perseguem. Ou os canalhas acabariam solapando os fundamentos do regime. O Brasil é uma democracia plena. Pergunto: em qual dos dois casos Eloísa se enquadraria? Golpismo ou terror? O pedido ultrapassava a linha do ridículo até para uma nação governada por José Mujica.

Os ultraesquerdistas da Zona Sul do Rio entraram em delírio — e não sozinhos, já explico. Os advogados Rodrigo Mondego e Rogério Borba, que encaminharam o pedido ao governo uruguaio, admitiam que o benefício dificilmente seria concedido. Mondego chegou a dizer: “É difícil sair o asilo porque o Uruguai teria de reconhecer que foi quebrada a ordem democrática no Brasil. Entendo a dificuldade. Mas o Rio de Janeiro está sofrendo uma crise institucional no que tange às liberdades democráticas”.

Trata-se de uma tolice gigantesca. A Justiça que decretou a prisão dos acusados é estadual, mas a decisão foi tomada com base em leis que têm alcance em todo país. Não existem Códigos Penais estaduais. Os defensores dos acusados deveriam é erguer as mãos para o céu. Eu aqui me pergunto — e faço a mesma pergunta ao MP: por que essas pessoas não estão sendo acusadas com base naLei de Segurança Nacional, a 7.170? Ela está em plena vigência, foi recepcionada pela Constituição, e os crimes que são atribuídos a essas pessoas estão lá plenamente caracterizados nos Artigos 15 a 19. Indago ainda: que tipo de advogado presta auxílio a uma menina menor de idade, que pede asilo político?

A Seção da OAB do Rio é, em parte, responsável por esse espetáculo grotesco e juridicamente vigarista. Durante meses a fio, comportou-se como babá de black blocs, deixando de censurar de maneira clara e explícita a violência. Ao contrário: mais do que ninguém, a Ordem confundiu, no Rio, o direito à liberdade de manifestação com a violência pura e simples. Ou permitiu que se confundisse. Pra uma entidade com essa importância, dá na mesma.

Piada da noite
A advogada e os dois black blocs deixaram o consulado no carro da deputada estadual Janira Rocha, do PSOL, o partido que, na prática, se apresenta como um fachada legal do movimento. Vocês conhecem esta senhora de dois episódios aos menos. Em 2012, durante greve de Polícias Militares e bombeiros no Rio, ela foi flagrada tentando articular uma greve nacional de PMs. No ano passado, vieram a público gravações em que esta senhora confessa, com todas as letras, que desviou dinheiro de um sindicato para a sua própria campanha eleitoral e para a de seu partido.

Janira, a deputada do PSOL, tentou articular greve nacional de PMs e confessa em gravação desvio de dinheiro de sindicato

Janira, a deputada do PSOL, tentou articular greve nacional de PMs e confessa em gravação desvio de dinheiro de sindicato

Eis aí. Esse é o reino dos puros de que estamos falando. E que se lembre mais uma vez: Eloísa Samy, com prisão preventiva decretada e, enquanto escrevo, uma foragida, não está nessa situação porque advogou para black blocs. Nada disso: o MP apresentou evidências de que ela apoiou os atos violentos e atuou na logística das ações criminosas. O exercício da advocacia é plenamente livre no Brasil. O do crime, felizmente, não!

Por Reinaldo Azevedo

 

Haddad bate recorde de impopularidade e… tira férias! Faz sentido!

Uma das charges feitas por leitores sobre o Supercoxinha. Esta é de Renato Andrade

Uma das charges feitas por leitores sobre o Supercoxinha. Esta é de Renato Andrade

É… Consta que Lula anda dando umas esfregas em Fernando Haddad, o prefeito de São Paulo. Mas tem gente que é mesmo cabeça dura, né? Vejam que coisa! Na sexta, veio a público a pesquisa Datafolha indicando que ele é um dos três prefeitos mais rejeitados da história de São Paulo desde que existe a avaliação: 47% acham a sua gestão ruim ou péssima, e só 15% a aprovam. Com um ano e meio na administração, só o superaram no quesito negativo Jânio Quadros, com 66%, e Celso Pitta, com 54%. Vale dizer: ainda há espaço para Haddad crescer… para baixo! E ele se esforça para isso.

Eis que a gente fica sabendo que o prefeito tirou… férias! É a segunda vez em um ano e meio de gestão. Em outubro de 2013, com dez meses à frente da Prefeitura, resolveu ir comemorar na Itália os 25 anos de casamento. Entre a Toscana e a Cracolândia, Haddad preferiu a Toscana. Ele pode ser um péssimo prefeito, mas não é por falta de gosto.

Agora, está de férias outra vez. Na volta, promete entrar de cabeça na campanha eleitoral petista, coisa para a qual os adversários de seu partido estão torcendo fervorosamente. Ninguém sabe para onde ele foi, e a assessoria não informou. O Diário Oficial do Município nada informa a respeito. Nádia Campeão, a vice, está no comando da Prefeitura e não sabe até quando fica.

Haddad gosta de ficar longe dos problemas da cidade, o que eu, particularmente, até acho bom. Se ele estiver perto, parece-me mais perigoso. Há o risco de tudo piorar. Pois bem: no dia 25 de abril de 2013, por exemplo, ele estava na capital da Argentina para receber o título de Cidadão de Buenos Aires. Que bom! Naquele mesmo dia, o SPTVinformava que São Paulo havia batido o recorde de casos de dengue.

Vamos deixar Haddad de férias. Se preciso, até o fim do mandato. Pensem bem: longe da Prefeitura, ele para de ter ideias. Há gente que rende o dobro quando trabalha a metade. No dia em que o prefeito realmente não fizer nada, pode até render o quádruplo…

Por Reinaldo Azevedo

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Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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7 comentários

  • jandir fausto bombardelli toledo - PR

    Seu José Ananias de Freitas, parabéns pelo seu comentário, as pessoas não conseguem ver as coisas boas que o Brasil tem, e este Reinaldo Azevedo instiga o povo contra o governo para tentar se promover, isto é jornalista de quinta categoria.

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  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Sr. João Olivi, o filosofo grego Aristóteles afirmou: “O homem é um animal social”, mas, na sociedade atual o que vemos são aglomerações de “iguais”.

    Veja na seara política, a maioria são seguidores do Deus grego Morfeu – Deus dos Sonhos, pois em sua maioria são “vendedores ambulantes de sonhos”, cujo valor a população paga, e como paga; todos os desmandos, de todo tipo de vieses na política que nos afetam diariamente.

    No momento, vivenciamos mais uma corrida para o poder, pelo poder e que ninguém quer perder.

    A candidata à reeleição deve ser uma leitora contumaz da obra compilada por Rudolf Erich Raspe, cujo titulo “As Aventuras do Barão de Münchhausen”, cita um personagem que se equilibra entre a realidade e a fantasia em seu mundo próprio, sem jamais perder a fleuma.

    Fica a pergunta que não quer calar:

    “PORQUE A REALIDADE DÓI”?

    ....”E VAMOS EM FRENTE” ! ! !....

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  • Lula na próxima Goiânia - GO

    Esse tal de Reinaldo Azevedo está parecendo estes jornalista fracassado que tenta ganhar prestigio denigrindo a imagem alheia. Porque que ele não fala dos outros candidatos. Pense bem! nem todo leitor é burro. Todo mundo conhece o Brasil. Me perdoe você não conhece muito bem o que o aconteceu e o que está acontecendo fora do Brasil. Pra quem tem uma memoria boa sabe o que aconteceu com os Estados Unidos e a Europa em geral sabe muito bem que o Brasil não está sendo tão mal administrado como esse tal Reinaldo prega. O problema do brasileiro é por falta de conhecimento. Cobramos demais de uns enquanto outros estão enriquecendo com o nosso dinheiro, além de tudo os brasileiros os aplaudem. Não adianta expulsar o PT corrupto e coloca o PSDB corrupto, porque a opção que temos é Dilma e Aécio Neves. Estaremos trocando 6 por meia dúzia. Eu que sou pobre, minha melhorou muito no Governo Lula e a Dilma.

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  • wilfredo belmonte fialho porto alegre - RS

    Quando houve as primeiras manifestações violentas eu havia

    previsto que haveria necessidade de haver vitimas fatais

    para que as autoridades se acordassem a respeito da gravi

    dade da violência destas manifestações. Daí surgiu infeliz

    mente o assassinato do câmera da Band, provocado delibera

    damente por dois ativistas e, daí surgiu o nome do PSOL da ativista "sininho", do deputado freixo e, outras cabeças atuantes em sindicatos, etc...Qualquer cidadão por mais imbecil que seja via que isto estava descambando para o crime e eram ações criminosas, previstas, elaboradas , e com pessoas que sabiam o que estavam fazendo portanto, todos estes atos e fatos foram enquadrados como crime e, como tal na esfera da justiça criminal e, agora querem incutir na cabeça da população que tudo não passa de perseguição política e, o assassinato do câmera da Band foi um ato político? E o que acham todas as pessoas e empresas que tiveram seu patrimônio depredado arcando com prejuízos irrecuperáveis, devem se consolar pois foi um ato político permitido pela "democracia" ou foi ações meramente criminosas? Diz o ditado quem semeia ventos colhe tempestades. Portanto devido ao grau de instrução das pessoas indiciadas criminalmente estas não podem alegar ignorância dos atos cometidos e sabiam plenamente

    que estavam sujeitas a serem responsabilizadas pelos excessos cometidos inclusive no caso do "assassinato do

    jornalista da Band, morto em serviço"

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  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Políticos e fraldas precisam ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo. Essa não é minha, Eça de Queiroz (Diplomata e escritor português).

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  • Edison tarcisio holz Terra Roxa - PR

    vc é um coitado se jandir acorda pra vida fora ptzada corupta

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  • jandir fausto bombardelli toledo - PR

    Reinaldo Azevedo engraçado, você não vai comentar nada sobre o aeroporto do Aecio neves construído com dinheiro público, coitado dos minerinhos pagam os impostos para o Aécio construir aeroporto para a família Neves, é claro né família nobre, esqueci também que corrupção é só quando o PT faz, quando é o PSDB, quando descobre aí vira obra pública e ainda tem a cara de pau de dizer que o tio avô está brigando na justiça se sentindo injustiçado pela desapropriação, é claro ele ficou sabendo ontem que a terra não pertence mais a eles e agora ficaram sem aeroporto particular (construído com dinheiro público eu disse dinheirooo públicoooo!!!!) toma vergonha na cara Reinaldo Azevedo e lava sua boca antes de falar dos outros.

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