Decadência agrícola em El Salvador faz com que produtores diversifiquem produção
Um novo sistema que combina a produção agrícola orgânica e a comercialização antecipada se tornou a esperança de um povo do oeste de El Salvador, empobrecido pela decadência de seus produtos tradicionais como milho, feijão e café.
A Canasta Campesina, como é conhecida a iniciativa, envolve 150 mulheres e 50 jovens de Comasagua, um povoado de 12 mil habitantes na cordilheira El Bálsamo, a 70 mil metros de altitude e a 30km do sudoeste de San Salvador.
As famílias pioneiras deste plano abandonaram os cultivos tradicionais e agora plantam frutas e hortaliças por meios orgânicos, que são contratados antecipadamente por sedes diplomáticas e organismos internacionais instalados em San Salvador. Os excedentes são vendidos em um mercado improvisado no Centro Cultural de Espanha.
As embaixadas da França, Espanha e Japão, a representação da União Europeia, a cooperação japonesa, as oficinas das Nações Unidas e o Liceu Francês, entre outras instituições, são alguns dos clientes que consomem os vegetais produzidos por meio deste novo sistema.
"Quando toda a comunidade ficou sem trabalho porque a ferrugem ocasionou na perda da safra de café, a Canasta Campesina que produzimos nestas localidades se tornou uma esperança", declarou Mariana Santos, uma camponesa de 53 anos.
O principal desafio do projeto foi convencer aos associados que a produção orgânica é uma alternativa para atenuar a pobreza que assola o país. De 6,1 milhões de habitantes, 34,5% são afetados por ela.
Com informações do America Economia
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