Na Folha: "Eu acuso", por Luiz Felipe Pondé
Muitos alunos de universidade e ensino médio estão sendo acuados em sala de aula por recusarem a pregação marxista. São reprovados em trabalhos ou taxados de egoístas e insensíveis. No Enem, questões ideológicas obrigam esses jovens a "fingirem" que são marxistas para não terem resultados ruins.
Estamos entrando numa época de trevas no país. O bullying ideológico com os mais jovens é apenas o efeito, a causa é maior. Vejamos.
No cenário geral, desde a maldita ditadura, colou no país a imagem de que a esquerda é amante da liberdade. Mentira. Só analfabeto em história pensa isso. Também colou a imagem de que ela foi vítima da ditadura. Claro, muitas pessoas o foram, sofreram terríveis torturas e isso deve ser apurado. Mas, refiro-me ao projeto político da esquerda. Este se saiu muito bem porque conseguiu vender a imagem de que a esquerda é amante da liberdade, quando na realidade é extremamente autoritária.
Nas universidades, tomaram as ciências humanas, principalmente as sociais, a ponto de fazerem da universidade púlpito de pregação. No ensino médio, assumem que a única coisa que os alunos devem conhecer como "estudo do meio" é a realidade do MST, como se o mundo fosse feito apenas por seus parceiros políticos. Demonizam a atividade empresarial como se esta fosse feita por criminosos usurários. Se pudessem, sacrificariam um Shylock por dia.
Estamos entrando num período de trevas. Nos partidos políticos, a seita tomou o espectro ideológico na sua quase totalidade. Só há partidos de esquerda, centro-esquerda, esquerda corrupta (o que é normalíssimo) e do "pântano". Não há outra opção.
A camada média dos agentes da mídia também é bastante tomada por crentes. A própria magistratura não escapa da influência do credo em questão. Artistas brincam de amantes dos "black blocs" e se esquecem que tudo que têm vem do mercado de bens culturais. Mas o fato é que brincar de simpatizante de mascarado vende disco.
Em vez do debate de ideias, passam à violência difamatória, intimidação e recusam o jogo democrático em nome de uma suposta santidade política e moral que a história do século 20 na sua totalidade desmente. Usam táticas do fascismo mais antigo: eliminar o descrente antes de tudo pela redução dele ao silêncio, apostando no medo.
Mesmos os institutos culturais financiados por bancos despejam rios de dinheiro na formação de jovens intelectuais contra a sociedade de mercado, contra a liberdade de expressão e a favor do flerte com a violência "revolucionária".
Além da opção dos bancos por investirem em intelectuais da seita marxista (e suas similares), como a maioria esmagadora dos departamentos de ciências humanas estão fechados aos não crentes, dezenas de jovens não crentes na seita marxista soçobram no vazio profissional.
Logo quase não haverá resistência ao ataque à democracia entre nós. A ameaça da ditadura volta, não carregada por um golpe, mas erguida por um lento processo de aniquilamento de qualquer pensamento possível contra a seita.
E aí voltamos aos alunos. Além de sofrerem nas mãos de professores (claro que não se trata da totalidade da categoria) que acuam os não crentes, acusando-os de antiéticos porque não comungam com a crença "cubana", muitos desses jovens veem seu dia a dia confiscado pelo autoritarismo de colegas que se arvoram em representantes dos alunos ou das instituições de ensino, criando impasses cotidianos como invasão de reitorias e greves votadas por uma minoria que sequestra a liberdade da maioria de viver sua vida em paz.
Muitos desses movimentos são autoritários, inclusive porque trabalham também com a intimidação e difamação dos colegas não crentes. Pura truculência ideológica.
Como estes não crentes não formam um grupo, não são articulados nem têm tempo para sê-lo, a truculência dos autoritários faz um estrago diante da inexistência de uma resistência organizada.
Recebo muitos e-mails desses jovens. Um deles, especificamente, já desistiu de dois cursos de humanas por não aceitar a pregação. Uma vergonha para nós.
‘Crê ou morre’, um texto de J. R. Guzzo
Publicado na edição impressa de VEJA
J. R. GUZZO
E se de repente, um dia desses, ficasse demonstrado por A + B que o grande problema do Brasil, acima de qualquer outro, é a burrice? Ninguém está aqui para ficar fazendo comentários alarmistas, prática que esta revista desaconselha formalmente a seus colaboradores, mas chega uma hora em que certas realidades têm de ser discutidas cara a cara com os leitores, por mais desagradáveis que possam ser. É possível, perfeitamente. que estejamos diante de uma delas neste momento: achamos que a mãe de todos os males deste país é a boa e velha safadeza, que persegue cada brasileiro a partir do minuto em que sua certidão de nascimento é expedida pelo cartório de registro civil, e o acompanha até a entrega do atestado de óbito, mas a coisa pode ser bem pior que isso. Safadeza aleija, é claro, e sabemos perfeitamente quanto ela nos custa ─ basicamente, custa todo esse dinheiro que deveria estar sendo aplicado em nosso favor mas que acaba se transformando em fortunas privadas para os amigos do governo, ou é jogado no lixo por incompetência, preguiça e irresponsabilidade. Mas burrice mata, e para a morte, como também se sabe, não existe cura. Ela está presente pelos quatro cantos da vida nacional.
Um país que tem embargos infringentes, por exemplo, é um país burro ─ não pode existir vida inteligente num sistema em que, para cumprir a lei, é preciso admitir a possibilidade de processos que não acabam nunca. Também não há atividade cerebral mínima em sociedades que aceitam como fato normal trens que viajam a 2 quilômetros por hora, a exigência de firma reconhecida, o voto obrigatório e assim por diante. A variedade a ser tratada neste artigo é a burrice na vida política. Ela é especialmente malvada, pois age como um bloqueador para as funções vitais do organismo público — impede a melhora em qualquer coisa que precisa ser melhorada, e ajuda a piorar tudo o que pode ser piorado.
A manifestação mais maligna desse tipo de estupidez é a imposição, feita pelo governo, e a sua aceitação passiva, por parte de quase todos os participantes da atividade política brasileira, da seguinte ideia: no Brasil de hoje só existem dois campos. Um deles, o do governo, do PT, da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, é o campo do “bem”; atribui a si próprio as virtudes de ser a favor da população pobre, da verdadeira democracia, da distribuição de renda, da independência nacional e tudo o mais que possa haver de positivo na existência de uma nação. É, em suma, a “esquerda”. O outro, formado automaticamente por quem discorda do governo e dos seus atuais proprietários, é o campo do “mal”. A ele a máquina de propaganda oficial atribui os vícios de ser a “elite”, defender a volta da escravidão, conspirar para dar golpes de Estado, brigar contra a redução da pobreza e apoiar tudo o mais que possa haver de horrível numa sociedade humana. É, em suma, a “direita”. O efeito mais visível dessa prática é que se interditou no Brasil a possibilidade de haver um centro na vida política. Ou você está com Lula-Dilma ou vai para o inferno: “crê ou morre”, como insistia a Inquisição da Santa Madre Igreja.
Essa postura é um insulto à capacidade humana de pensar em linha reta, que continua sendo a distância mais curta entre dois pontos. O Brasil não é feito de extremos; isso simplesmente não existe em nenhum país democrático do mundo. Abolir o espaço para um centro moderado é negar às pessoas o direito de pensar com aquilo que lhes parece ser apenas bom-senso, ou a lógica comum. Por que o cidadão não poderia ser, ao mesmo tempo, a favor do Bolsa Família e contra a conduta do PT no governo? É dinheiro de imposto; melhor dar algum aos pobres do que deixar que roubem tudo, (o programa, aliás, foi criado por Fernando Henrique; de Júlio César para cá, passando por Franklin Roosevelt, dar dinheiro ou comida direto ao povão é regra básica de qualquer manual de sobrevivência política.) Qual é o problema em defender a legislação trabalhista e, ao mesmo tempo, achar que quem rouba deve ir para a cadeia? O que impediria alguém de ser a favor do voto livre e contra o voto obrigatório? Nada, a não ser a burrice que obriga todos a se ajoelharem diante do que o PT quer hoje, para não serem condenados como hereges. É por isso que no Brasil 2013 Fernando Gabeira, Marina Silva e tantos outros que querem pensar com a própria cabeça são de “direita”, segundo os propagandistas do governo. Já Paulo Maluf, José Sarney etc. são de esquerda.
Vida inteligente?
Reynaldo-BH: No Dia de Finados, os mortos-vivos se reuniram no Planalto
REYNALDO ROCHA
Em alguns momentos ─ raros ─, Dilma Rousseff é assaltada por irresistíveis acessos de sinceridade. Seja quando chama de “queridos” aos que são somente “odiosos” (na visão dela). Ou dá porradas na mesa querendo mostrar que a guerrilheira ainda resiste.
Foi assim neste sábado: convocou em pleno feriado uma reunião de ministros para mostrar com quantos paus se faz uma canoa. Ou com quantos PACS se faz uma campanha.
Escolheu a data correta: o Dia dos Mortos. No cemitério do Planalto jaziam os PACS, Minha Casa Minha vida (com as habitações sem água e luz), os Mais Médicos Cubanos (com as reprovações do Revalida), o trem–bala (aquele que liga o norte do nada ao sul do coisa nenhuma), a Transnordestina, a transposição do São Francisco, as obras dos aeroportos do Brasil para a Copa, as creches (já estão em dez mil???), os 800 aeroportos (Santo Antonio do Mato Oculto, com seus valorosos 344 habitantes, já se candidatou), entre tantos outros.
Entre fantasmas, os mortos-vivos escolheram a data correta: Dia de Finados. Não se trata ─ Dilma desconhece a liturgia cristã ─ do Feriado da Ressurreição. Ao contrário, é dia de prantear quem morreu.
Imagino algumas cenas da reunião. Edison Lobão, o que nunca aceitou ser um dos Três Porquinhos, sorumbático e circunspecto como um mordomo de filme de terror “B”, a prestar atenção na missa de pêsames transformada em reunião. Ideli como a carpideira oficial do momento solene. Mercadante cofiando os bigodes como o coveiro de novela mexicana. E Dilma, a exigir que os mortos se levantem e que seja revogada a data de respeito aos que se foram.
Errou, Dilma. A reunião deveria ter sido no Dia das Bruxas. As bruxas voam em cabos de vassouras. Os vampiros saem às ruas com sangue no rosto. Monstros de todas as espécies batem às nossas portas.
Dilma errou por 48 horas a data da reunião, que acabou caindo no dia certo. No dia que o Brasil foi ao cemitério, levado pela saudade de quem se foi, a presidente preferiu reunir-se no Planalto para homenagear os que estão mortos sem nunca terem vivido.
“Nós que aqui estamos, por vós esperamos”.
‘É assim que começa’, de Dora Kramer
Publicado no Estadão desta quinta-feira
DORA KRAMER
“No meu governo polícia não sobe morro”, anunciou na campanha de 1982 o então candidato Leonel Brizola.
Uma vez eleito governador do Rio de Janeiro, cumpriu à risca a promessa, muito provavelmente sem saber que plantava ali a semente do terror que viria a ser imposto, ao longo das três décadas seguintes, àqueles que pretendia proteger da violência policial: os moradores das favelas na época ainda não denominadas “comunidades”.
A decisão de Brizola teve respaldo na sociedade. A ditadura ainda existia, a polícia não defendia, atacava. Era agente da repressão que, embora já com menos ênfase, atuava sob a lógica do combate ao inimigo interno. Quanto mais fraco o grupo social, maior e mais truculenta a opressão.
Em linhas gerais, assim se desenhava o quadro. O problema era grave e para enfrentá-lo o governo adotou uma solução simples. E equivocada. À retirada da polícia correspondeu a ocupação gradativa dos morros pela bandidagem.
Nas favelas os criminosos atuavam como benfeitores, supriam as carências da população, que passou a vê-los como agentes da proteção. No “asfalto” também eram saudados como tal. Vistos como heróis, cobertos de glamour.
Inesquecível a fuga do traficante José Carlos dos Reis Encina, o Escadinha, resgatado do presídio da Ilha Grande por comparsas de helicóptero no dia 1.º de janeiro de 1986. Guardo na memória, sobretudo, a reação de júbilo de certa esquerda com o drible que a criminalidade havia dado na legalidade.
Claro que essas pessoas não pensavam no dano ao Estado de Direito (naquela ocasião, mera abstração). Achavam que estavam impondo uma derrota ao Estado autoritário, sem se dar conta da parceria nefasta que faziam.
Pois bem. Daí em diante o que se viu foi a consolidação do poder paralelo do crime nos territórios dominados pelo tráfico, com a passividade da sociedade – era uma época em que traficante convocava entrevista coletiva e merecia foto em primeira página de jornal – , leniência (muitas vezes também criminosa) da polícia e a conivência de determinados políticos que passaram a ver nos bandidos eficientes cabos eleitorais. Em pouco tempo eles eram a lei.
E o que tem a ver essa história toda com o momento atual? Descontado o fato de que o Estado não é um ente em regime de exceção, o que temos de semelhante é a condescendência no trato desses vândalos que aterrorizam as cidades sob o olhar catatônico dos governos.
Acuados que estão pela visão torta de que são heróis da resistência à ineficiência do poder público que sabe de sua culpa no cartório, mas não tem coragem nem sabedoria para distinguir direitos de deveres.
O ovo da serpente está aí. É assim que começa. Um episódio típico ocorreu nesta semana no bairro do Jaçanã, em São Paulo. O comércio fechou. Segundo moradores, depois que dois homens numa moto deram a ordem para ninguém sair na rua depois de uma hora da tarde.
Toque de recolher. Sem tirar nem pôr, o mesmo “modus operandi” dos traficantes nos territórios dominados do Rio. Exagero? Pois era assim que há alguns anos reagia boa parte dos cariocas e a quase totalidade das autoridades sempre se recusando a aceitar o que se passava debaixo de seus narizes. Por motivações variadas.
Para além de declarações formais, de reuniões e de intenções de agir conjuntamente, conviria aos governos federal e estaduais prestarem a devida atenção aos primeiros acordes e reconhecer a sinfonia.
Está em jogo o Estado de Direito. E isso requer mais que a “análise do diagnóstico” proposta pelo secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para quem não se pode “criminalizar” as manifestações sociais.
Eike Batista em 10 palavrórios
ATUALIZADO ÀS 17H34
1. “Minha missão é ajudar o Rio e o Brasil”.
2. “Criei uma sigla que resume um dos um mandamentos para gerir bem uma empresa. É o PPI, ou Projeto à Prova de Idiota. Toda empresa, em algum momento, será comandada por um idiota, nem que seja por pouco tempo. Sabendo disso, nós montamos empresas que possam sobreviver aos idiotas. Meus ativos são à prova de idiotas”.
3. “Meu destino é lapidar diamantes brutos”.
4. “Por que só jogador de futebol e dupla sertaneja podem aparecer? Sou empresário transparente, tenho que me mostrar mesmo”.
5. “Deus deixou o item ‘saber fazer dinheiro’ para o meu pote”.
6. “Tenho que concorrer com o senhor Slim (Carlos Slim, bilionário mexicano). Não sei se vou passá-lo pela esquerda ou pela direita, mas vou ultrapassá-lo”.
7. “Tenho um pacto com a Mãe Natureza. Eu perfuro e acho coisas”.
8. “Uma companhia precisa de movimento. Calmaria é bom para quem não quer sair do lugar” .
9. “Um sonho é um sonho até que se acorde”.
10. “Eu, como brasileiro desta geração, digo com orgulho que o sucesso das minhas empresas não seria possível sem esse Brasil novo criado pelo presidente Lula”.
‘Chega’, por Carlos Brickmann
Publicado na coluna de Carlos Brickmann
Claro, claro. São manifestantes pacíficos, ordeiros e bem-intencionados; e daí? Daí que as grandes cidades brasileiras não podem ficar reféns de bloqueios diários de trânsito, de entraves ao trabalho e ao lazer, de protestos que, por justos que sejam, já atravancam há quase cinco meses as atividade normais dos cidadãos. E aqui não se fala de mascarados, de black-blocs, seja qual for o seu nome: quem participa de ações violentas e depredações de patrimônio público ou privado está fora da lei e seu direito é apenas a um julgamento justo.
Já houve um bloqueio em São Paulo em apoio aos portuários do Panamá, ou de Porto Rico; há bloqueios contra médicos cubanos, a favor de médicos cubanos, contra a praga que ameaça as plantações de centeio da Moldávia Exterior. Parar uma cidade, ou uma estrada, é fácil: meia dúzia de pessoas espalha meia dúzia de pneus na rua e, com meia dúzia de fósforos, incendeia-se o caminho. Falta pouco para sitiar bairros inteiros como protesto contra o gol anulado pelo juiz quando estava claro que não houve impedimento.
Manifestações existem em todo o mundo democrático. Em Londres, o Hyde Park é área preferencial de protestos, onde quase não há limites para a liberdade de expressão. Mas a cidade continua funcionando. Parar tudo também existe, mas em ocasiões específicas: Buenos Aires, por exemplo, parou para os funerais de Perón. Já parar uma cidade porque alguém tem vontade de quebrar umas vitrines é coisa nossa.
Chega: o cidadão tem de ter no mínimo o direito de ir e vir.
A casa e a família
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do PT, agiu mal: multiplicou o IPTU e chegou a demitir um secretário para que reassumisse sua cadeira de vereador e votasse favoravelmente à escorcha. Mas isso não é justificativa para manifestações em frente à sua casa: se alguém quiser protestar contra Maldadd, que o faça em frente à Prefeitura, ou em alguma solenidade ─ ou, melhor ainda, nas urnas, votando contra os candidatos que ele indicar. Mas não em sua casa, não envolvendo sua família, não perturbando seus vizinhos. Civilidade, enfim.
Questão de ritmo
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que os serviços de informações da Polícia Federal e das polícias de São Paulo e do Rio vão investigar em conjunto os manifestantes que agem com violência. Isso significa que só agora, depois de cinco meses de quebra-quebra, Sua Excelência decidiu trabalhar? Que até agora as polícias se recusavam a colaborar umas com as outras? Já que o ritmo é este, o trabalho conjunto poderia começar por uma investigação simples: que é aquele cavalheiro, no Rio, que jogou coquetéis Molotov, correu na direção dos policiais, foi recebido, e reapareceu fardado instantes depois. Tudo foi filmado.
Como é que ele explica seu desempenho? Quem lhe deu ordens? Por que?
Coisas…
Vários funcionários municipais paulistanos foram detidos por exigir e receber propina, dando aos cofres públicos, ao mesmo tempo, prejuízos que ainda estão sendo calculados, mas podem chegar a meio bilhão de reais. Todos atuaram na administração Gilberto Kassab, ex-DEM, hoje PSD; e um deles, membro de destaque do grupo, foi nomeado para um cargo de confiança pelo prefeito Fernando Haddad, PT. Haddad diz que nomeou o cavalheiro como parte de sua estratégia para evitar que a investigação fosse revelada. Ah, bom: simplesmente deixar o servidor onde estava não era suficiente. Seria preciso promovê-lo, né? Então, tá.
…estranhas…
Os detidos, informa-se, ameaçavam cobrar impostos altíssimos de quem fazia obras na cidade. Mas, mediante boa compensação, acabavam inscrevendo as obras com impostos bem baixinhos. Mas quem foi beneficiado? Se eles foram corrompidos, quem os corrompeu? Se receberam, quem pagou? É certo que quem pagou tinha condições de fazê-lo.
Será que denunciar quem pagou é perigoso?
…muito estranhas…
A explicação do procurador da República Rodrigo de Grandis para não ter colaborado com as investigações pedidas pela Suíça a respeito do caso Alstom ─ formação de cartel e pagamento de propina em São Paulo, em obras e equipamentos do Metrô e dos trens metropolitanos ─ é simples: diz que o pedido suíço foi guardado numa pasta errada e por isso, nos três anos que se passaram, ninguém cuidou do caso.
Não é bem assim: houve três ofícios das autoridades brasileiras responsáveis pela recuperação de ativos internacionais desviados, todos olimpicamente ignorados. O fato é que, depois de três anos à espera de providências, os procuradores suíços decidiram arquivar o caso. Apenas como complemento, o caso Alstom é, no fundo, o caso Siemens. Cadê as investigações?
…estranhíssimas
Em São Paulo, o Governo tucano impede a criação de uma CPI na Assembleia. Claro: tanto o caso Alstom quanto o caso Siemens se iniciaram no Governo tucano de Mário Covas e atravessaram os governos tucanos de Alckmin e Serra. Mas a bancada federal petista anunciou há dois meses que tem assinaturas suficientes para criar uma CPI no Congresso. Até agora não a criou. Por que?
No link abaixo, veja também:
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João Alves da Fonseca Paracatu - MG
Como diz um ditado da roça" tem de medir a água e o fubá",nenhum extremismo resolve nada,tampouco aceitar calado e passivo resolve alguma coisa,se queremos mudar esta visão ditatorial ideológica de esquerda fascista e excludente temos de sair do conforto de nosso casulo e ir à luta,perder a vergonha de defender nossas idéias,eu sei que tem companheiros nossos do campo que têm vergonha de defender por exemplo,uma pessoa como Ronaldo Caiado porque vão ser taxadas de direitistas, ora, quem defende o certo não anda preocupado com a gritaria ,"os cães ladram e a caravana passa",ação companheiros,vamos à luta, só nós poderemos mudar nossos destinos...