G20 afirma que forte alta dos grãos não é ameaça à segurança alimentar global
Publicado em 28/08/2012 16:46
Nesta terça-feira (28), o ministro da Agricultura da França, Stéphane Le Foll, em nome da divisão agrícola do G20 presidida pelo país, disse que vê a alta dos preços dos grãos e das oleaginosas como uma situação preocupante, porém, que não se trata de uma ameaça à segurança alimentar mundial.
Le Foll disse ainda que é notável e expressiva a deterioração da produção e dos estoques de soja e milho nos Estados Unidos e do trigo na Rússia. Porém, lembrou que os preços do arroz continuam estáveis, ao contrário do que aconteceu em 2008, quando o mundo sofreu uma crise de alimentos e os altíssimos preços causaram tumulto em países mais pobres.
"De acordo com o Agricultural Market Information System - o AMIS - (Sistema de Informação do Mercado Agrícola), a presente situação do mercado é preocupante. Não há nenhuma séria ameaça pairando sobre a segurança alimentar global", disse a nota do ministério francês.
Segundo membros do G20, o grupo decidiu na última segunda-feira (27) que irá esperar pelos dados do relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgará em setembro para decidir se serão tomadas medidas conjuntas sobre a forte alta dos preços dos grãos.
Em 2008, após seis anos de seca nas áreas produtoras de arroz na Austrálias, os estoques do cereal chegaram a níveis severamente baixos e levaram os seus preços a um amento de 100% de meados de 2007 a abril e 2008.
Isso fez com que, ao redor do mundo, inclusive nos Estados Unidos, as empresas racionaram suas vendas e os governos pararam de exportar o grão como tentativa de garantir o abastecimento interno e conter os preços no mercado doméstico.
Hoje, em 2012, o preço do arroz é quase a metade do que em abril de 2008 e os estoques do cereal estão bem abastecidos. Fatos estes que justificam, portanto, a declaração do G20 sobre a não existência de uma ameaça à segurança alimentar por conta da alta dos preços dos grãos.
Clique no link abaixo e veja uma explicação sobre a crise de alimentos de 2008 e a situação de 2012 no relatório de mercado de julho do analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos:
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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas
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