Produtores de suínos sofrem com os prejuízos
Ainda de acordo com o produtor, o preço pago por algumas empresas pelo suíno vivo nas granjas está sendo de R$ 1,90. Muito abaixo do mínimo defendido pela ABCS. Para manter um animal apto para o abate, o preço pago ao produtor não poderia ser inferior a R$ 2,60 por quilo vivo. É preciso levar em consideração que o produtor gasta com insumos, como o milho e a soja, que têm tido elevação nos preços, especialmente pelas condições climáticas não muito favoráveis que têm abalado nosso país
Em Santa Cataria, uma produtora que me escreveu na última sexta-feira afirma que o preço oferecido nas granjas pelo quilo do suíno vivo está em R$ 2,10. Transcrevo aqui neste espaço o desespero da produtora diante da defasagem dos valores pagos pelo quilo do suíno vivo.
"Estamos sem saber o que fazer, as contas estão vencendo e não estamos conseguindo honrar nossos compromissos. Somos pessoas sérias, sempre trabalhamos com honestidade. Agora nossa seriedade e honestidade acabarão por ruir. Minha maior preocupação é pagar todos como sempre fizemos em 20 e poucos anos de luta diária, mas estou vendo que não será mais possível. Aprendemos com nossos pais que as contas devem ser pagas, e acho que não vou poder passar isso para meus filhos. Estamos todos em pânico", narrou desesperada a produtora.
O desespero da produtora é de conhecimento da ABCS, que tem batalhado para que seja encontrada uma solução para a crise que afeta os produtores integrados. Reforço que, como presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), irei batalhar para que o preço pago aos produtores seja, no mínimo, o necessário para cobrir os custos da produção. Já estamos buscando uma audiência com o Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, para tratar do assunto. Espero que, em breve, possa trazer boas notícias aos produtores de carne suína do Brasil.
1 comentário
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Luis Fernando Marasca Fucks Giruá - RS
Creio que o Governo Federal e o consumidor estão em uma posição muito cômoda, com toda essa abundância de alimentos baratos e superávits comerciais da balança agropecuária. Acho que uma redução considerável na oferta de alimentos resolveria todos os nossos problemas: renda, custos de produção, endividamento e ambientais. Essa redução seria apenas um ajuste da oferta e demanda, de acordo como também fazem os grandes oligopólios industriais. Os agrupecuaristas não estariam inovando em nada.