Setor debate nova modalidade de seguro para proteção de renda na cafeicultura
De acordo com o presidente executivo do CNC, esse novo modelo de seguro para a cafeicultura almeja proteger a renda do produtor na eventualidade de prejuízos gerados por adversidades climáticas, possibilitando que continuem na atividade, uma vez que as modalidades hoje existentes cobrem somente a parte da lavoura afetada e não a receita que seria gerada com a produção. “Discutiu-se a implantação do seguro, inicialmente, a partir do estágio da lavoura com o chumbinho até a colheita. O seguro teria ampla cobertura de intempéries e a taxa a ser aplicada deverá respeitar as características das regiões produtoras, haja vista as diferenças climáticas existentes”, explica.
Silas Brasileiro anotou que a aplicação da taxa desse novo seguro também deve levar em conta a produtividade média de cada região, porém o cálculo atuário não incluirá a incidência de pragas e doenças, uma vez que não há como calcular com precisão o impacto que trazem à produção. Já a base dessa nova modalidade será o seguro agrícola convencional. “Temos que lembrar que a preocupação do Governo Federal é criar um seguro para manter o produtor na atividade quando da ocorrência de adversidades climáticas como o granizo, cuja incidência é pontual e, não havendo um seguro, o produtor não tem como continuar no campo. O objetivo, portanto, não é gerar lucro através dessa ferramenta”, pondera.
O presidente executivo do CNC conta que, após as apresentações sobre essa nova modalidade de seguro para a proteção da renda do cafeicultor, ficou convencionada uma nova reunião, da qual também deverão participar diretores de cooperativas, para definir a forma de aplicação da ferramenta, “de maneira que tenha a maior abrangência possível”.
CDPC — O secretário de Produção e Agroenergia do Mapa, Manoel Bertone, convocou, para a próxima quinta-feira (26/01), todos os segmentos da cadeia café para participarem de um encontro extraordinário, o qual marcará a retomada das reuniões do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC). “Esse encontro, que também contará com a presença do diretor Edilson Alcântara, foi uma sugestão nossa para a definição da agenda positiva do agronegócio café em 2012. Assim como fazemos no CNC, a intenção é ter um modelo positivo de condução do agronegócio café brasileiro, de maneira que já tenhamos definidas as datas das reuniões dos comitês e do CDPC como um todo. É preciso trabalhar em conjunto para alcançarmos os melhores caminhos para os Cafés do Brasil”, conclui Silas Brasileiro.
0 comentário
Preços do café seguem voláteis em meio a especulações sobre o tamanho da safra 2025/26
Café: preço do arábica avança no início da tarde desta 3ª feira (14) diante estimativa de queda de 11% na produção de 2025
IBGE estima queda de 6,8% na safra de café 2025 do Brasil
Preços do café seguem em lados opostos nas bolsas internacionais no início desta 3ª feira (14)
Mercado do café termina sessão desta 2ª feira (13) com movimentações mistas nas bolsas internacionais
Primeiros dias úteis de 2025 registram aumento de mais de 80% na média diária do faturamento de exportação do café torrado