<p>"PORQUE A AGRICULTURA VAI BEM E O AGRICULTOR ESTÁ MAL'. Pessoal, vejam uma demonstração de mobilização na mensagem enviada pelo Sindicato de Dourados (leia abaixo)... Interessante, sentimos em nossa região que os agricultores estão apreensivos com as parcelas de investimento e rolagem vencidas ou vencendo. Precisamos de uma metodologia de trabalho unificada, a maioria nao sabe como agir individualmente, temos que buscar soluções conjuntas, articuladas, caso contrario não há interação de forças, tão necessárias e tão dissipadas no caso do setor agropecuário.... <br />O relato do Sr. Mario Klein é também bastante elucidativo, todos os agricultores têm que ter estes números de suas realidades locais e regionais na cabeça é crucial para estarmos em todas as oportunidades mostrando para a população a triste e caluniosa situação do setor produtivo, onde por mais que o agricultor esteja sendo triturado por um modelo econômico que lhe usurpa toda e qualquer possibilidade de geração de renda, é caluniado diariamente com campanhas que denigrem sua imagem perante a opinião publica, onde os governos e ate setores irresponsáveis da própria classe, se esforçam ao Maximo para transmitir uma falsa mensagem de que o problema no campo foi resolvido, que a produção aumentou e esta tudo bem.<br /><br /><br />Prezados Senhores: <br /><br />Pedir prorrogação é uma necessidade, mas não é a solução. <br />Precisamos solucionar com urgência a perda de renda do setor agrícola, não podemos prorrogar dívidas agrícolas todos os anos. <br />Mais alguns anos com renda negativa, o Agricultor terá que entregar as terras ao Governo. Tem quem acredite, que é isto que estão pretendendo. <br />O preço da comida cai mais de 40% desde 1994 e o campo transfere 1 trilhão de renda para as cidades. Pesquisa coordenada pelo professor Geraldo Sant'Ana Camargo para o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, Cepea, da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/Usp) somente de 2002 a 2005, segundo o Cepea, o campo perdeu 150 Bilhões de renda. <br />Portanto, desde a implantação do Plano Real, houve um brutal descompasso entres os custos de produção e receitas, gerando esta grande perda de renda. <br />Em Dezembro de 1994, em Passo Fundo (RS) uma saca de soja valia em média R$ 11,00, hoje vale R$ 28,00, variação no período de 155%. O Milho variou de R$ 7,00 a R$ 17,00 = 143%. No mesmo período, o Óleo Diesel aumentou 503% de R$ 0,29 para R$ 1,75 a Mão de Obra aumentou 443% o salário foi de R$ 70,00 para R$ 380,00. A Uréia aumentou 270% em Passo Fundo, foi de R$ 237,00 para R$ 875,00. A Energia Elétrica subiu 250%, a inflação desde o plano Real, dependendo do índice, chega perto dos 300%. Portanto, precisamos uma solução para estancar a perda de renda. Sem renda, o produtor não tem como pagar as prorrogações. Precisamos Estudar medidas de Compensação, trocar nossas reservas para Euro, plantar menos para forçar uma alta, faltar comida. Não podemos continuar nesta situação. Como está, não pode ficar. <br /><br />Mário Klein, Passo Fundo - RS. <br /><br /><br />Agricultores vão pedir 10 anos de alongamento de débitos rurais <br /><br />Cícero Faria, Dourados <br /><br />Mais dez anos de prazo para o pagamento das dívidas de custeio e vencimento, contraídas a partir de 2003, e dois anos de carência. Essa será a proposta de alongamento que os agricultores endividados de Dourados e região farão ao Banco do Brasil na próxima semana. <br />Sobre esse débito deverão ser aplicados juros de 3% ao ano ou o equivalente a 30% da taxa Selic, hoje em 12,5%, explicou ontem representante da comissão de agricultura do Sindicato Rural de Dourados, César Roberto Dierings. <br />A decisão foi tomada no começo da noite de quinta-feira, durante reunião com cerca de 200 produtores, reunidos no auditório do Sindicato Rural, para discutir as dificuldades de honrar os compromissos e tirar proposta única para ser encaminhada ao agente financeiro. <br />E os agricultores têm pressa para encaminhar o problema: no próximo dia 15 vencem as parcelas do custeio 2006/2007 e duas da prorrogação das safras anteriores. Isso significa que deverão ser quitadas três prestações de uma só vez. <br />Na próxima terça-feira, os agricultores irão entregar na agência de agronegócios do Banco do Brasil em Dourados as cartas solicitando o alongamento da dívida, alegando incapacidade financeira de pagar as parcelas. <br />Dierings disse que foi recomendado ao produtor "pagar o que puder ao banco no dia 15", mas reconheceu que de 300 a 400 deles não poderão honrar totalmente o débito de custeio e investimento. Em Dourados, foram assinados em torno de 650 contratos de custeio na última safra de verão. <br />Durante a reunião dos produtores na quinta-feira, havia a informação de que o Banco do Brasil poderia retardar em 90 dias o pagamento das parcelas a vencer no dia 15 de junho, para a realização da colheita do milho safrinha. Esse fôlego extra daria um quadro mais claro de como ficaria a situação financeira do setor agrícola regional. <br />Na reunião de ontem, em Cuiabá, do Conselho Deliberativo do FCO, a proposta de prorrogação das dívidas de investimentos dos agricultores estava na pauta de deliberação. <br /></p>
<p>"PORQUE A AGRICULTURA VAI BEM E O AGRICULTOR ESTÁ MAL'. Pessoal, vejam uma demonstração de mobilização na mensagem enviada pelo Sindicato de Dourados (leia abaixo)... Interessante, sentimos em nossa região que os agricultores estão apreensivos com as parcelas de investimento e rolagem vencidas ou vencendo. Precisamos de uma metodologia de trabalho unificada, a maioria nao sabe como agir individualmente, temos que buscar soluções conjuntas, articuladas, caso contrario não há interação de forças, tão necessárias e tão dissipadas no caso do setor agropecuário.... <br />O relato do Sr. Mario Klein é também bastante elucidativo, todos os agricultores têm que ter estes números de suas realidades locais e regionais na cabeça é crucial para estarmos em todas as oportunidades mostrando para a população a triste e caluniosa situação do setor produtivo, onde por mais que o agricultor esteja sendo triturado por um modelo econômico que lhe usurpa toda e qualquer possibilidade de geração de renda, é caluniado diariamente com campanhas que denigrem sua imagem perante a opinião publica, onde os governos e ate setores irresponsáveis da própria classe, se esforçam ao Maximo para transmitir uma falsa mensagem de que o problema no campo foi resolvido, que a produção aumentou e esta tudo bem.<br /><br /><br />Prezados Senhores: <br /><br />Pedir prorrogação é uma necessidade, mas não é a solução. <br />Precisamos solucionar com urgência a perda de renda do setor agrícola, não podemos prorrogar dívidas agrícolas todos os anos. <br />Mais alguns anos com renda negativa, o Agricultor terá que entregar as terras ao Governo. Tem quem acredite, que é isto que estão pretendendo. <br />O preço da comida cai mais de 40% desde 1994 e o campo transfere 1 trilhão de renda para as cidades. Pesquisa coordenada pelo professor Geraldo Sant'Ana Camargo para o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, Cepea, da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/Usp) somente de 2002 a 2005, segundo o Cepea, o campo perdeu 150 Bilhões de renda. <br />Portanto, desde a implantação do Plano Real, houve um brutal descompasso entres os custos de produção e receitas, gerando esta grande perda de renda. <br />Em Dezembro de 1994, em Passo Fundo (RS) uma saca de soja valia em média R$ 11,00, hoje vale R$ 28,00, variação no período de 155%. O Milho variou de R$ 7,00 a R$ 17,00 = 143%. No mesmo período, o Óleo Diesel aumentou 503% de R$ 0,29 para R$ 1,75 a Mão de Obra aumentou 443% o salário foi de R$ 70,00 para R$ 380,00. A Uréia aumentou 270% em Passo Fundo, foi de R$ 237,00 para R$ 875,00. A Energia Elétrica subiu 250%, a inflação desde o plano Real, dependendo do índice, chega perto dos 300%. Portanto, precisamos uma solução para estancar a perda de renda. Sem renda, o produtor não tem como pagar as prorrogações. Precisamos Estudar medidas de Compensação, trocar nossas reservas para Euro, plantar menos para forçar uma alta, faltar comida. Não podemos continuar nesta situação. Como está, não pode ficar. <br /><br />Mário Klein, Passo Fundo - RS. <br /><br /><br />Agricultores vão pedir 10 anos de alongamento de débitos rurais <br /><br />Cícero Faria, Dourados <br /><br />Mais dez anos de prazo para o pagamento das dívidas de custeio e vencimento, contraídas a partir de 2003, e dois anos de carência. Essa será a proposta de alongamento que os agricultores endividados de Dourados e região farão ao Banco do Brasil na próxima semana. <br />Sobre esse débito deverão ser aplicados juros de 3% ao ano ou o equivalente a 30% da taxa Selic, hoje em 12,5%, explicou ontem representante da comissão de agricultura do Sindicato Rural de Dourados, César Roberto Dierings. <br />A decisão foi tomada no começo da noite de quinta-feira, durante reunião com cerca de 200 produtores, reunidos no auditório do Sindicato Rural, para discutir as dificuldades de honrar os compromissos e tirar proposta única para ser encaminhada ao agente financeiro. <br />E os agricultores têm pressa para encaminhar o problema: no próximo dia 15 vencem as parcelas do custeio 2006/2007 e duas da prorrogação das safras anteriores. Isso significa que deverão ser quitadas três prestações de uma só vez. <br />Na próxima terça-feira, os agricultores irão entregar na agência de agronegócios do Banco do Brasil em Dourados as cartas solicitando o alongamento da dívida, alegando incapacidade financeira de pagar as parcelas. <br />Dierings disse que foi recomendado ao produtor "pagar o que puder ao banco no dia 15", mas reconheceu que de 300 a 400 deles não poderão honrar totalmente o débito de custeio e investimento. Em Dourados, foram assinados em torno de 650 contratos de custeio na última safra de verão. <br />Durante a reunião dos produtores na quinta-feira, havia a informação de que o Banco do Brasil poderia retardar em 90 dias o pagamento das parcelas a vencer no dia 15 de junho, para a realização da colheita do milho safrinha. Esse fôlego extra daria um quadro mais claro de como ficaria a situação financeira do setor agrícola regional. <br />Na reunião de ontem, em Cuiabá, do Conselho Deliberativo do FCO, a proposta de prorrogação das dívidas de investimentos dos agricultores estava na pauta de deliberação. <br /></p>