Fala Produtor - Mensagem

  • Paulo Adriano Cervo Sapezal - MT 05/06/2007 00:00

    <p>&quot;PORQUE A AGRICULTURA VAI BEM E O AGRICULTOR EST&Aacute; MAL'. Pessoal, vejam uma demonstra&ccedil;&atilde;o de mobiliza&ccedil;&atilde;o na mensagem enviada pelo Sindicato de Dourados (leia abaixo)... Interessante, sentimos em nossa regi&atilde;o que os agricultores est&atilde;o apreensivos com as parcelas de investimento e rolagem vencidas ou vencendo. Precisamos de uma metodologia de trabalho unificada, a maioria nao sabe como agir individualmente, temos que buscar solu&ccedil;&otilde;es conjuntas, articuladas, caso contrario n&atilde;o h&aacute; intera&ccedil;&atilde;o de for&ccedil;as, t&atilde;o necess&aacute;rias e t&atilde;o dissipadas no caso do setor agropecu&aacute;rio.... <br />O relato do Sr. Mario Klein &eacute; tamb&eacute;m bastante elucidativo, todos os agricultores t&ecirc;m que ter estes n&uacute;meros de suas realidades locais e regionais na cabe&ccedil;a &eacute; crucial para estarmos em todas as oportunidades mostrando para a popula&ccedil;&atilde;o a triste e caluniosa situa&ccedil;&atilde;o do setor produtivo, onde por mais que o agricultor esteja sendo triturado por um modelo econ&ocirc;mico que lhe usurpa toda e qualquer possibilidade de gera&ccedil;&atilde;o de renda, &eacute; caluniado diariamente com campanhas que denigrem sua imagem perante a opini&atilde;o publica, onde os governos e ate setores irrespons&aacute;veis da pr&oacute;pria classe, se esfor&ccedil;am ao Maximo para transmitir uma falsa mensagem de que o problema no campo foi resolvido, que a produ&ccedil;&atilde;o aumentou e esta tudo bem.<br /><br /><br />Prezados Senhores: <br /><br />Pedir prorroga&ccedil;&atilde;o &eacute; uma necessidade, mas n&atilde;o &eacute; a solu&ccedil;&atilde;o. <br />Precisamos solucionar com urg&ecirc;ncia a perda de renda do setor agr&iacute;cola, n&atilde;o podemos prorrogar d&iacute;vidas agr&iacute;colas todos os anos. <br />Mais alguns anos com renda negativa, o Agricultor ter&aacute; que entregar as terras ao Governo. Tem quem acredite, que &eacute; isto que est&atilde;o pretendendo. <br />O pre&ccedil;o da comida cai mais de 40% desde 1994 e o campo transfere 1 trilh&atilde;o de renda para as cidades. Pesquisa coordenada pelo professor Geraldo Sant'Ana Camargo para o Centro de Estudos Avan&ccedil;ados em Economia Aplicada, Cepea, da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/Usp) somente de 2002 a 2005, segundo o Cepea, o campo perdeu 150 Bilh&otilde;es de renda. <br />Portanto, desde a implanta&ccedil;&atilde;o do Plano Real, houve um brutal descompasso entres os custos de produ&ccedil;&atilde;o e receitas, gerando esta grande perda de renda. <br />Em Dezembro de 1994, em Passo Fundo (RS) uma saca de soja valia em m&eacute;dia R$ 11,00, hoje vale R$ 28,00, varia&ccedil;&atilde;o no per&iacute;odo de 155%. O Milho variou de R$ 7,00 a R$ 17,00 = 143%. No mesmo per&iacute;odo, o &Oacute;leo Diesel aumentou 503% de R$ 0,29 para R$ 1,75 a M&atilde;o de Obra aumentou 443% o sal&aacute;rio foi de R$ 70,00 para R$ 380,00. A Ur&eacute;ia aumentou 270% em Passo Fundo, foi de R$ 237,00 para R$ 875,00. A Energia El&eacute;trica subiu 250%, a infla&ccedil;&atilde;o desde o plano Real, dependendo do &iacute;ndice, chega perto dos 300%. Portanto, precisamos uma solu&ccedil;&atilde;o para estancar a perda de renda. Sem renda, o produtor n&atilde;o tem como pagar as prorroga&ccedil;&otilde;es. Precisamos Estudar medidas de Compensa&ccedil;&atilde;o, trocar nossas reservas para Euro, plantar menos para for&ccedil;ar uma alta, faltar comida. N&atilde;o podemos continuar nesta situa&ccedil;&atilde;o. Como est&aacute;, n&atilde;o pode ficar. <br /><br />M&aacute;rio Klein, Passo Fundo - RS. <br /><br /><br />Agricultores v&atilde;o pedir 10 anos de alongamento de d&eacute;bitos rurais <br /><br />C&iacute;cero Faria, Dourados <br /><br />Mais dez anos de prazo para o pagamento das d&iacute;vidas de custeio e vencimento, contra&iacute;das a partir de 2003, e dois anos de car&ecirc;ncia. Essa ser&aacute; a proposta de alongamento que os agricultores endividados de Dourados e regi&atilde;o far&atilde;o ao Banco do Brasil na pr&oacute;xima semana. <br />Sobre esse d&eacute;bito dever&atilde;o ser aplicados juros de 3% ao ano ou o equivalente a 30% da taxa Selic, hoje em 12,5%, explicou ontem representante da comiss&atilde;o de agricultura do Sindicato Rural de Dourados, C&eacute;sar Roberto Dierings. <br />A decis&atilde;o foi tomada no come&ccedil;o da noite de quinta-feira, durante reuni&atilde;o com cerca de 200 produtores, reunidos no audit&oacute;rio do Sindicato Rural, para discutir as dificuldades de honrar os compromissos e tirar proposta &uacute;nica para ser encaminhada ao agente financeiro. <br />E os agricultores t&ecirc;m pressa para encaminhar o problema: no pr&oacute;ximo dia 15 vencem as parcelas do custeio 2006/2007 e duas da prorroga&ccedil;&atilde;o das safras anteriores. Isso significa que dever&atilde;o ser quitadas tr&ecirc;s presta&ccedil;&otilde;es de uma s&oacute; vez. <br />Na pr&oacute;xima ter&ccedil;a-feira, os agricultores ir&atilde;o entregar na ag&ecirc;ncia de agroneg&oacute;cios do Banco do Brasil em Dourados as cartas solicitando o alongamento da d&iacute;vida, alegando incapacidade financeira de pagar as parcelas. <br />Dierings disse que foi recomendado ao produtor &quot;pagar o que puder ao banco no dia 15&quot;, mas reconheceu que de 300 a 400 deles n&atilde;o poder&atilde;o honrar totalmente o d&eacute;bito de custeio e investimento. Em Dourados, foram assinados em torno de 650 contratos de custeio na &uacute;ltima safra de ver&atilde;o. <br />Durante a reuni&atilde;o dos produtores na quinta-feira, havia a informa&ccedil;&atilde;o de que o Banco do Brasil poderia retardar em 90 dias o pagamento das parcelas a vencer no dia 15 de junho, para a realiza&ccedil;&atilde;o da colheita do milho safrinha. Esse f&ocirc;lego extra daria um quadro mais claro de como ficaria a situa&ccedil;&atilde;o financeira do setor agr&iacute;cola regional. <br />Na reuni&atilde;o de ontem, em Cuiab&aacute;, do Conselho Deliberativo do FCO, a proposta de prorroga&ccedil;&atilde;o das d&iacute;vidas de investimentos dos agricultores estava na pauta de delibera&ccedil;&atilde;o. <br /></p>

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