Fala Produtor - Mensagem

  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 14/01/2010 23:00

    A CHINA É AQUI??? -- Acredito que poucos conheçam as leis da Republica Popular da China (China Comunista), um pais onde os preceitos dos DIREITOS HUMANOS não existem. Mas, o que nós cafeicultores brasileiros temos em comum com este assunto chinês??!!.

    Caros amigos cafeicultores, a justiça chinesa é implacável com a transgressão das leis, não poupando cidadãos comuns ou grandes personalidades do poderoso governo vermelho. Todos os tipos de crimes são punidos através de penas severas, que podem ser através de simples exposições públicas do condenado utilizando o famoso “SUPLICIO CHINES” (UM ANTIGO INSTRUMENTO DE TORTURA), amputações de membros (mãos, braços, orelhas etc), e finalmente a pena capital (pena de morte) aplicada através de fuzilamento em praça pública.

    Além disso, gostaria de esclarecer aos amigos que na justiça chinesa prevalece a seguinte premissa “TODOS SÃO CULPADOS, ATÉ SE PROVE O CONTRARIO”, desta forma, é muito comum que os acusados se tornem culpados e condenados com grande facilidade e sem muita burocracia, e as penas já citadas acima são aplicadas em regime de urgência.

    Todos que tiveram paciência e chegaram até este parágrafo poderão a partir de agora entender a ligação que pretendo demonstrar entre a justiça chinesa e a cafeicultura brasileira, mais precisamente, “ A GESTÃO DA POLITICA CAFEEIRA NACIONAL”.

    Apesar dos diferentes graus de crueldade física que existem nas penas aplicadas nos condenados chineses, existe algo em comum em todas elas, a crueldade psicológica e moral a qual é exposto tanto o condenado como seus familiares.

    Imaginem um condenado com sua cabeça e membros superiores presos a uma tábua, e obrigado a ficar em posição extremamente desconfortante por horas a fio em praça pública, sob sol escaldante ou frio extremo, e pregado a esta tábua uma placa explicando os motivos pelo qual o cidadão esta sendo punido, uma verdadeira vitrine dos horrores. Este tipo de pena é aplicada a pequenas infrações, como brigas, chingamentos, entre outras besteiras comuns ao nosso dia a dia.

    Para os condenados por furto, geralmente é aplicada a pena de amputação de membros para que todos os reconheçam como ladrões, e carreguem esta marca para o resto de suas vidas.

    Para os condenados por estupro, assassinato, e pasmem por CORRUPÇÃO, sobra a pena capital, e mesmo assim o condenado e sua família são expostos a situação cruel de ter que comprovar o pagamento do projétil (bala) que será utilizado para o cumprimento da pena. Portanto, o governo deixa bem claro que não gasta com este tipo de cidadão o dinheiro publico para sua execução e isto é de responsabilidade de sua família.

    Infelizmente, a cafeicultura nacional e seus defensores (cafeicultores) mesmo após pedir oficialmente que suas contas fossem abertas (quebra de sigilo bancário) para que estes pudessem provar a sua inocência e sua incapacidade de pagamento por anos de prejuízos, causados por motivos já exaustivamente explicados, foi julgada e condenada por um júri que mais deveria defende-la , O MINISTÉRIO DA FAZENDA, OS BANCOS, OS EXPORTADORES, AS TORREFAÇÕES (INDUSTRIA), O MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E ALGUMAS COOPERATIVAS. Fomos julgados no mais legitimo principio da justiça chinesa “CULPADOS ATÉ QUE PROVEM SUA INOCÊNCIA”, fomos condenados a passar dolorosamente e vergonhosamente pelas 3 penas citadas acima:

    1- A cafeicultura nacional foi condenada ao “Suplicio chinês” ficando em uma posição totalmente desconfortável (joelhos), perdendo o respeito e credibilidade perante o mercado, quando subalternos do Ministério da Agricultura e CONAB manipularam as estatísticas, permitindo assim o cálculo e divulgação de um preço mínimo para a saca de café (R$261,69) bem abaixo do preço de custo (R$300,00) defendido e preconizado pelo Ministro Reinhold Stephanes e pelo presidente do CNC Gilson Ximenes. Ambas autoridades, dias antes da divulgação deste vergonhoso preço mínimo já manifestavam e defendiam abertamente na imprensa um preço mínimo acima do custo de produção.

    2- A segunda pena foi aplicada à cafeicultura nacional, quando o governo através dos técnicos do Ministério da Agricultura e membros do grupo de trabalho criado pelo Sr. Reinhold Stephanes (ministro da Agricultura), conseguiram MELAR o objetivo maior dos leilões de opção, que era a alavancagem dos preços através da retirada de 3 milhões de sacas de café do mercado. Os meses de novembro, janeiro e março foram escolhidos propositalmente para a entrega dos cafés, anulando assim qualquer falta do produto no mercado, pois era de conhecimento de todos que o produtor não conseguiria segurar seu café logo após a colheita com tantos compromissos para cumprir (colheita, custeio de safra etc). Portanto, uma política que deveria nos ajudar a ter renda, transformou-se em uma estratégia de ancoragem de preços para os velhos “interessados de sempre”. Este golpe baixo amputou qualquer esperança de termos um ano melhor para a cafeicultura nacional, amputaram nossos braços e nossas pernas.

    3- A pena capital foi aplicada a cafeicultura nacional quando o governo através do ministério da agricultura e CONAB mostraram uma total falta de respeito e de profissionalismo ao atrasarem os pagamentos dos cafés entregues nos primeiros leilões, este ato foi o tiro de misericórdia que faltava para acabar com a credibilidade da política de café brasileira, como também com a credibilidade daqueles que se dizem responsáveis por conduzi-la. E, infelizmente como na pena chinesa cada cafeicultor pagou pela sua morte ao pagar o ágil para participar dos leilões, pagamos para MORRER!

    PARA NÓS CAFEICULTORES FICA A LIÇÃO DE QUE NÃO PASSAMOS DE MEROS CONDENADOS DURANTE TODOS OS MESES DE LUTA, E QUE INFELIZMENTE NOSSA SENTENÇA JÁ HAVIA SIDO DETERMINADA POR AQUELES QUE TRANSFORMARAM ESTE GRANDE “JURI CHINES”, EM UM “GRANDE NEGÓCIO DA CHINA PARA SEUS BOLSOS”!!!!

    SINCAL: CAFEICULTOR SEJA SENHOR DE SUA VIDA E DE SEU FUTURO NA CAFEICULTURA. SEJA SINCAL, O LEGITIMO REPRESENTANTE DOS CAFEICULTORES BRASILEIROS.

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