Respeito muito a opinião do sr. Nélson Luiz Piccoli, de Sorriso, MT, mas discordo em alguns pontos. Primeiro, não somos nós, agricultores, obrigados a encher o mundo de alimentos para que todo mundo sacie sua fome abaixo do custo de produção. Ao produzirmos mais do que a demanda estamos dando um tiro no pé, além de estarmos disperdiçando tempo, dinheiro e recursos naturais. Afinal, que função social tem uma montanha de milho a céu aberto que ninguém demonstra interesse e que está arriscada a tomar chuva e apodrecer? Quanto adubo, diesel, mão-de-obra, conhecimento estão embutidos nestas montanhas de milho? O empresário competente, bom gestor, não deve visar apenas a produtividade a qualquer custo, ela apenas é um dos componentes da renda. Devemos sim nos adequar à demanda e se esta demanda não for consistente, simplesmente diminuir a oferta de determinado produto. Agora concordo plenamente com o Sr.Picolli no tocante à nossa representatividade, mas esta não deveria unicamente visar o lobby junto ao órgãos governamentais, mas também a uma "macroorganização" da produção agrícola, incentivando ou desaconselhando a produção em função de fatores de mercado. Eu sei que é uma colocação arriscada e polêmica a que sugiro, mas não dá mais pra ficar apagando incêndio a toda hora.
Respeito muito a opinião do sr. Nélson Luiz Piccoli, de Sorriso, MT, mas discordo em alguns pontos. Primeiro, não somos nós, agricultores, obrigados a encher o mundo de alimentos para que todo mundo sacie sua fome abaixo do custo de produção. Ao produzirmos mais do que a demanda estamos dando um tiro no pé, além de estarmos disperdiçando tempo, dinheiro e recursos naturais. Afinal, que função social tem uma montanha de milho a céu aberto que ninguém demonstra interesse e que está arriscada a tomar chuva e apodrecer? Quanto adubo, diesel, mão-de-obra, conhecimento estão embutidos nestas montanhas de milho? O empresário competente, bom gestor, não deve visar apenas a produtividade a qualquer custo, ela apenas é um dos componentes da renda. Devemos sim nos adequar à demanda e se esta demanda não for consistente, simplesmente diminuir a oferta de determinado produto. Agora concordo plenamente com o Sr.Picolli no tocante à nossa representatividade, mas esta não deveria unicamente visar o lobby junto ao órgãos governamentais, mas também a uma "macroorganização" da produção agrícola, incentivando ou desaconselhando a produção em função de fatores de mercado. Eu sei que é uma colocação arriscada e polêmica a que sugiro, mas não dá mais pra ficar apagando incêndio a toda hora.