Crise – vamos tirar o “s” desta palavra.... e usar o verbo! (Vejam as duas ultimas páginas abaixo, sem falta...)
Como é que a Agricultura foi tão rápido do Céu para o Inferno? Simples de responder: O aludido céu era F A L S O , puro abobalhamento midiático! Ilusionismo!
Crise – seminário tendências consultoria – onde estamos e para onde vamos – SP dia 24.10.08
Estágios da crise – cenário internacional – Marcio Nakane:
1. sub-prime
2. contaminação resultados bancos EUA e União Européia
3. abalo mercado de crédito – diminuição sensível do fluxo de capitais ao Brasil faz o câmbio disparar
4. impacto na economia real
5. economias dos países emergentes começando a apresentar problemas acentuados ( Rússia, Islândia,África do sul etc.. )
6. tamanho impacto da crise nos emergentes depende do grau de recessão nos EUA e União Européia.
7. crescimento mundial em desaceleração ou recessão vau afetar o PIB Brasileiro
8. Bancos Europeus vão ser muito afetados também pela exposição a riscos que tiveram no mercado derivativos e economias emergentes.
Estágios da crise – cenário doméstico:
1. previsão tendências:
a. Cenário básico – crescimento PIB de 3,2 % em 2009 (ante os 5,4 de 2008) e em 2010 PIB retoma crescimento anterior a crise – tendências é mais otimista que outros cenaristas pois olha para os fatores que sustentam o crescimento do país está calcado no aumento da relação crédito/pib , mercado interno e índice de emprego , não havendo tendência de deterioração destes fundamentos .
b. Cenário Pessimista – crescimento do PIB em apenas 2,5% em 2009- Probabilidade de ocorrência do cenário pessimista aumentou , porém não existem sinais de derretimento da economia real mundo e no país.
2. análise das recentes medidas brasileiras para lidar com a crise:
a. medida provisória 443 – permissão para BB e Cef adquirir bancos privados:
i. existe algum banco privado com problema técnico que justifique esta permissão? Acreditam que não e se existisse o governo deveria fazer o que está sendo feito nos EUA e União Européia, isto é aumentar o seguro depósitos nos bancos.
ii. qual a motivação então? Aumentar a participação do setor público neste setor. Acreditam que sim , em função do viés político deste governo.
b. medida provisória 443 – permissão para Cef criar a CEF –Participações: A permissão para a CEF adquirir ou participar de empresas da construção civil é vista com antipatia pois existirá conflito de interesse , visto a CEF ser o maior financiador de crédito imobiliário do país e na hora de aprovar créditos poderia privilegiar imóveis destas empresas. Entendem que o BNDES é que deveria ser fortalecido para esta função através do BNDES PAR.
c. Giro de 10 bilhões para empresas independente do setor – entendem que esta função deveria ficar com o BB e CEF, portanto está havendo uma inversão de papéis.
i. Condições da linha de Crédito segundo Cláudio Bernardo:
1. prazo 12 meses
2. Selic + 1,1 aa + spread agente repassador para pequenas e médias empresas e Selic + 1,6%aa + spread do repassador para grandes empresas.
3. Setores que mais serão afetados pela crise no Brasil:
a. Aquelas que dependem mais de duas vendas para os EUA e Europa, bem como China no caso de commodities.
b. Empresas pequenas vão sofrer mais pela dificuldade de acesso a crédito ( aversão a risco de crédito pelos bancos neste momento e pela maior seletividade)
4. Cenário do dólar:
a. 1,95 no final de 2008
b. 1,90 no final de 2009
5. Empoçamento da liquidez nos grandes bancos- grandes bancos brasileiros estão muito líquidos e ao invés de emprestarem aos pequenos no interbancários preferem aplicar em títulos federais e operar de maneira seletiva no crédito.
Dinâmica Mundial segundo Samuel da Tendências consultoria
1. Antes da crise do sub-prime o mundo estava sob a égide de um fenômeno único de crescimento, mais importante inclusive que a revolução industrial. Isto acontecia devido a capacidade Chinesa de poupar cavalarmente 45% do seu PIB, poupança esta muito superior a capacidade chinesa de implementar investimentos produtivos nesta mesma proporção, gerando um enorme superávit que estava sendo aproveitado pelos EUA para financiar seus investimentos produtivos.Este ciclo está no fim? Quem sabe? A tendência é que perdure por no mínimo mais 10 anos, devendo ser retomado após o término da fase mais aguda da crise em andamento.Este ciclo provocou Queda de juros e aumento da commodities em função do acréscimo da demanda.
2. Causas da crise atual: A crise do sub-prime não foi causada pelo fenômeno acima e sim por elevada irresponsabilidade de emprestar para quem não tinha condições de pagar, embalada por apoio de coalizão política nos EUA e ganância dos criativos bancos de investimentos de Wall Streat através do refinanciamento múltiplo via derivativos. A crise continua e está se acentuando pois afetou os balanços dos bancos que por sua vez provocou crise de crédito.
3. Como a crise cruzou o equador? Via transações correntes que contaminam os demais países. A saída de capitais do Brasil foi muito superior a esperada, tendo sido muito influenciada pela quebra do Lehman Brothers que deu início a derrocada das bolsas mundiais.Antes desta crise, nos últimos 24 meses, as empresas brasileiras usavam 80 bilhões de linhas do exterior para se financiar. Estas linhas secaram e agora as empresas tem que se virar no mercado interno, o que está provocando aumento significativo dos spreads bancários.
4. Apesar de toda crise a china deve crescer 7% em 2009 no pior cenário, porém isto não é suficiente para recuperar 100% dos preços das commodities.
5. Como enfrentar esta crise:?
a. A crise em curso só acontece a cada 50 ou 100 anos e função do seu tamanho e por ser um fenômeno que não se repete, não existe a mínima possibilidade de criar-se modelos econométricos para prevê-las.Estamos no meio da fase mais aguda que já dura 30 dias e se o mundo conseguir sair desta fase aguda nos próximos 30 dias, o cenário de crescimento de 3,5% em 2009 pode se confirmar.A grande dúvida para 2009 no Brasil é como resolver a falta de financiamento das transações correntes.
b. Política Fiscal do atual governo, ao contrário do que é propalado por alguns não existe farra fiscal, pois a evolução dos gastos públicos em 2008 com salários e custeio tem sido menor que o crescimento do PIB, havendo superávit primário de 4% nos últimos 6 anos.
c. Choque de juros em curso: O Aumento da Selic contamina todo o resto da economia e se não parar o bicho vai pegar, pois conjugado com a crise de crédito para transações correntes, joga todas as taxas para cima, prejudicando a competitividade das empresas brasileiras.
6. Conclusões:
a. PIB deve crescer 3,2% em 2009 e a principal causa é a redução da oferta de crédito e é claro redução demanda /comércio internacional. No PIOR CENÁRIO O PIB CRESCE SOMENTE 2,5%. A probabilidade deste cenário pessimista ocorrer aumentou, pois os EUA e Europa já estão em recessão.
b. Consequentemente a tx de desemprego deve aumentar de 8 para 9 a 10 %.
c. Governo brasileiro não deverá editar medidas protecionistas pois não é recomendável, visto que o mercado não aceita e pode ser tiro no pé.Argentina adotou este caminho e está se dando mal.
d. A gangorra dos últimos anos deve continuar ou seja quando as commodities sobem o dólar cai e vice versa.Neste momento de crise a tendência é de valorização do dólar e queda das commodities.
e. O nível de emprego vai ser afetado fortemente
f. Muitas dúvidas ainda persistem sobre a reconstrução do sistema financeiro mundial - ninguém sabe como vai ficar.
g. O governo brasileiro vai tentar manter financiamentos do PAC para obter efeito anti-cíclico na economia que tem tendência de queda expressiva neste momento e isto tem objetivo de atenuar a crise.
h. A China deve manter sua capacidade de poupança de 40% do PIB e a grande incógnita é se ela vai ter capacidade de reverter esta poupança em investimentos produtivos , inclusive via agregação de mais tecnologia aos seus produtos.
i. O Brasil assim como os EUA que são economias que poupam pouco e por isso são muito dependentes de financiamento externo se não conseguirem reverter a tendência atual de fluxo vão ter na falta de crédito um dos principais fatores da redução do crescimento.
j. A Argentina , então sofrerá muito mais, pois além de tudo está com risco país em 1600 pontos que é nível de Calote ( novo) e é uma questão de tempo para a crise pegar pesado com o país vizinho, que além de tudo não faz investimento produtivo e investimento em infra-estrutura a muito tempo. Quem for muito dependente de vendas para este país deve se cuidar com diminuição do mercado e impagamento devendo cercar-se de garantias .
k. O preço das commodities tende a melhorar em 2009 devido a restrição de oferta mundial, devendo a recuperação ser iniciada no I semestre de 2009. Somente uma nova revolução verde poderá estabilizar os preços das commodities agrícolas. Esta revolução é improvável a curto prazo.O Brasil deve ser grande ganhador com esta tendência até a revolução verde acontecer. A revolução verde prevê a produção de biocombustíveis com produtos não alimentícios conforme teoria da nova revolução verde proposta pelo autor Thomas Friedman - vejam a matéria abaixo da última revista exame:
Um pacote verde ( revolução verde ) para sair da crise ?
16/10/2008
Em novo best-seller, o americano Thomas Friedman propõe que uma corrida tecnológica em busca de energia limpa seria capaz de reerguer os Estados Unidos
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Por Angela Pimenta
A combinação de uma das crises mais agudas de todos os tempos com as eleições presidenciais americanas aqueceu o debate sobre como o desastre atual poderia ter sido evitado. O novo best-seller do jornalista do The New York Times Thomas Friedman coloca lenha nessa discussão. Segundo ele, uma agenda verde teria evitado a atual bancarrota e a desmoralização internacional do país. Em vez de torrar trilhões de dólares na Guerra do Iraque e no mercado imobiliário nos últimos cinco anos, os Estados Unidos deveriam ter investido pesadamente em novas fontes de energia. O livro Hot, Flat and Crowded - Why We Need a Green Revolution and How It Can Renew America ("Quente, plano e congestionado - Por que precisamos de uma revolução verde e como ela pode renovar a América"), recém-lançado nos Estados Unidos, já chegou ao topo das listas de mais vendidos por lá. Na obra, que deverá ser publicada no Brasil em 2009 pela editora Objetiva, Friedman tenta demonstrar que ainda há tempo de iniciar essa revolução verde. Além de livrar o mundo dos efeitos do aquecimento global, essa busca poderia servir como uma versão do século 21 para o New Deal, o conjunto de políticas de estímulo econômico adotadas pelos Estados Unidos durante a Grande Depressão.
Há três anos, Friedman tornou-se mundialmente conhecido com o best-seller O Mundo é Plano, que vendeu cerca de 10 milhões de exemplares ao dissecar o fenômeno da globalização em linguagem acessível ao grande público.
Desde então, tanto em suas colunas de jornal quanto em freqüentes aparições no rádio e na TV americanos, ele tem batido na mesma tecla: a de que seu país enfrenta três desafios hercúleos.
Os dois primeiros - e mais evidentes - são o declínio econômico e o desprestígio internacional. Friedman destaca as tragédias climáticas, como furacões e enchentes causados pelo aquecimento global, como o terceiro problema a ser vencido.
Num planeta cada vez mais quente, plano e superpovoado, Friedman defende que os Estados Unidos - a despeito de todas as suas mazelas, que segundo ele resultam em boa parte de uma atuação desastrosa de George W. Bush - ainda representam a única nação do mundo apta a liderar uma revolução verde. Ele demonstra que o país seria um dos maiores beneficiados com a adoção da causa.
Além de evitar os efeitos catastróficos do aquecimento global, Friedman argumenta que essa bandeira pode mudar padrões indesejados de relações econômicas e geopolíticas ao longo das próximas décadas. Um bom exemplo são os atentados terroristas suicidas perpetrados por militantes fundamentalistas islâmicos. "Quem financia o terrorismo? Recursos vindos de ditaduras petrolíferas como a Arábia Saudita, hoje cada vez mais rica graças ao preço estratosférico do barril pago pelos americanos e o resto do mundo", afirma ele.
Uma mudança tecnológica, que tornasse o petróleo uma coisa do passado, poderia romper esse ciclo. A maior virtude do livro não está no diagnóstico do problema, e sim na agenda proposta por Friedman. Para dar conta de tamanha missão, ele foi buscar respostas com um time estelar de entrevistados, gente como o ex-cientista-chefe do Banco Mundial Robert Watson, o fundador da Microsoft, Bill Gates, o presidente mundial da General Electric, Jeffrey Immelt, e o ex-vice presidente americano Al Gore.
Segundo esse pessoal, para tornar um novo pacote verde possível, o governo americano deveria começar a taxar pesadamente a importação de petróleo, estabelecendo um piso para o barril. Tal política funcionaria assim: o Congresso aprovaria uma lei estabelecendo o preço do barril em 100 dólares. Sempre que a cotação internacional do petróleo caísse abaixo desse patamar, o governo americano cobraria uma sobretaxa - de modo a manter o preço em 100 dólares. A lógica é evitar que os investimentos em novas tecnologias substitutas esfriem no caso do petróleo se tornar mais competitivo. Essa taxa seria rateada entre o consumidor final e também pelos produtores - em forma de impostos de importação. A receita gerada pelo novo sistema, estimada por Friedman em alguns trilhões de dólares ao longo das próximas décadas, seria canalizada para institutos de pesquisa, universidades e empreendedores privados envolvidos com pesquisa de ponta em energia solar, eólica, motores elétricos e biocombustíveis.
Com medidas como essa, segundo Friedman, os Estados Unidos dariam um sinal exemplar ao mercado mundial, incentivando a adoção maciça de fontes limpas de energia e ao mesmo tempo penalizando os combustíveis fósseis, os maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa.
Para Jeffrey Immelt, da GE, é necessário que esse tipo de sinal seja claro e duradouro. "Os grandes investidores não irão fazer uma aposta multibilionária num mercado que dure apenas 15 minutos", afirma o executivo no livro. Num sistema capitalista, diz Friedman, não caberia ao governo decidir quais seriam as novas tecnologias vencedoras. Tal tarefa caberia às próprias lideranças científicas e ao setor produtivo, capazes de selecionar os projetos de novas fontes de energias mais promissores.
Friedman, aliás, condena a distorção gerada pela concessão de subsídios aos produtores de etanol de milho do Meio-Oeste americano. Tais subsídios seguiram critérios políticos - e acabaram afetando negativamente o mercado. No começo do ano, a expansão subsidiada da produção de etanol de milho causou um aumento repentino nas cotações globais do grão. O resultado foi uma gritaria de proporção mundial, que levou multidões às ruas da Indonésia ao México em protesto contra a inflação dos alimentos.
Friedman também se declara contrário às tarifas impostas pelos Estados Unidos à entrada do etanol brasileiro no país - embora não acredite que os biocombustíveis sejam uma alternativa suficiente para a substituição do petróleo em escala global. "Para um país como o Brasil, que tem uma quantidade tremenda de terra e grandes plantações de cana, os biocombustíveis fazem sentido", diz. "O mesmo pode ser verdade para outros países dos trópicos, da África ao Caribe."
Mas no caso de países de clima temperado Friedman sustenta que apenas uma nova geração de biocombustíveis, obtida de plantas não alimentícias e do lixo orgânico, possa se revelar bem-sucedida em larga escala.
Além de abordar a eficácia do etanol brasileiro, Friedman discute a expansão do agronegócio no Centro-Oeste e na Amazônia. Durante uma visita ao Pantanal, que ele descreve como uma Arca de Noé povoada por jacarés, araras-azuis, tucanos e emas, o autor se convenceu de que a região é uma das vítimas da globalização. O jornalista argumenta que o aumento da área plantada de soja na região tem contaminado os rios que alimentam o Pantanal com resíduos de fertilizantes e defensivos agrícolas. Friedman também condena o projeto dos governos brasileiro e peruano para fazer a rodovia Transoceânica, na selva Amazônica, que pretende ligar a capital do Acre, Boa Vista, ao porto de San Luis de Marcona, na costa peruana.
Longe de ser um militante xiita, Friedman advoga que seu pacote verde e a defesa da causa ecológica são a melhor resposta capitalista ao aquecimento global. "Se souber liderar uma genuína revolução verde, os Estados Unidos estarão cumprindo a mais ambiciosa missão já enfrentada pela humanidade em tempos de paz." E, de quebra, vão arrastar o país para fora da crise.
Crise – vamos tirar o “s” desta palavra.... e usar o verbo! (Vejam as duas ultimas páginas abaixo, sem falta...)
Como é que a Agricultura foi tão rápido do Céu para o Inferno? Simples de responder: O aludido céu era F A L S O , puro abobalhamento midiático! Ilusionismo!
Crise – seminário tendências consultoria – onde estamos e para onde vamos – SP dia 24.10.08
Estágios da crise – cenário internacional – Marcio Nakane:
1. sub-prime
2. contaminação resultados bancos EUA e União Européia
3. abalo mercado de crédito – diminuição sensível do fluxo de capitais ao Brasil faz o câmbio disparar
4. impacto na economia real
5. economias dos países emergentes começando a apresentar problemas acentuados ( Rússia, Islândia,África do sul etc.. )
6. tamanho impacto da crise nos emergentes depende do grau de recessão nos EUA e União Européia.
7. crescimento mundial em desaceleração ou recessão vau afetar o PIB Brasileiro
8. Bancos Europeus vão ser muito afetados também pela exposição a riscos que tiveram no mercado derivativos e economias emergentes.
Estágios da crise – cenário doméstico:
1. previsão tendências:
a. Cenário básico – crescimento PIB de 3,2 % em 2009 (ante os 5,4 de 2008) e em 2010 PIB retoma crescimento anterior a crise – tendências é mais otimista que outros cenaristas pois olha para os fatores que sustentam o crescimento do país está calcado no aumento da relação crédito/pib , mercado interno e índice de emprego , não havendo tendência de deterioração destes fundamentos .
b. Cenário Pessimista – crescimento do PIB em apenas 2,5% em 2009- Probabilidade de ocorrência do cenário pessimista aumentou , porém não existem sinais de derretimento da economia real mundo e no país.
2. análise das recentes medidas brasileiras para lidar com a crise:
a. medida provisória 443 – permissão para BB e Cef adquirir bancos privados:
i. existe algum banco privado com problema técnico que justifique esta permissão? Acreditam que não e se existisse o governo deveria fazer o que está sendo feito nos EUA e União Européia, isto é aumentar o seguro depósitos nos bancos.
ii. qual a motivação então? Aumentar a participação do setor público neste setor. Acreditam que sim , em função do viés político deste governo.
b. medida provisória 443 – permissão para Cef criar a CEF –Participações: A permissão para a CEF adquirir ou participar de empresas da construção civil é vista com antipatia pois existirá conflito de interesse , visto a CEF ser o maior financiador de crédito imobiliário do país e na hora de aprovar créditos poderia privilegiar imóveis destas empresas. Entendem que o BNDES é que deveria ser fortalecido para esta função através do BNDES PAR.
c. Giro de 10 bilhões para empresas independente do setor – entendem que esta função deveria ficar com o BB e CEF, portanto está havendo uma inversão de papéis.
i. Condições da linha de Crédito segundo Cláudio Bernardo:
1. prazo 12 meses
2. Selic + 1,1 aa + spread agente repassador para pequenas e médias empresas e Selic + 1,6%aa + spread do repassador para grandes empresas.
3. Setores que mais serão afetados pela crise no Brasil:
a. Aquelas que dependem mais de duas vendas para os EUA e Europa, bem como China no caso de commodities.
b. Empresas pequenas vão sofrer mais pela dificuldade de acesso a crédito ( aversão a risco de crédito pelos bancos neste momento e pela maior seletividade)
4. Cenário do dólar:
a. 1,95 no final de 2008
b. 1,90 no final de 2009
5. Empoçamento da liquidez nos grandes bancos- grandes bancos brasileiros estão muito líquidos e ao invés de emprestarem aos pequenos no interbancários preferem aplicar em títulos federais e operar de maneira seletiva no crédito.
Dinâmica Mundial segundo Samuel da Tendências consultoria
1. Antes da crise do sub-prime o mundo estava sob a égide de um fenômeno único de crescimento, mais importante inclusive que a revolução industrial. Isto acontecia devido a capacidade Chinesa de poupar cavalarmente 45% do seu PIB, poupança esta muito superior a capacidade chinesa de implementar investimentos produtivos nesta mesma proporção, gerando um enorme superávit que estava sendo aproveitado pelos EUA para financiar seus investimentos produtivos.Este ciclo está no fim? Quem sabe? A tendência é que perdure por no mínimo mais 10 anos, devendo ser retomado após o término da fase mais aguda da crise em andamento.Este ciclo provocou Queda de juros e aumento da commodities em função do acréscimo da demanda.
2. Causas da crise atual: A crise do sub-prime não foi causada pelo fenômeno acima e sim por elevada irresponsabilidade de emprestar para quem não tinha condições de pagar, embalada por apoio de coalizão política nos EUA e ganância dos criativos bancos de investimentos de Wall Streat através do refinanciamento múltiplo via derivativos. A crise continua e está se acentuando pois afetou os balanços dos bancos que por sua vez provocou crise de crédito.
3. Como a crise cruzou o equador? Via transações correntes que contaminam os demais países. A saída de capitais do Brasil foi muito superior a esperada, tendo sido muito influenciada pela quebra do Lehman Brothers que deu início a derrocada das bolsas mundiais.Antes desta crise, nos últimos 24 meses, as empresas brasileiras usavam 80 bilhões de linhas do exterior para se financiar. Estas linhas secaram e agora as empresas tem que se virar no mercado interno, o que está provocando aumento significativo dos spreads bancários.
4. Apesar de toda crise a china deve crescer 7% em 2009 no pior cenário, porém isto não é suficiente para recuperar 100% dos preços das commodities.
5. Como enfrentar esta crise:?
a. A crise em curso só acontece a cada 50 ou 100 anos e função do seu tamanho e por ser um fenômeno que não se repete, não existe a mínima possibilidade de criar-se modelos econométricos para prevê-las.Estamos no meio da fase mais aguda que já dura 30 dias e se o mundo conseguir sair desta fase aguda nos próximos 30 dias, o cenário de crescimento de 3,5% em 2009 pode se confirmar.A grande dúvida para 2009 no Brasil é como resolver a falta de financiamento das transações correntes.
b. Política Fiscal do atual governo, ao contrário do que é propalado por alguns não existe farra fiscal, pois a evolução dos gastos públicos em 2008 com salários e custeio tem sido menor que o crescimento do PIB, havendo superávit primário de 4% nos últimos 6 anos.
c. Choque de juros em curso: O Aumento da Selic contamina todo o resto da economia e se não parar o bicho vai pegar, pois conjugado com a crise de crédito para transações correntes, joga todas as taxas para cima, prejudicando a competitividade das empresas brasileiras.
6. Conclusões:
a. PIB deve crescer 3,2% em 2009 e a principal causa é a redução da oferta de crédito e é claro redução demanda /comércio internacional. No PIOR CENÁRIO O PIB CRESCE SOMENTE 2,5%. A probabilidade deste cenário pessimista ocorrer aumentou, pois os EUA e Europa já estão em recessão.
b. Consequentemente a tx de desemprego deve aumentar de 8 para 9 a 10 %.
c. Governo brasileiro não deverá editar medidas protecionistas pois não é recomendável, visto que o mercado não aceita e pode ser tiro no pé.Argentina adotou este caminho e está se dando mal.
d. A gangorra dos últimos anos deve continuar ou seja quando as commodities sobem o dólar cai e vice versa.Neste momento de crise a tendência é de valorização do dólar e queda das commodities.
e. O nível de emprego vai ser afetado fortemente
f. Muitas dúvidas ainda persistem sobre a reconstrução do sistema financeiro mundial - ninguém sabe como vai ficar.
g. O governo brasileiro vai tentar manter financiamentos do PAC para obter efeito anti-cíclico na economia que tem tendência de queda expressiva neste momento e isto tem objetivo de atenuar a crise.
h. A China deve manter sua capacidade de poupança de 40% do PIB e a grande incógnita é se ela vai ter capacidade de reverter esta poupança em investimentos produtivos , inclusive via agregação de mais tecnologia aos seus produtos.
i. O Brasil assim como os EUA que são economias que poupam pouco e por isso são muito dependentes de financiamento externo se não conseguirem reverter a tendência atual de fluxo vão ter na falta de crédito um dos principais fatores da redução do crescimento.
j. A Argentina , então sofrerá muito mais, pois além de tudo está com risco país em 1600 pontos que é nível de Calote ( novo) e é uma questão de tempo para a crise pegar pesado com o país vizinho, que além de tudo não faz investimento produtivo e investimento em infra-estrutura a muito tempo. Quem for muito dependente de vendas para este país deve se cuidar com diminuição do mercado e impagamento devendo cercar-se de garantias .
k. O preço das commodities tende a melhorar em 2009 devido a restrição de oferta mundial, devendo a recuperação ser iniciada no I semestre de 2009. Somente uma nova revolução verde poderá estabilizar os preços das commodities agrícolas. Esta revolução é improvável a curto prazo.O Brasil deve ser grande ganhador com esta tendência até a revolução verde acontecer. A revolução verde prevê a produção de biocombustíveis com produtos não alimentícios conforme teoria da nova revolução verde proposta pelo autor Thomas Friedman - vejam a matéria abaixo da última revista exame:
Um pacote verde ( revolução verde ) para sair da crise ?
16/10/2008
Em novo best-seller, o americano Thomas Friedman propõe que uma corrida tecnológica em busca de energia limpa seria capaz de reerguer os Estados Unidos
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Por Angela Pimenta
A combinação de uma das crises mais agudas de todos os tempos com as eleições presidenciais americanas aqueceu o debate sobre como o desastre atual poderia ter sido evitado. O novo best-seller do jornalista do The New York Times Thomas Friedman coloca lenha nessa discussão. Segundo ele, uma agenda verde teria evitado a atual bancarrota e a desmoralização internacional do país. Em vez de torrar trilhões de dólares na Guerra do Iraque e no mercado imobiliário nos últimos cinco anos, os Estados Unidos deveriam ter investido pesadamente em novas fontes de energia. O livro Hot, Flat and Crowded - Why We Need a Green Revolution and How It Can Renew America ("Quente, plano e congestionado - Por que precisamos de uma revolução verde e como ela pode renovar a América"), recém-lançado nos Estados Unidos, já chegou ao topo das listas de mais vendidos por lá. Na obra, que deverá ser publicada no Brasil em 2009 pela editora Objetiva, Friedman tenta demonstrar que ainda há tempo de iniciar essa revolução verde. Além de livrar o mundo dos efeitos do aquecimento global, essa busca poderia servir como uma versão do século 21 para o New Deal, o conjunto de políticas de estímulo econômico adotadas pelos Estados Unidos durante a Grande Depressão.
Há três anos, Friedman tornou-se mundialmente conhecido com o best-seller O Mundo é Plano, que vendeu cerca de 10 milhões de exemplares ao dissecar o fenômeno da globalização em linguagem acessível ao grande público.
Desde então, tanto em suas colunas de jornal quanto em freqüentes aparições no rádio e na TV americanos, ele tem batido na mesma tecla: a de que seu país enfrenta três desafios hercúleos.
Os dois primeiros - e mais evidentes - são o declínio econômico e o desprestígio internacional. Friedman destaca as tragédias climáticas, como furacões e enchentes causados pelo aquecimento global, como o terceiro problema a ser vencido.
Num planeta cada vez mais quente, plano e superpovoado, Friedman defende que os Estados Unidos - a despeito de todas as suas mazelas, que segundo ele resultam em boa parte de uma atuação desastrosa de George W. Bush - ainda representam a única nação do mundo apta a liderar uma revolução verde. Ele demonstra que o país seria um dos maiores beneficiados com a adoção da causa.
Além de evitar os efeitos catastróficos do aquecimento global, Friedman argumenta que essa bandeira pode mudar padrões indesejados de relações econômicas e geopolíticas ao longo das próximas décadas. Um bom exemplo são os atentados terroristas suicidas perpetrados por militantes fundamentalistas islâmicos. "Quem financia o terrorismo? Recursos vindos de ditaduras petrolíferas como a Arábia Saudita, hoje cada vez mais rica graças ao preço estratosférico do barril pago pelos americanos e o resto do mundo", afirma ele.
Uma mudança tecnológica, que tornasse o petróleo uma coisa do passado, poderia romper esse ciclo. A maior virtude do livro não está no diagnóstico do problema, e sim na agenda proposta por Friedman. Para dar conta de tamanha missão, ele foi buscar respostas com um time estelar de entrevistados, gente como o ex-cientista-chefe do Banco Mundial Robert Watson, o fundador da Microsoft, Bill Gates, o presidente mundial da General Electric, Jeffrey Immelt, e o ex-vice presidente americano Al Gore.
Segundo esse pessoal, para tornar um novo pacote verde possível, o governo americano deveria começar a taxar pesadamente a importação de petróleo, estabelecendo um piso para o barril. Tal política funcionaria assim: o Congresso aprovaria uma lei estabelecendo o preço do barril em 100 dólares. Sempre que a cotação internacional do petróleo caísse abaixo desse patamar, o governo americano cobraria uma sobretaxa - de modo a manter o preço em 100 dólares. A lógica é evitar que os investimentos em novas tecnologias substitutas esfriem no caso do petróleo se tornar mais competitivo. Essa taxa seria rateada entre o consumidor final e também pelos produtores - em forma de impostos de importação. A receita gerada pelo novo sistema, estimada por Friedman em alguns trilhões de dólares ao longo das próximas décadas, seria canalizada para institutos de pesquisa, universidades e empreendedores privados envolvidos com pesquisa de ponta em energia solar, eólica, motores elétricos e biocombustíveis.
Com medidas como essa, segundo Friedman, os Estados Unidos dariam um sinal exemplar ao mercado mundial, incentivando a adoção maciça de fontes limpas de energia e ao mesmo tempo penalizando os combustíveis fósseis, os maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa.
Para Jeffrey Immelt, da GE, é necessário que esse tipo de sinal seja claro e duradouro. "Os grandes investidores não irão fazer uma aposta multibilionária num mercado que dure apenas 15 minutos", afirma o executivo no livro. Num sistema capitalista, diz Friedman, não caberia ao governo decidir quais seriam as novas tecnologias vencedoras. Tal tarefa caberia às próprias lideranças científicas e ao setor produtivo, capazes de selecionar os projetos de novas fontes de energias mais promissores.
Friedman, aliás, condena a distorção gerada pela concessão de subsídios aos produtores de etanol de milho do Meio-Oeste americano. Tais subsídios seguiram critérios políticos - e acabaram afetando negativamente o mercado. No começo do ano, a expansão subsidiada da produção de etanol de milho causou um aumento repentino nas cotações globais do grão. O resultado foi uma gritaria de proporção mundial, que levou multidões às ruas da Indonésia ao México em protesto contra a inflação dos alimentos.
Friedman também se declara contrário às tarifas impostas pelos Estados Unidos à entrada do etanol brasileiro no país - embora não acredite que os biocombustíveis sejam uma alternativa suficiente para a substituição do petróleo em escala global. "Para um país como o Brasil, que tem uma quantidade tremenda de terra e grandes plantações de cana, os biocombustíveis fazem sentido", diz. "O mesmo pode ser verdade para outros países dos trópicos, da África ao Caribe."
Mas no caso de países de clima temperado Friedman sustenta que apenas uma nova geração de biocombustíveis, obtida de plantas não alimentícias e do lixo orgânico, possa se revelar bem-sucedida em larga escala.
Além de abordar a eficácia do etanol brasileiro, Friedman discute a expansão do agronegócio no Centro-Oeste e na Amazônia. Durante uma visita ao Pantanal, que ele descreve como uma Arca de Noé povoada por jacarés, araras-azuis, tucanos e emas, o autor se convenceu de que a região é uma das vítimas da globalização. O jornalista argumenta que o aumento da área plantada de soja na região tem contaminado os rios que alimentam o Pantanal com resíduos de fertilizantes e defensivos agrícolas. Friedman também condena o projeto dos governos brasileiro e peruano para fazer a rodovia Transoceânica, na selva Amazônica, que pretende ligar a capital do Acre, Boa Vista, ao porto de San Luis de Marcona, na costa peruana.
Longe de ser um militante xiita, Friedman advoga que seu pacote verde e a defesa da causa ecológica são a melhor resposta capitalista ao aquecimento global. "Se souber liderar uma genuína revolução verde, os Estados Unidos estarão cumprindo a mais ambiciosa missão já enfrentada pela humanidade em tempos de paz." E, de quebra, vão arrastar o país para fora da crise.