Fala Produtor - Mensagem

  • Telmo Heinen Formosa - GO 20/10/2008 23:00

    Incongruência informativa: Burocracia emperra crédito (Se LIBERAR geral, eis uma nova "subprime")

    Prezados Jornalistas "catastróficos" - Vamos PENSAR um pouco...

    Se a escassez mundial de alimentos relatada pela imprensa, apregoada por arautos de plantão, politicos e desinformados em geral for verdadeira, porque TEMER a falta de crédito nas nossas exportações, maioria de alimentos?

    Quem tem fome(sic?) como vocês dizem, vem comprar a VISTA se for necessário.

    Como não é necessário vir comprar a VISTA, significa que todas as papagaiadas em torno da escassez mundial de alimentos são falsas.

    Mantenho o meu DESAFIO a quem interessar possa que me PROVE ser capaz de consumir toda a COMIDA que a agricultura mundial lhe coloca à disposição. São cerca de 300 kg anuais de grãos + toda carne bovina obtida a pasto + todo pescado extrativo + todas as frutas do mundo + todas as verduras + toda mandioca e legumes + MEL + todo açúcar + SAL + todo leite, todo extrativismo, sem falar em cobras, lagartos, grilos etc... ao menos durante uma única semana/pessoa. Suinos, frangos e despesca não incluidos pois são meios ou formas para o homem consumir de outra maneira a sua quota anual de grãos.

    Por isso é muito mais correto preocupar-se com o que fazer, depois da "crise" (... desta fase de ajuste). Depois da tempestade vem a bonança ... ou a inundação?

    Há 100 anos, somente nos EUA existiam 3.000 fábricas de veiculos. Hoje existem duas: Ford e GM

    Em 2000 havia 5.000 empresas de internet no Vale do Silicio. mais de 4 mil já se foram...

    É isto que espera os Bancos e as Bolsas. Restarão poucos.... e poucas.

    Fundos de Investimento? Depois será a vez deles.

    Att, Telmo Heinen 58a, Eng. Agr. - Abrasgrãos - Formosa (GO)

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    JORNAL DO BRASIL - RJ

    Assunto: AGRICULTURA - SAFRAS

    Burocracia emperra crédito (Se LIBERAR geral, eis uma nova "subprime")

    Sem regulamentação de medidas do Banco Central, exportadores não obtêm recursos

    Leda Rosa, SÃO PAULO

    Exportar é cada vez mais difícil para os brasileiros. Na contramão dos últimos anos, nos quais o setor se expandiu em ritmo acelerado, a crise abala as vendas do país, especialmente os contratos a partir de janeiro de 2009. A safra de soja, terceira colocada entre as commodities mais vendidas em setembro, será afetada. O principal entrave é a escassez de linhas de crédito, especialmente as de adiantamento de contratos de câmbio (ACC), fonte de 30% do mercado. Os 70% restantes também foram impactadas na conjuntura da turbulência mundial. Mesmo com as reservas brasileiras avaliadas em mais de US$ 200 bi, os produtores seguem sem dólares ou reais, à espera que o Banco Central regulamente as medidas anunciadas.

    - As novas linhas secaram e as que já existiam seguem, mas quando vencem não são renovadas. O comércio exterior está quase parando - diz José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

    O desaparecimento de novos financiamentos para o comércio exterior hoje alcança 80% do mercado e começou em 15 de setembro, com a quebra do Lehman Brothers. E em 2009, o cenário pode piorar:

    - O problema vai começar a aparecer de fato nos embarques do primeiro trimestre de 2009, porque as operações deste ano, teoricamente, já foram contratadas e o exportador terá que cumprir o contrato, mesmo emprestando no mercado interno que hoje cobra custos de 14% a 16% contra os 4% a 5% antes da crise - diz Castro.

    A crise do crédito já afeta setores que trabalham com grande antecedência, como o de calçados, confeção, material de construção, autopeças, autopeças e móveis.

    - Nos bancos privados não há crédito, empréstimos só no Banco do Brasil, mas os recursos disponíveis não são suficientes para financiar a safra - diz Gilman Viana Rodrigues, secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas e presidente da Comissão Nacional de Comércio Exterior da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que congrega dois milhões de empresários rurais no país. No segundo semestre, o governo editou a medida provisória 432, que prevê a renegociação de R$ 75 bilhões em débitos da agricultura. O valor corresponde a apenas 33% da demanda de grãos.

    - A agricultura tem mais necessidade de planejamento. O produtor tem hora para plantar. Em setembro e outubro plantamos soja, um dos principais produtos da cesta de exportações, e milho, estratégico por ser alimento de outras cadeias produtivas, como aves. Estas safras serão afetadas pela falta de crédito - diz Rodrigues, que também reclama da demora. - A burocracia não pode impedir a exportação.

    A urgência do balizamento das linhas de crédito também é cobrada pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). - É necessário que o governo avance, coloque o suporte dado pelas reservas para funcionar - diz Júlio Gomes de Almeida, economista da entidade. Segundo ele, as reservas poderiam ser usadas em linhas emergencias através dos bancos nacionais. Ou utilizadas como lastro para empréstimos em bancos estrangeiros. Justamente a medida anunciada pelo BC no início do mês e até agora sem as regras necessárias para sua execução. Consultado, o BC não quis se pronunciar.

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