João Batista, a entrevista do Nery Ribas (Lucas do Rio Verde - MT), sobre o mercado de milho, em nada ajuda aos produtores... pelo contrario, deu mais munição para os compradores de milho relutar em aumentar os preços, ou forçar ainda mais sua baixa.
Vejamos: A produção de milho no Centro-Oeste é através da safrinha, ou seja, segunda safra, e seus custo realmente são menores, e porque não são feitas varias etapas da lavoura, o que é diferente do resto do país. O custo de produção por aqui, em MG, não é de R$ 17,00 por saco e sim de R$ 20,00 -- considerando que a nossa produção por hectare é sempre maior do que a deles, o que de fato realmente torna inviavel hoje o cultivo do milho..
Ainda quanto ao preço, que em MT ele aponta de R$ 11,00 a R$ 13,00, o Nery não levou em consideração de que o mercado consumidor de milho acontece aqui no Sudeste e o frete fica entre R$ 7,00 e R$ 9,00, e estes valores deveriam estarem embutidos no preço do milho dai, pois sempre foi feito esta análise. O mercado aqui hoje está pagando até R$ 22,00 em milho no silo-bolsa.
Caro João, fica ai uma correção e um alerta de que este tipo de entrevista só faz as coisas piorarem, pois o compradores de milho querem, na verdade, é pagar o menor preço possivel. Eles são avaliados pela rentabilidade que traz a suas empresas, ou seja, menos saida de dinheiro e mais entrada no repasse dos produtos, sendo tudo isto às custas do trabalho do produtor.
O que precisamos, na verdade, é termos uma Associação a nível nacional, que nos represente bem, e que o presidente desta associação seja um lider nacional, com penetração em todas as camadas, principalmente dentro do Governo, como tem o grupo dos sem-terra, sem-Teto, e outros. E que, quando ele falar, todos nós, aqui no campo, vamos endossar, assinar embaixo, dar forças e cumprir suas determinações. Veja o caso dos adubos: subiu um absurdo, pelos motivos já expostos que tivemos de acreditar e engolir, e agora a empresa-lider do segmento (que é a Bunge) vem com preços até R$ 300,00 a menos por tonelada..., então. todos aqueles motivos, como gargalo nos portos, falta de insumos no exterior, enchentes de minas e outros, de uma hora para outra foram todos resolvidos? Claro não!!! Fica claro, portanto, que tudo é manipulado, já que o setor do agronegocio está oligopolizado, na mãos de poucos.
João Batista, não tenho a menor dúvida de que as coisas não irão melhorar se não houver uma revolução dentro do nosso setor, se o produtor não enxergar que ele não vai a lugar nenhum enquanto nao se organizar. Se não enxergar de que os nossos fornecedores (principalmente os Bancos) estão organizados em Associações e Federações e unem forças para tirarem o máximo de nós, vamos sempre perder. Isto não é um crime, é a logica do negocio, quem tem mais argumentos vence.
João Batista, a entrevista do Nery Ribas (Lucas do Rio Verde - MT), sobre o mercado de milho, em nada ajuda aos produtores... pelo contrario, deu mais munição para os compradores de milho relutar em aumentar os preços, ou forçar ainda mais sua baixa.
Vejamos: A produção de milho no Centro-Oeste é através da safrinha, ou seja, segunda safra, e seus custo realmente são menores, e porque não são feitas varias etapas da lavoura, o que é diferente do resto do país. O custo de produção por aqui, em MG, não é de R$ 17,00 por saco e sim de R$ 20,00 -- considerando que a nossa produção por hectare é sempre maior do que a deles, o que de fato realmente torna inviavel hoje o cultivo do milho..
Ainda quanto ao preço, que em MT ele aponta de R$ 11,00 a R$ 13,00, o Nery não levou em consideração de que o mercado consumidor de milho acontece aqui no Sudeste e o frete fica entre R$ 7,00 e R$ 9,00, e estes valores deveriam estarem embutidos no preço do milho dai, pois sempre foi feito esta análise. O mercado aqui hoje está pagando até R$ 22,00 em milho no silo-bolsa.
Caro João, fica ai uma correção e um alerta de que este tipo de entrevista só faz as coisas piorarem, pois o compradores de milho querem, na verdade, é pagar o menor preço possivel. Eles são avaliados pela rentabilidade que traz a suas empresas, ou seja, menos saida de dinheiro e mais entrada no repasse dos produtos, sendo tudo isto às custas do trabalho do produtor.
O que precisamos, na verdade, é termos uma Associação a nível nacional, que nos represente bem, e que o presidente desta associação seja um lider nacional, com penetração em todas as camadas, principalmente dentro do Governo, como tem o grupo dos sem-terra, sem-Teto, e outros. E que, quando ele falar, todos nós, aqui no campo, vamos endossar, assinar embaixo, dar forças e cumprir suas determinações. Veja o caso dos adubos: subiu um absurdo, pelos motivos já expostos que tivemos de acreditar e engolir, e agora a empresa-lider do segmento (que é a Bunge) vem com preços até R$ 300,00 a menos por tonelada..., então. todos aqueles motivos, como gargalo nos portos, falta de insumos no exterior, enchentes de minas e outros, de uma hora para outra foram todos resolvidos? Claro não!!! Fica claro, portanto, que tudo é manipulado, já que o setor do agronegocio está oligopolizado, na mãos de poucos.
João Batista, não tenho a menor dúvida de que as coisas não irão melhorar se não houver uma revolução dentro do nosso setor, se o produtor não enxergar que ele não vai a lugar nenhum enquanto nao se organizar. Se não enxergar de que os nossos fornecedores (principalmente os Bancos) estão organizados em Associações e Federações e unem forças para tirarem o máximo de nós, vamos sempre perder. Isto não é um crime, é a logica do negocio, quem tem mais argumentos vence.
Saudações
JOSE WALTER DE OLIVEIRA
SACRAMENTO - MG