Fala Produtor - Mensagem

  • José Augusto Baldassari Franca - SP 06/05/2011 00:00

    Prezado Sr. deputado Aldo Rebelo, a "Pedra de Toque" da atualização do Código Florestal são as ÁREAS CONSOLIDADAS, áreas estas LEGAIS, pois foram abertas para o uso agrícolana ausência ou de acordo com a legislação vigente na época de sua implantação. O restante creio ser passivel de negociações, mas áreas consolidadas produtivas e legais, NÃO.

    Se as áreas consolidadas não forem respeitadas, todo este seu importante trabalho e sua discussão, lamentavelmente, não irá trazer a tão almejada segurança jurídica para o produtor rural brasileiro. Continuará tudo na mesma, com Ongs, Ministério Publico, Instituições oficiais e "oficiosas" podendo continuar "interpretando" a confusa legislação atual e infernizando a vida do cidadão-produtor rural como vem ocorrendo há décadas num crescente sem limites, e é justamente isto que desejam aqueles que querem, de todas as maneiras, obstacular a cadeia do agronegócio nacional, do qual o produtor rural é seu elo mais fraco.

    Esta é apreocupação basilar do produtor rural brasileiro, independente do tamanho de sua propriedade e/ou localização geografica. A estapafúrdia e até criminosa insistência em transformar áreas produtivas consolidadas em todo o país em inúteis "topetes de matas" nas propriedades, implicaria em um gasto exorbitante e desnecessario, gasto este que o universo dos produtores rurais, em todo o país, não teriam a mínima condição de bancar e cumprir. Implicaria ainda em uma brutal queda de produção de alimentos e energia, desapropriando "disfarçadamente" o produtor rural de seu suado e legitimo patrimônio e pior, reduzindo a sua renda, com todas as nefastas consequências socioeconômicas que virão junto com isto.

    Menos renda significa: menos impostos, menos vendas, menos empregos, alta dos preços de alimentos e energia, e por aí vai. Como exemplo, imaginemos isto ocorrendo aqui em nossa região, onde moro e trabalho, Ribeirão Preto, Guariba ou Orlândia: haveria uma redução de 20% do PIB agricola regional e uma drenagem de capital e renda diretamente inflingida ao produtor. Obviamente é algo sem sentido e retundaria num desastre socioeconomico.

    Agora analisemos isto em termos nacionais, por todo o Brasil. Não precisamos ser nenhum gênio sociológico ou economico para visualisar o tamanho do desastre.

    Quando falam em"Reserva Legal" é curioso notar que no Estado de São Paulo, Estado este do qual o senhor é nosso representante, segundo recente levantamento feito pela SAA/SP em 2010, temos no Estado 17% de matas naturais. Seria interessante verificar quais os percentuais existentes no restante dos Estados da União. Cito estes números como mais um argumento ante esta "exigencia" estapafurdia.

    Não existe nenhuma justificativa razoável para uma exigência insana desta proporção, isto seria totalmente contrário aos interesses do Brasil e também aos de outros países que precisam ou irão precisar de alimentos e energias renovaveis produzida por nós. Serão muitos estes países, basta ler e analisar os estudos da FAO sobre a necessidade de alimentos no mundo para os próximos trintas anos.

    Esperamos que nesta votação que se aproxima, prevaleça o bom senso e o que é justo. Chega de perseguir o produtor rural brasileiro, pois isto ocorre em nome de uma pseudo-defesa do "meio ambiente", sem nenhum respaldo tecnico convincente, mas, na realidade, a razão disto tudo são motivações de carater ideológico ou principalmente motivações comerciais, estas sabidamente pagas, organizadas e realizadas aqui por nossos concorrentes do exterior.

    Na espectativa de vosso posicionamento,

    envio-lhe, aqui da Franca, o meu abraço companheiro, agradecendo sua atenção.

    José Augusto Baldassari.

    Membro do Depto.do Meio Ambiente da Sociedade Rural Brasileira - SRB.

    Membro do Cons. de Administração da Cooperativa dos Produtores da Região de Orlândia -CAROL.

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