Fala Produtor - Mensagem

  • Carlos Mello palmeira das missões - RS 30/04/2011 00:00

    NOVO CÓDIGO FLORESTAL - É pulsante, urgente e imperiosa a necessidade de que se conscientize todos os nossos Deputados, Senadores e Ministros da República, e principalmente o Sr. deputado Aldo Rebelo (relator das proposições) de que em todo o território nacional, os nossos pequenos riachos e filetes d’água, córregos e arroios são os que mais necessitam de cuidado e proteção de no mínimo 30 metros de vegetação nativa em seu entorno. Eles estão sendo assoreados e/ou aterrados pelas erosões causadas pelo manejo de seus entornos e o não respeito a suas tão necessárias margens de proteção. Seria um absurdo ambiental e de uma imensa irresponsabilidade social caso diminuíssemos essa metragem como estão propondo.

    Estes frágeis mananciais, juntamente com seus banhados e/ou olhos d’água de cabeceiras, portanto suas nascentes, estão a caminho da extinção aqui no Rio Grande do Sul. Principalmente pelo uso de suas áreas de proteção para plantações de soja e/ou para a agropecuária de uma maneira geral. Portanto, a matriz produtiva de commodities agrícolas drenou e/ou confinou essas cabeceiras e estão não só destruindo nossas águas como envenenando-as. Pois a quantidade de veneno que usam nessas lavouras é algo totalmente insustentável caso não protegermos no mínimo nossos locais de produção de água. Portanto, impõem-se mudanças de atitudes a todos. Pois o grau de destruição de nossas Áreas de Preservação Permanentes deve no mínimo nos causar preocupação.

    Temos que evitar a destruição de nossos pequenos filetes d’água ou pequenos riachos, tão fundamentais para formarmos mananciais hídricos maiores e mais resistentes, estes sim poderíamos até diminuir um pouco as suas Áreas de Preservação Permanentes-APPs, dependendo do uso de seu entorno, mas nunca diminuir APPs de filetes d’água ou pequenos córregos e riachos com menos de 10 metros de tamanho e/ou largura.

    Temos sim é que ser criativos e inovadores para fazermos compensação financeira juntamente com um Crédito Rural facilitado, pleno e eficaz, e medidas estruturantes no sentido de termos uma matriz produtiva realmente sustentável, social, financeira e ambientalmente saudável para a agricultura familiar e/ou pequena-média propriedade, mas jamais abrirmos mão de nossas Áreas de Preservação Permanentes. Estas áreas são fundamentais pra produzirmos água, tanto superficiais como subterrâneas, produzirmos biodiversidade e também mantermos uma saudável umidade relativa do ar que respiramos, entre outros fatores de extrema qualidade ambiental. Temos que protegê-las e conservá-las.

    Portanto: É Desastroso considerarmos como áreas consolidadas para uso da agropecuária nossos mosaicos de olhos d’água e/ou banhados de cabeceiras e suas Áreas de Preservação Permanente (50 metros), ou as Áreas de Preservação Permanentes de pequenos cursos d’água (30 metros) e também de nossos reservatórios hídricos (50 a 100 metros). Temos que recuperá-las urgentemente.

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