A comunicação dos agroquímicos, por José Luiz Tejon Megido

Publicado em 02/09/2016 12:03
José Luiz Tejon Megido é Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rádio Jovem Pan.

O monitoramento de redes sociais passa a ser fundamental na gestão de todo agronegócio e de setores do agro. Um relatório da NetNexus, que monitora todo o agronegócio nas redes sociais, revela que 84% das reverberações sobre agrotóxicos são negativas. Estas refletem a medição de menções ao agro referentes à última semana, e dentre elas se destacam, por exemplo, um estudo da Universidade do Ceará que atribui o aumento de casos de câncer em jovens que  foram expostos aos agroquímicos, outra sobre aves na Antártica com a presença de pesticidas no sangue, e uma publicação do Ministério da Agricultura e Pecuária que mostra os Estados mais contaminados do Brasil.

Muito bem, há três semanas os agrotóxicos contavam com 83% de reverberações negativas e na penúltima a proporção aumentou para 84%. O único aspecto positivo nas redes sociais sobre os agrotóxicos foi a notícia que coloca Minas Gerais como o Estado que possui o maior número de centrais para recolhimento de embalagens de defensivos.

O que você faria se sua categoria de negócio estivesse classificada com 84% de reverberações negativas nas redes sociais? Está na hora dos dirigentes das empresas agroquímicas compreenderem que, ou se comunicam ou tomam uma iniciativa institucional educadora e de diálogo com a sociedade. Caso contrário, essa negatividade toda pode sim, ser um câncer legítimo contra o setor, e uma mácula para a imagem do agronegócio brasileiro como um todo.

Está na hora do setor agroquímico, como prefiro chamar, aprender e saber se comunicar com a sociedade em geral, pois sem agroquímico não faremos agro comida, agro energia, agro fibras, agro proteínas e hortifruticultura.

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CCAS

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