Dia Mundial do Algodão: tecnologias transformam pluma brasileira na maior do mundo

Publicado em 04/10/2024 10:50
* Cristiane Delic, Líder do Portfólio de Algodão e Lisane Castelli, Líder de Algodão da Corteva Agriscience.

Neste 7 de outubro, em que celebramos o Dia Mundial do Algodão, temos muitos motivos para comemorar, principalmente, o cotonicultor, que trabalha diariamente para produzir a melhor pluma do mundo. Na safra 2023/24, o setor levou o Brasil ao posto de maior produtor com uma colheita de 3,7 milhões de toneladas, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em uma área plantada de 1,99 milhão de hectares, de acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). Além disso, o país já é consolidado como o maior produtor e exportador global de algodão responsável, com 1,98 milhão de toneladas certificadas, também segundo o órgão. 

Olhando pelo retrovisor, até os anos 1990, quando o cultivo era de pouca escala, baixa tecnologia e impactado seriamente pela principal praga, o bicudo, não poderíamos imaginar que em 30 anos haveria um salto gigante na cadeia da pluma. Hoje, temos um protagonismo mundial graças ao produtor de algodão, que apostou na cultura e nas ferramentas essenciais: de biotecnologia, passando pelo tratamento de sementes, até os defensivos químicos e biológicos que estão chegando. Tudo isso para produzir o melhor algodão do mundo com qualidade, sustentabilidade, produtividade e rentabilidade. 

Sabemos que o cultivo do algodão não é fácil e que exige muita tecnologia, principalmente, no manejo das pragas e doenças, já que foram elas que devastaram as plantações do país em décadas passadas e nos tornaram até importadores da pluma durante um grande período. Mas hoje, podemos deixar os percalços na história e entender como está sendo a trajetória de crescimento e exemplo mundial. Tudo começa com pesquisa e desenvolvimento de inovações que vêm sendo as propulsoras da cultura.  

Entre os exemplos, evoluções tecnológicas, podemos começar citando a biotecnologia que vai dentro da semente, o principal bem do produtor. Hoje, ela já oferece proteção às lagartas durante todo o ciclo da cultura. Outra ferramenta aliada é o tratamento da semente, que proporciona o controle dos nematoides na raiz da planta. Ainda há o pacote de herbicidas, inseticidas e fungicidas, que auxiliam no controle de plantas daninhas, insetos e fungos que impactam a lavoura. 

Não é só porque atingimos grandes conquistas na cadeia mundial do algodão que a pesquisa e desenvolvimento das tecnologias param. Elas seguem e em ritmo intenso, pois hoje o foco é atender às necessidades que os produtores enfrentam no campo. Neste caminho, ainda temos os insumos biológicos, que devem seguir com o manejo equilibrado com os químicos, além do lançamento de mais soluções para seguir protegendo a pluma mais famosa do mundo: a brasileira. 

A safra 2024/25 vem aí e o algodão deve seguir entre os destaques da nossa produção. Segundo a 12ª edição da “Perspectivas para a Agropecuária - Safra 2024/25”, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área da nova temporada deve ser de 2.007 mil hectares, alta de 3,2% em relação à safra 2023/24. Já a produção deve bater 3,68 milhões de toneladas, crescimento de 1,1% na comparação com o período anterior. No Dia Mundial do Algodão, não nos faltam motivos para celebrar. É evolução em produção, sustentabilidade, rastreabilidade e tecnologias, tudo para seguir maximizando a produtividade da cultura e o protagonismo do agronegócio brasileiro e de sua pluma, que já está presente em todo o mundo. 

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Fonte:
Cristiane Delic

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