O paradoxo da seca nos EUA e a queda dos preços das commodities, por Prof. Aluizio Borem

Publicado em 03/07/2023 09:07

Prece um complô: os especuladores de preços e o clima conspiraram para pressionar os produtores rurais. Em um cenário de seca e temperaturas altas no Cinturão do Milho comprometendo o rendimento do milho e soja os preços continuam caindo. Os contratos futuros de milho caíram quase 13% na última semana, de US$ 6,37 por bushel em 26 de junho para US$ 5,55 em 30 de junho.

Esta é a seca mais intensa a atingir o cinturão agrícola do meio oeste dos EUA desde 2012, ameaçando o potencial de rendimento das culturas na região de maior produção de milho e soja dos Estados Unidos. Mais de 89% de Iowa, o maior estado produtor de milho e segundo maior da soja, e quase 93% de Illinois, o maior produtor de soja e segundo maior produtor de milho, estão sob seca moderada ou severa. No momento, cerca de 45% do Cinturão de Milho é onde estão as principais preocupações estão.

Há um antigo ditado americano relacionando a altura do milho e o Dia da Independência americana que diz By fourth of July corn should be knee high, isto é: Até 4 de julho o milho deve estar à altura do joelho. Se não houver mais umidade a partir de agora, será um desastre.  Apesar dos produtores terem feito a parte que lhes competia plantando na horta certa e com as melhores tecnologias, agora cabe à natureza trazer a chuva.

Apesar de todas as pressões os produtores americanos continuam otimistas sobre a chuva chegar e a capacidade do milho se recuperar.

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Por:
Prof. Aluizio Borem

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