Como os microrganismos podem resolver os desafios dos fertilizantes, por Prof. Aluizio Borem

Os agricultores dependem de fertilizantes para garantir altos rendimentos necessários para atender à demanda global de alimentos. Grande parte da produção de fertilizantes depende de gás natural ou carvão. Para os produtores, os custos dos fertilizantes também podem ser caros porque são baseados na disponibilidade de commodities, incluindo nitrogênio, fósforo, potássio e gás.

Tudo isso estimulou uma busca por alternativas aos fertilizantes minerais que agora começa a dar resultados. Pesos pesados do agronegócio, incluindo Bayer, Corteva e ADM, e muitas startups estão desenvolvendo soluções para reduzir o uso de fertilizantes convencionais, incluindo microrganismos, resíduos orgânicos reciclados e outros substitutos livres de produtos químicos e de baixa emissão.

Muitas multinacionais estão apoiando startups que aproveitam capacidade dos microrganismos para ajudar as plantas a absorver nutrientes já existentes no solo. Entre elas está a Sound Agriculture Co., uma empresa de Emeryville, Califórnia, que fabrica estimulantes para microrganismos. Seu produto, chamado Source, ajuda os microrganismos a aproveitar mais nitrogênio atmosférico e convertê-lo em uma forma utilizável para as plantas e também a solubilizar o fosfato no solo.

Os fundos de risco injetaram US$ 10,5 bilhões em tecnologia agrícola em 2021, um aumento de 58% em relação a 2020, e é provável que 2023 ocorra um recorde direcionado à comercialização de mais tecnologia agrícola, estimam os especialistas.

A Corteva informa que seu produto em pó chamado Utrisha N melhora o uso de nitrogênio ajudando as plantas a fixar o nitrogênio do ar e convertê-lo em amônia, uma forma de nitrogênio que as plantas podem usar. A ADM está trabalhando para desenvolver um produto que não exija processamento químico e tenha uma pegada de carbono menor do que os fertilizantes convencionais.

À medida que mais empresas se esforçam para encontrar soluções para problemas climáticos e mais dinheiro é investido na questão, maiores são as chances de termos uma agricultura mais sustentável, resultando na produção de mais alimentos e com menos impacto ambiental.

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