Artigo/ACCS: 63 anos de apoio ao suinocultor
*por José Zeferino Pedrozo, Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC)
Fundada há 63 anos, a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) exerce um reconhecido papel na valorização da suinocultura, tornando-a indutora do desenvolvimento econômico em importantes regiões do território barriga-verde.
Santa Catarina detém a maior, a melhor e a mais desenvolvida suinocultura do país, produz cerca de 12 milhões de cabeças por ano e responde por mais de 40% dos abates industriais do País, hoje, na ordem de 34.000 suínos por dia. Situam-se em Santa Catarina os maiores conglomerados agroindustriais. O estado é responsável por 57% das exportações brasileiras de suínos. Esses números ganham expressão quando cotejados com a pequena base territorial: Santa Catarina representa apenas 1,12% do território nacional.
A capacitação técnica dos criadores – através de iniciativas do Senar/SC e muitas delas com apoio da ACCS – profissionalizou o campo. A pesquisa científica ofereceu material genético de alta qualidade, a expansão e o aperfeiçoamento da nutrição animal proporcionaram rações que otimizaram a produtividade.
Sempre com o apoio da ACCS, as cooperativas e as agroindústrias, a zootecnia, a medicina veterinária e a engenharia oportunizaram criatórios adequados, técnicas avançadas, máquinas, implementos e equipamentos de manejo para tornar absolutamente racional e produtiva a suinocultura.
O controle sanitário e a proteção ambiental são as prioridades permanentes. Livre de zoonoses e epizootias, Santa Catarina conquistou o status de área livre de aftosa sem vacinação junto à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), condição privilegiada que a credenciou a disputar os mais exigentes mercados do planeta.
O Estado lidera as exportações de carne suína e a prospecção de novos mercados e há mais de duas décadas firmou-se competitivamente no cenário mundial da carne.
Por outro lado, os cuidados ambientais tornaram-se fatores determinantes no planejamento, na aprovação e na execução de empreendimentos suinícolas. Tratamento e destinação de dejetos, proteção das fontes de água e eliminação da poluição das águas superficiais tornaram-se absoluta prioridade.
A suinocultura impediu a estagnação econômica da maior parte dos municípios e da alta dependência das atividades geradas pelo setor primário, acentuada erosão, a baixa produtividade dominante, o baixo uso de práticas conservacionistas, a escassa rede de armazenagem e a pouca utilização de insumos.
A ACCS cumpre com êxito a missão de fomentar e proteger a suinocultura em razão de seus componentes sociais e econômicos, eis que está presente em grande parte dos municípios, tornando-se uma das principais atividades do setor primário da economia catarinense. Encontra-se desde a minúscula unidade microfundiária de alguns poucos hectares até a grande e tecnologicamente sofisticada. Merece cumprimentos o presidente Losivanio de Lorenzi, sua diretoria e associados, bem como todos os dirigentes que o precederam no comando dessa importante entidade do agronegócio brasileiro.
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