Fundação Agrisus: Produção de soja e milho cultivados sobre diferentes coberturas

Publicado em 05/01/2015 10:21
Por Wander Luis Barbosa Borges, Rogério Soares de Freitas, Gustavo Pavan Mateus, Marco Eustáquio de Sá e Marlene Cristina Alves

RESUMO - O sistema de semeadura direta constitui uma importante técnica para a manutenção e recuperação da capacidade produtiva de solos manejados convencionalmente e de áreas degradadas. O objetivo do trabalho foi avaliar a produção de soja e milho sobre a palhada de cinco plantas de cobertura e vegetação espontânea. Os experimentos foram instalados em Votuporanga, SP e Selvíria, MS, em março de 2008, após o preparo convencional do solo. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições, utilizando as seguintes plantas de cobertura em diferentes gastos de sementes por hectare que constituíram os tratamentos: Sorghum bicolor: 6; 7 e 8 kg ha-1, Pennisetum americanum: 10; 15 e 20 kg ha-1, Sorghum sudanense: 12; 15 e 18 kg ha-1, híbrido de S. bicolor com S. sudanense: 8; 9 e 10 kg ha-1, Urochloa ruziziensis: 8; 12 e 16 kg ha-1. Também se utilizou um tratamento controle com vegetação espontânea. Após o manejo dascoberturas, no primeiro ano de estudo foi semeada a soja e no segundo ano semeou-se o milho, ambos em sistema de semeadura direta. Avaliou-se a matéria seca acumulada pelas diferentes coberturas, e as características agronômicas da soja e do milho. Concluiu-se que as diferentes coberturas mostraram-se como boas opções de plantas de cobertura antecessoras à cultura da soja em Votuporanga, SP e a cultura do milho em Selvíria, MS, e que os diferentes gastos de sementes utilizados para cada planta de cobertura propiciaram diferenças em relação às características agronômicas das culturas da soja e do milho.

INTRODUÇÃO

O sistema de semeadura direta, sistema conservacionista de manejo do solo, que mantém os resíduos culturais em sua superfície, constitui uma importante técnica para a manutenção e recuperação da capacidade produtiva de solos manejados convencionalmente e de áreas degradadas (BERTIN; ANDRIOLI; CENTURION, 2005; CAIRES et al., 2006). No entanto a diminuição das operações agrícolas não é suficiente para evitar a compactação ou para minimizá-la (GONÇALVES et al., 2006).

O sucesso do sistema de semeadura direta depende da manutenção de cultivos capazes de gerar quantidades de matéria seca suficientes para manter o solo coberto durante todo o ano, o que significa que áreas destinadas às culturas de primavera-verão não devem permanecer em pousio durante o inverno, sendo necessário o uso de rotação de culturas, com a inclusão de plantas de cobertura (AMARAL; ANGHINONI; DESCHAMPS, 2004; ANDREOTTI et al., 2008; CERETTA et al., 2002b).

Porém, a formação e manutenção de cobertura morta é um dos principais entraves ao estabelecimento do sistema de semeadura direta nos trópicos, onde as altas temperaturas, associadas à umidade adequada, promovem a decomposição rápida dos resíduos vegetais, e a cobertura morta resultante dos restos culturais e de plantas daninhas, geralmente é insuficiente para a plena cobertura do solo (STONE et al., 2006).

Leia o artigo na íntegra no site da Fundação Agrisus

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Fundação Agrisus

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