Feijão: Com preços altos os especuladores desapareceram e o varejo está mais cauteloso
A pouca procura por ofertas em Minas e em Goiás ontem levou os produtores a imaginarem que os compradores estejam agindo de maneira combinada, se retirando do mercado.
Mas é extremamente improvável qualquer combinação dos empacotadores.
Alguns motivos podem ser ponderados e, entre eles, estão o fato de que estão muitas vezes disputando cada centímetro nas prateleiras, entre muitos jamais há acordos e, dentro de uma mesma cidade, mal se conhecem. Entre os empacotadores, há pequenos, médios e grandes, com perfis econômicos e culturais muito diferentes.
Os produtores colocaram como mínimo R$ 400,00 e, muitas vezes, quando as ofertas chegam neste patamar, recusam a oferta e pedem acima destes níveis.
Um ou outro comprador de uma marca que consegue ter uma margem maior acaba comprando um pequeno volume de mercadoria super extra e deixa a sensação de que poderá virar referência no mercado, o que nem sempre acontece.
Porém, se os preços estivessem mais baixos, ao redor de R$ 300,00, teríamos também a atividade dos especuladores, e outros compradores que agiriam como atravessadores, comprando para depois vender, contribuindo para um ritmo mais ativo neste período e depois vendendo aos empacotadores.
Contudo, com os altos preços, desaparecem os apostadores e atravessadores e ainda surge o varejo muito cauteloso, pois aposta mais em baixa do que novas altas.
Outro fator é que realmente a comercialização está muito lenta no varejo para todos os produtos. Grande parte das empresas está pagando seus colaboradores somente no último minuto regulamentar.
Em São Paulo, na região do Brás, houve oferta de 22.000 sacas e sobravam 18.000 às 7h30. Os preços praticados foram: R$ 410,00 para o nota 9/9,5, R$ 400,00 para o nota 8,5 e R$ 390,00 para o nota 8.
Para saber mais sobre o mercado de feijão acesse o site do IBRAFE
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