Café: Semana foi negativa para os negócios e poucos produtores estavam dispostos a vender
A segunda semana de 2018 foi negativa para os negócios de café. A ICE Futures US trabalhou em baixa e os contratos de café com vencimento em março próximo acumularam perdas de 620 pontos. Com Nova Iorque trabalhando no negativo e a cotação do dólar cedendo frente ao real, o mercado físico brasileiro permaneceu calmo com poucos produtores dispostos a vender o que resta de suas colheitas nas bases oferecidas pelos compradores. O volume de negócios fechados foi pequeno, com muitos cafeicultores adiando suas primeiras vendas do ano, aguardando um cenário mais favorável.
O que todos procuram calcular é quanto resta de café de nossa safra 2017/2018 para ser comercializada neste segundo semestre do ano safra brasileiro. No próximo dia 16, terça-feira, o CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil divulgará o relatório final das exportações brasileiras de café em dezembro último e no ano de 2017. Só aí teremos os dados oficiais de nossas exportações de café no segundo semestre de 2017, primeiro semestre do ano safra 2017/2018.
Com os dados já disponíveis é possível afirmar que as exportações brasileiras de café entre julho e dezembro de 2017 totalizaram aproximadamente 15,5 milhões de sacas. No meso período, pelos números divulgados pela ABIC, o consumo interno brasileiro utilizou 11 milhões de sacas. Portanto já desapareceram 26,5 milhões de sacas de nossa safra 2017/2018, de ciclo baixo.
Quanto ao total produzido em 2017/2018, o último levantamento da CONAB, de dezembro de 2017, estimou a produção brasileira de café em 44,97 milhões de sacas, sendo 34, 25 milhões de sacas de arábica e 10,72 milhões de sacas de conilon. Os números da CONAB costumam ser objeto de discussões e contestações, mas as contestações nos pareceram menores este ano. Utilizando os números da CONAB restariam no Brasil no final de dezembro 18,47milhões de sacas de café.
No primeiro semestre de 2018 precisaremos de 15 milhões de sacas para manter o mesmo ritmo de exportação do segundo semestre de 2017 e 11 milhões de sacas para o consumo interno. Serão 26 milhões de sacas. Mesmo que os números da CONAB estejam baixos como estimam alguns analistas e já possamos em maio e junho utilizar algum conilon 2018 para o consumo interno, a situação parece apertada. Essa é a razão dos compradores ficarem chamando a atenção para a safra brasileira 2018/2019 de ciclo alto. Precisam convencer os produtores a venderem mais rápido e barato o restante da atual safra brasileira 2017/2018.
Até dia 10, os embarques de janeiro estavam em 308.692 sacas de café arábica, 1.718 sacas de café conilon, mais 22.242 sacas de café solúvel, totalizando 332.652 sacas embarcadas, contra 412.314 sacas no mesmo dia de dezembro. Até o mesmo dia 10, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em dezembro totalizavam 847.896 sacas, contra 790.661 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 5, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 12, caiu nos contratos para entrega em março próximo 620 pontos ou US$ 8,20 (R$ 26,31) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 5 a R$ 549,33 por saca, e hoje dia 12, a R$ 518.77 por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 55 pontos.
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