Café: Mercado físico brasileiro foi mais movimentado e volume de negócios foi maior que nas últimas semanas
O mercado de café apresentou-se mais ativo esta semana. As cotações oscilaram dentro de um intervalo menor na ICE em Nova Iorque e os contratos com vencimento em dezembro próximo fecham a semana acumulando alta de 360 pontos. Já o dólar cedeu perto de um por cento frente ao real. O mercado físico brasileiro foi mais movimentado. Com a aproximação do final do ano, compradores e vendedores começam a mostrar mais disposição para fechar negócios e os preços melhoraram ligeiramente. O volume de negócios fechados foi maior que nas últimas semanas.
Ontem o CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil divulgou as exportações brasileiras de café em outubro último. Elas ficaram em 2 747 mil sacas, recuando 18% em relação a outubro de 2016. Faltam apenas dois meses para encerrarmos o ano e já está claro que o melhor resultado que podemos almejar para 2017 é acumularmos embarques entre 30 e 31 milhões de sacas. Mesmo para alcançarmos este patamar teremos de exportar ao redor de três milhões de sacas por mês em novembro e dezembro, volume até agora não alcançado em nenhum mês deste ano. Em 2016 embarcamos 34,2 milhões e em 2015 alcançamos nosso recorde histórico: 37 milhões de sacas de 60 kgs. O esforço para atingirmos nosso recorde histórico em 2015 (o maior volume embarcado em um ano desde nossa primeira exportação de café em meados do século 18) e o bom resultado em 2016, ao mesmo tempo em que os cafezais do sudeste brasileiro acumulam três anos seguidos de problemas climáticos (2015, 2016 e 2017) esgotaram pela primeira vez os estoques brasileiros de café arábica. Os oficiais zeraram e na iniciativa privada apenas alguns cafeicultores mais capitalizados ainda têm alguns lotes de arábica da safra 2016. Daqui para frente teremos de cumprir os embarques com o resta de nossa colheita 2017.
A 3 Corações, maior empresa de industrialização de cafés do Brasil, deve dar continuidade ao movimento de fusões e aquisições visto nos últimos anos. A 3 Corações tem conseguido manter uma média em torno de uma aquisição por ano. A última grande operação ocorreu em 2016, com a compra das marcas de varejo de café e derivados da Cia. Iguaçu. A aquisição a tornou vice-líder no mercado brasileiro de café solúvel. Em 2016 a 3 Corações obteve faturamento bruto de R$ 3,6 bilhões, e estima chegar a R$ 4,1 bilhões neste ano (fonte: InfoMoney/Bloomberg).
O consumo de café cresce no Brasil e no mundo, com destaque para os países asiáticos.
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou que no último mês de outubro foram embarcadas 2.747.367 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 18 % (615.697 sacas) menos que no mesmo mês de 2016 e 13 % (320.049 sacas) mais que no último mês de setembro. Foram 2.468.647 sacas de café arábica e 16.592 sacas de café conilon, totalizando 2.485.239 sacas de café verde, que somadas a 261.062 sacas de solúvel e 1.066 sacas de torrado, totalizaram 2.747.367 sacas de café embarcadas.
Até dia 7, os embarques de novembro estavam em 302.656 sacas de café arábica, mais 27.165 sacas de café solúvel, totalizando 329.821 sacas embarcadas, contra 273.950 sacas no mesmo dia de outubro. Até o mesmo dia 7, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 566.968 sacas, contra 522.546 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 3, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 10, subiu nos contratos para entrega em dezembro próximo 360 pontos ou US$ 4,76 (R$ 15,61) por saca. Em reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 3 a R$ 541,89 por saca, e hoje dia 7, a R$ 553,41 por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 115 pontos.
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