Scot Consultoria: Mercado do boi está devagar, quase parando
Felippe Reis
zootecnista
Scot Consultoria
Volume de negócios quase zero
Foram poucos os compradores ativos nesta manhã. Dentre os que estavam comprando, o volume de negócios foi extremamente pequeno, principalmente para os compradores cujas ordens de compra não subiram, em relação à semana anterior.
Em algumas regiões, os frigoríficos abriram as compras ofertando preços menores pelo boi. Houve negócios, porém, em volumes reduzidos.
Com a demanda incerta, devido aos impactos do coronavírus no Brasil e no mundo, a baixa disponibilidade de boiadas tem sido o fator de sustentação da cotação da arroba. Ou seja, ao longo de março, a desvalorização somente não foi maior em função da oferta restrita.
Escalas de abate de bovinos curtíssimas
Parte dos estabelecimentos comerciais que demandam carne bovina, tais como bares e restaurantes, entraram em recesso devido ao coronavírus, além disso, é provável que haja reflexo na exportação.
Com isso, os frigoríficos têm optado por trabalharem com escalas enxutas, em alguns casos, de um a três dias. Em São Paulo, por exemplo, na média as programações atendem três dias, porém, há indústrias com escalas menores.
Expectativa
O baixo volume de negócios no mercado do boi gordo se prolonga desde a última semana e, mesmo que a demanda seja incerta nos próximos dias, há de se esperar algum consumo.
Com as escalas curtas, é possível oportunidades no curto prazo para venda de gado com cotação acima dos ofertados na última semana.
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