Boi Gordo: Mercado lento (Crise econômica reduz abate de bovinos ao menor nível em cinco anos)
Ao que tudo indica, o cenário para as duas semanas restantes do ano está bem definido e não deveremos ter grandes surpresas.
O pouco apetite pelas compras por parte dos frigoríficos resulta em um mercado em ritmo lento.
Existem algumas indústrias com programações mais apertadas, mas não representam o quadro típico neste momento.
Mesmo diante de um mercado com demanda calma, a pressão baixista não é intensa.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, preços estáveis.
A margem dos frigoríficos está em patamares bem melhores que os verificados no decorrer do primeiro semestre.
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Crise econômica reduz abate de bovinos ao menor nível em cinco anos
(MAURO ZAFALON, na FOLHA DE S. PAULO)
O abate de bovinos no terceiro trimestre foi o menor em cinco anos para esse período do ano.
Foram abatidos 7,32 milhões de animais e produzido 1,83 milhão toneladas de carcaça.
Recessão econômica, queda de renda e competitividades das demais carnes, mais baratas do que a bovina, foram responsáveis por essa redução nos abates.
Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta quinta-feira (15).
Os líderes nacionais em abates são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Nos três primeiros trimestres do ano, o país abateu 22,3 milhões de animais, 3% menos do que em igual período do ano passado, segundo o IBGE.
Ao contrário do que ocorreu com os bovinos, o abate de suínos é recorde, somando 10,6 milhões de animais no terceiro trimestre deste ano.
No ano, foram abatidos 31,1 milhões de animais, com alta de 7% ante igual período anterior.
Os líderes nacionais em abates de suínos são Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.
A produção de carne suína teve bom desempenho porque o mercado externo foi bastante receptivo ao produto brasileiro. As exportações de carne "in natura" de janeiro a setembro superam em 22% as de igual período de 2015.
O setor de frango, com abates de 1,47 bilhão de aves no terceiro trimestre, também perdeu ritmo em relação ao período de julho a setembro de 2015. A queda foi de 2%.
Já no acumulado do ano, quando os produtores enviaram 4,45 bilhões de aves para os abatedouros, a evolução foi de 4% em relação a igual período do ano passado.
O setor de proteínas foi afetado neste ano pela forte elevação dos preços da matéria-prima básica para a alimentação dos animais.
Parte da queda de produção ocorreu não só pela demanda menor mas também pela perda de fôlego das indústrias de menor porte devido à dificuldade na compra e à alta do milho.
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