Negócios enfraquecidos no final de ano seguram preço do milho, mas há boas oportunidades para 2025

Publicado em 13/12/2024 16:09 e atualizado em 13/12/2024 16:46
Sustentadas pelo câmbio, cotações favorecem travas para exportações no ano que vem
Roberto Carlos Rafael - Germinar Corretora
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Negócios enfraquecidos no final de ano seguram preço do milho, mas há boas oportunidades para 2025

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Com o ano chegando ao fim, os preços do milho no Brasil começam a ser pressionados pela saída dos players compradores do mercado. Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, explica que, após demandarem muito milho no mercado interno ao longo de 2024, as indústrias de etanol e os grandes compradores do setor de carnes já estão abastecidos até a chegada da segunda safra de 2025. 

Porém, ao pensar na comercialização do ano que vem, o produtor brasileiro encontra boas oportunidades de travas. Rafael destaca que as recentes altas do dólar trazem bons cenários para a exportação do milho colhido em 2025, com patamares entre R$ 71,00 e R$ 72,00, que garantem margem positiva nas principais regiões produtoras. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho contabilizou recuos neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Sorriso/MT, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira

Na B3, o vencimento janeiro/25 foi cotado à R$ 74,49 com queda de 0,94%, o março/25 valeu R$ 73,69 com baixa de 0,89%, o maio/25 foi negociado por R$ 72,70 com alta de 0,07% e o julho/25 teve valor de R$ 68,60 com perda de 0,35%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram ganhos de 0,73% para o janeiro/25, de 1,15% para o março/25, de 0,90% para o maio/25 e de 0,31% para o julho/25, em relação ao fechamento da última sexta-feira (06). 

Mercado Externo 

Olhando para as movimentações em Chicago, Roberto Carlos Rafael destaca a forte pressão que aconteceu nas cotações durante a colheita da safra dos Estados Unidos, mas os movimentos de demanda aquecida que vieram em sequência trazendo os preços para cima. 

O analista aponta as exportações fortes do milho norte-americano e um crescente consumo do grão para a produção de biocombustíveis nos EUA, atuando para subir as cotações da CBOT nas últimas semanas. 

Apesar disso, o último relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostrou desaceleração das exportações norte-americanas de milho, o que trouxe nova pressão para as cotações em Chicago na reta final desta semana. 

O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,30 com perda de 1,75 pontos, o março/25 valeu US$ 4,42 com baixa de 1,50 pontos, o maio/25 era negociado por US$ 4,49 com queda de 1,75 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,53 com desvalorização de 2,00 pontos. 

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (12), de 0,41% para o dezembro/24, de 0,34% para o março/25, de 0,39% para o maio/25 e de 0,44% para o julho/25. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram elevações de 0,45% para o março/25, de 0,90% para o maio/25 e de 1,17% para o julho/25, além de baixa de 0,17% para o dezembro/24, em comparação ao fechamento da última sexta-feira (06). 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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