Açúcar recua nas bolsas de NY e Londres nesta 4ª feira com pressão do financeiro
O mercado futuro do açúcar encerrou a sessão desta quarta-feira (02) com queda leve a moderada nas bolsas de Nova York e Londres. O adoçante teve pressão do financeiro, com perdas de quase 2% do petróleo sendo registradas no dia, além do câmbio.
Nos fundamentos, também segue atenção para a produção asiática do adoçante.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 0,78% no dia, a 24,20 cents/lb, com máxima em 24,61 cents/lb e mínima de 24,09 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 0,36%, negociado a US$ 697,20 a tonelada.
Após trabalhar em alta pela manhã, o mercado do açúcar voltou ao vermelho nesta tarde de quarta-feira com atenção dos operadores para indicadores do financeiro. O petróleo tinha queda mais de 2% no exterior e pesava aos preços futuros do adoçante.
"Os fracos preços do petróleo reduzem os preços do etanol e podem levar as usinas de açúcar globais a desviarem a moagem de cana para a produção de açúcar em vez de etanol, aumentando assim a oferta", destacou o site internacional Barchart.
Além disso, o dólar tinha leve alta sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities, mas pesa sobre os preços externos. Nos fundamentos, o otimismo com a safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil também era um fator de baixa.
A produção de açúcar na primeira metade de julho totalizou 3,24 milhões de toneladas com tempo firme na região, um aumento de 8,86% ante o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, segue atenção para o clima impactando as safras da Ásia e Europa.
No acumulado desde 1º de abril, a fabricação do adoçante totaliza 15,47 milhões de toneladas, contra 12,69 milhões de toneladas do ciclo anterior (+21,88%).
Os preços subiam mais cedo nas bolsas externas com atenção para a divulgação da Associação Indiana das Usinas de Açúcar (ISMA, em inglês) de que a produção de açúcar no ciclo 2023/24 no país deve cair 3,4%, para 31,68 milhões de toneladas.
MERCADO INTERNO
O avanço da safra 2023/24 do Centro-Sul segue pressionando o açúcar internamente. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 133,76 a saca de 50 kg com baixa de 0,30%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 158,25 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 25,49 c/lb e alta de 1,16%.