Açúcar: Após atingir máximas de mais de 1 mês, Bolsa de NY recua nesta 3ª

Publicado em 25/07/2023 17:07
Mercado pressionado por realização de lucros, câmbio e avanço da colheita no Centro-Sul do BR

As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (25) com queda moderada nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante estende as perdas da véspera com realização de lucros, câmbio e dados do Centro-Sul do Brasil.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 0,92% no dia, a 24,69 cents/lb, com máxima em 24,88 cents/lb e mínima de 24,54 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 0,84%, negociado a US$ 693,40 a tonelada.

O mercado do açúcar estendeu as perdas da véspera nesta terça-feira com pressão de um movimento de realização de lucros, após ganhos recentes com foco na Ásia. Além disso, há atenção para informações sobre o avanço da safra 2023/24 do Centro-Sul do país.

"Os preços do açúcar fecharam moderadamente mais baixos nesta terça-feira  devido ao aumento da produção de açúcar no Brasil", destacou o Barchart.

A produção de açúcar na primeira quinzena de julho totalizou 3,24 milhões de toneladas. Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 22/23 de 2,98 milhões de toneladas, representa aumento de 8,86%, o que reforça o avanço da temporada com clima seco.

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No acumulado desde 1º de abril, a fabricação do adoçante totaliza 15,47 milhões de toneladas, contra 12,69 milhões de toneladas do ciclo anterior (+21,88%).

Apesar da queda nesta terça-feira, o mercado ainda monitora os temores com a oferta por conta das questões climáticas na Ásia. Também há atenção para a Europa.

A safra da União Europeia de beterraba sacarina teve sua previsão de produtividade reduzida de 75,9 toneladas no ano passado para 73,3 toneladas em 2023 por conta do clima seco. Além disso, Índia e Tailândia seguem tendo condição de clima adverso.

No financeiro, por outro lado, o mercado do petróleo operava com alta moderada nesta terça-feira e limitada as perdas do adoçante, mas o dólar tinha leve alta sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities, mas pesa sobre os preços.

MERCADO INTERNO

Apesar de avanço da colheita da safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil, os negócios têm sido lentos nos últimos dias. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 135,82 a saca de 50 kg com alta de 1,10%.

"O ritmo das negociações envolvendo açúcar cristal branco foi baixo no mercado spot paulista por mais uma semana, com a liquidez total captada pelo Cepea menor que a da semana anterior", disse em reporte o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).

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Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 156,94 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 26,04 c/lb e queda de 0,36%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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