Açúcar recua nesta 2ª em NY após máximas de 1 mês, mas segue atenção para oferta

Publicado em 24/07/2023 16:09
Preços externos chegaram a ter suporte do clima adverso na Tailândia no dia, além de acompanhar as oscilações do financeiro

As cotações futuras do açúcar fecharam a sessão desta segunda-feira (24) com queda nas bolsas de Nova York e Londres, após registrarem alta pela manhã. O mercado foi pressionado por realização de lucros, mas segue atenção para a oferta e financeiro.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 0,36% no dia, a 24,92 cents/lb, com máxima em 25,30 cents/lb e mínima de 24,84 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 0,33%, negociado a US$ 699,30 a tonelada.

Depois de renovar máximas de um mês pela manhã, o mercado do açúcar acabou fechando o dia no vermelho com pressão de um movimento de realização de lucros. Também há atenção para informações sobre a safra 2023/24 do Centro-Sul brasileiro.

"Os preços do açúcar caíram devido à especulação de que as condições de seca no Brasil aumentariam a safra de açúcar do país", complementou o Barchart. Ainda assim, o mercado monitora os temores com a oferta por conta das questões climáticas na Ásia.

"Os revendedores disseram que a oferta física está escassa no momento, além de preocupações sobre as monções indianas, a produção brasileira sendo reduzida pelas primeiras chuvas e ondas de calor no Sul da Europa", destacou a agência de notícias Reuters.

A safra da União Europeia de beterraba sacarina teve sua previsão de produtividade reduzida de 75,9 toneladas no ano passado para 73,3 toneladas em 2023 por conta do clima seco. Além disso, Índia e Tailândia seguem tendo condição de clima adverso.

No financeiro, o açúcar encontrou suporte durante o dia da valorização de cerca de 2% do petróleo à medida que a oferta apertada se sobressai no mercado. As óleo bruto impacta diretamente na decisão de produção das usinas do Centro-Sul do Brasil por açúcar ou etanol.

Além disso, o dólar tinha queda de cerca de 1% sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações e dá suporte aos preços.

MERCADO INTERNO

A safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil avança e os preços internos recuam, mas há momentos de repique. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 134,34 a saca de 50 kg com alta de 0,46%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 156,94 a saca e valorização de 2,07%, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 26,14 c/lb e alta de 1,37%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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