Etanol é a escolha mais econômica para consumidores em Minas Gerais
Um recente levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) destaca que o etanol se mostra como uma opção mais econômica em relação à gasolina em Minas Gerais. Na média dos postos pesquisados no estado, a paridade do etanol é de 69%.
Os dados fornecidos pela ANP também revelam que na cidade de Belo Horizonte, o etanol tem sido consistentemente a escolha mais viável e econômica para abastecer veículos ao longo das últimas semanas. Os preços médios do etanol e da gasolina em Minas e Belo Horizonte são os seguintes:
- Minas Gerais: Preço médio do etanol R$3,680, preço médio da gasolina R$5,330, relação 69%.
- Belo Horizonte: Preço médio do etanol R$3,590, preço médio da gasolina R$5,200, relação 69%.
De acordo com Mário Campos, presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), o preço do etanol nas bombas atinge o seu menor patamar durante o ano. Além disso, o indicador CEPEA/ESALQ aponta uma queda de 25% no preço do etanol no produtor desde abril, início da safra 2023/24.
Safra Recorde e Aumento na Produção de Etanol
Minas Gerais se prepara para colher uma safra recorde de cana-de-açúcar. Segundo dados da SIAMIG, serão esmagadas pelo menos 72,5 milhões de toneladas na safra 2023/24, um volume que supera em 6% as 68,1 milhões de toneladas processadas no período anterior. O maior volume já processado no Estado foi registrado em 2020/21, com 70,8 milhões de toneladas de cana esmagadas.
A SIAMIG também projeta um aumento na produção de etanol na safra 2023/24, com previsão de fabricação de 3,06 bilhões de litros, superando em 6% os 2,89 bilhões de litros produzidos na safra 2022/23. Destaca-se o etanol hidratado, com uma estimativa de aumento de 14% na produção, atingindo 1,8 bilhão de litros.
Flexibilidade e Vantagens do Etanol
Atualmente, 85% da frota circulante de veículos no Brasil é flex, podendo ser abastecida com etanol e/ou gasolina. Especialistas enfatizam que o etanol continua sendo uma alternativa competitiva, mesmo quando a paridade com a gasolina ultrapassa 70%, fator que pode variar de acordo com o veículo em que é utilizado. Isso torna essencial uma análise detalhada por parte dos proprietários de carros flex, que frequentemente realizam cálculos para determinar qual combustível é mais vantajoso em diferentes momentos, levando em conta as variações de preço e a eficiência do etanol e da gasolina.
"É importante ressaltar que a regra dos 70% não é uma medida absoluta e pode não se aplicar a todos os veículos", destacou Mário Campos.