Mercado regulado puxa alta de 1,9% do consumo de energia em maio, diz CCEE

Publicado em 24/05/2022 12:17

(Reuters) - O consumo nacional de energia elétrica aumentou 1,9% na primeira quinzena de maio em relação a igual período do ano passado, impulsionado por uma maior demanda do mercado regulado, que atende residências e pequenas empresas, segundo levantamento preliminar divulgado pela Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

No período, o ambiente de contratação regulada mostrou alta de 2,5% no consumo no comparativo anual. Já no ambiente livre, no qual indústrias e grandes empresas adquirem eletricidade, a demanda subiu 0,9%.

Na abertura regional, os dados mostram aumento do consumo em quase todos os Estados do páis, com destaque para Rondônia, Mato Grosso e Tocantins, onde temperaturas mais elevadas podem ter estimulado maior uso do ar-condicionado, disse a CCEE.

Já entre os ramos de atividades, o destaque foi o setor de serviços, com alta de 11,1% na primeira quinzena de maio, seguido pelo segmento de madeira, papel e celulose, com 10,9%. Entre os setores que registraram queda estão veículos (-10,4), têxtil (-8,6%) e químicos (-5,3%).

A CCEE aponta que o desempenho do consumo nos diferentes mercados têm sido influenciado por dois fatores estruturais do setor: a migração de cargas para o mercado livre e a expansão da geração distribuída de energia.

Desconsiderando a migração de consumidores nos últimos 12 meses, o mercado regulado teria crescido 4% na primeira quinzena de maio, enquanto o livre teria uma redução de 1,8%.

Apesar do crescimento do mercado livre nos últimos anos, com a redução das exigências para adesão de novos consumidores, o ambiente regulado ainda é responsável por cerca de 65% do consumo nacional do total.  

Já no caso da geração distribuída --painéis solares instalados em residências e empresas--, a CCEE calculou que, se não houve esse tipo de tecnologia, o mercado regulado teria apresentado maior crescimento do consumo no início de maio, de 4,3%.

(Por Letícia Fucuchima)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Tamanho dos cortes de juros do Fed pode depender do mercado de trabalho dos EUA
Minério de ferro de Dalian sobe na sessão, mas caminha para leve perda semanal
Ações da China caem com temores de desaceleração dos EUA
Ações iniciam agosto em queda, conforme dados reacendem temores de desaceleração
Dólar salta ao maior valor desde dezembro de 2021 influenciado por exterior e Copom
Ibovespa tem queda modesta com ajustes antes de dados dos EUA sexta; WEG renova máximas